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sexta-feira, 30 de abril de 2010

Scans da People com Kristen, Rob e Ashley

Aqui estão os scans do Rob e da KStew na lista dos Mais Lindos de 2010 da People Magazine! Clique na imagem para maior tamanho.




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OBRIGADA A TODOS QUE VISITAM ESTE BLOG



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OBRIGADA A TODOS QUE VISITAM ESTE BLOG



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Scans da 'Best Movie'



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Outtake de Ashley Greene para A French Revue de Modes

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quero esta bolsa




Bolsa com carinha e autografo da kristen

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Boo Boo stewart esteve com a sua irmã na Premiere de 'Pesadelo em Elm Street', o novo filme de Kellan Lutz, no passado dia 27 de Abril em Los Angeles.



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Novas fotos de Jackson do photoshoot para Phoenix



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Nova/velha foto de com com uma fã na promoção de RM em NY

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Rob é mais influente que Obama?






De acordo coma revista 'Time', na lista das 100 pessoas mais influentes do mundo, Robert Patinson é mais influente que Barack Obama! Concordam?


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OLHA SO ISSO ..AFFFI



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As mulheres "Eclipse" na Vanity Fair







As estrelas femininas da Saga Crepúsculo: Eclipse foram fotografadas para uma maior divulgação pela revista Vanity Fair. GossipCop descobriu exclusivamente
Kristen Stewart, Dakota Fanning, Nikki Reed e Elizabeth Rease (entre outras) participaram numa sessão fotográfica no domingo passado para uma edição programada para chegar às bancas perto da estreia de Eclipse nos cinemas.









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MORRAM.......EU JA TO MORTA..MESMO.



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MOMENTO FÃ



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AOS OLHOS DE EDWARD CAP 13°



Chapter 13: Interrogando Bella


Como um leão enganado tentando cegamente fazer seu caminho pela selva, eu andava de um lado para outro sem descanso pela grossa neblina esperando pela saída do Chefe Swan. Durante esse tempo, eu pensei um pouco sobre o pai de Bella. O que ele pensaria de mim? Eu iria conseguir sua aprovação? Isso parecia bobagem para estar se pensando assim, mas ao mesmo tempo era prático. Afinal, se o Chefe Swan não me aprovasse, eu não tinha esperanças com Bella. Era difícil me encontrar repentinamente tentando jogar pelas regras humanas.

Então vi o Chefe Swan entrar em sua patrulha e dirigir para longe. Eu pulei no meu carro, que estava estacionado atrás de uma arvore próxima, e dirigi pela rua. Eu fiquei mexendo com os controles do painel por um tempo, tentando achar as condições ideais para um passageiro humano. Fiquei rapidamente impaciente.

Suspirando, eu sai do meu carro e voltei a caminhar na neblina. Enquanto eu andava, eu podia ouvi-la se movendo dentro da casa. Comecei a me preocupar. E se ela não quisesse me ver? E se os eventos da noite anterior finalmente pesaram nela e ela ficasse mortificada por me encontrar de pé lá? Se esse fosse o caso, eu iria educadamente sair de sua vida.

Então Bella saiu da casa, usando grossas roupas, a névoa fez sua pele de marfim brilhar. Ela desceu a entrada e parou quando viu meu carro. Ouvi seu coração acelerar. Eu sorri. Talvez ela gostou de me ver, afinal. Eu abri a porta de passageiros para ela. Ela ainda poderia recusar minha presença em sua vida e eu não ficaria no seu caminho. Ainda, eu tinha que fazer a oferta..

“Você quer ir comigo hoje?” Eu estava maravilhado pela expressão em seu rosto quando a peguei de surpresa. Bella realmente fazia as expressões faciais mais encantadoras.

“Sim, obrigada,” ela disse educadamente, embora sua voz soasse levemente controlada. Ela entrou no meu carro e eu fechei a porta atrás dela. Andei no meu ritmo natural, deslizando no meu assento. Liguei o carro, ansiando nos levar para a escola o mais rápido possível. Por mais que eu quisesse ficar perto dela, eu tinha que por um limite no tempo que passava com ela em um espaço fechado.

“Trouxe o casaco para você,” eu mencionei, esperando que ela não pensasse muito sobre o gesto. “Não queria que você ficasse doente nem nada disso.” Seus olhos permaneceram em mim por um momento antes dela responder.

“Não sou tão frágil assim,” ela disse. Contraditoriamente com suas palavras e para minha satisfação, ela puxou a jaqueta para o seu colo e deslizou suas mãos delicadas pelas mangas. Eu percebi como ela pressionou seu nariz contra o couro, inalando. Eu estava feliz que ela achava meu cheiro prazeiroso, mas principalmente eu estava incomodado que ela havia sido atraída por uma das armas vampiras usadas para iludir sua presa.

“Voce não é?” eu contradisse baixo para mim mesmo. Delicada… frágil… humana.

Ela não tinha idéia de quanto perigo ela realmente estava em estar tão próxima a mim. Era enervante pensar o quão facilmente eu poderia drenar todo seu sangue antes mesmo dela perceber o que aconteceu. Rosnei em minha cabeça por até pensar dessa maneira. Ela era frágil demais para estar na presença de um vampiro. Era ridículo para ela dizer que não era delicada.

Eu estava tão perdido em meus pensamentos que nem percebi por quanto tempo havíamos nos sentado em silêncio. Olhei para ela e a vi agitada. Estava surpreso que ela ainda não havia caído em cima de mim com todas as suas perguntas. Eu sorri.

“Que foi, hoje não tem jogo de vinte perguntas?”

“Minhas perguntas te incomodam?” ela perguntou, suspirando.

“Não tanto quanto suas reações,” eu disse um uma maneira provocadora, não querendo revelar totalmente o quanto essa mulher me enervava.

Ela franziu as sobrancelhas. “Eu reaciono mal?”

“Não, e é esse o problema. Você leva tudo tão bem – não é natural. Fico me perguntando o que você realmente está pensando.”

“Sempre digo a você o que realmente estou pensando.”

“Você edita,” eu acusei.

“Não muito.”

“O bastante para me deixar louco.” Ela era uma mentirosa terrível.

“Você não quer ouvir,” ela balbuciou, quase sussurrou. Havia um tom fraco de dor em sua voz.

Isso era uma piada? Ela já estava editando de novo, logo depois de eu ter explicado o quanto eu queria saber o que ela realmente estava pensando, honestamente! Era enfurecedor como o meu ‘talento’ involuntariamente ía de encontro com sua mente branca. Eu não podia fazer nada além de me perguntar o que ela estava escondendo de mim.

Eu entrei para o estacionamento da escola antes que nenhum de nós falasse de novo.

“Onde está a sua família?” ela perguntou.

“Eles usaram o carro da Rosalie.” Eu dei de ombros, brevemente relembrando a mensagem silenciosa de Carlisle dizendo que Rosalie levaria todo mundo para a escola já que eu tinha outros interesses em mente. Eu estacionei próximo ao M3, ciente dos humanos que estavam ao redor de boca aberta. “Chamativo, não é?” Sem mencionar obscenamente pretensioso, mas aquela era Rosalie, e eu já tinha passado do tempo de perdoar seus defeitos.

“Hmm, uau,” ela ofegou. “Se ela tem isso, por que pega carona com você?”

“Como eu disse, é chamativo. Nós tentamos nos misturar.”

“E não conseguem.” Ela riu e sacudiu sua cabeça enquanto saíamos do carro. “Então por que Rosalie dirigiu hoje se ele é mais visível?”

“Você não percebeu? Agora estou quebrando todas as regras.” Todas as regras que um vampiro jamais conheceu. Meu envolvimento com Bella era verdadeiramente pecador. Mas já havíamos feito nossas decisões e não havia como voltar atrás agora.

Eu a encontrei na frente do carro, respirando profundamente o ar fresco. Eu fiquei o mais perto que pude sem me impor enquanto caminhávamos campus adentro. Eu gostaria de ficar mais perto ainda mas tinha medo que ela repeliria meu toque. Também haviam muitos humanos próximos nos observando. Se eu ousasse ficar tão perto dela, não queria fazê-lo em frente de tantas testemunhas. Eu poderia estar quebrando todas as regras, mas não havia necessidade de piorar meu comportamento com estupidez imprudente.

“Por que vocês tem carros assim?” ela perguntou. “Se procuram ter privacidade?”

“Um luxo,” eu admiti, sorrindo levemente. “Todos gostamos de dirigir rápido.”

“Imagino,” ela murmurou por baixo da respiração.

Ai meu Deus… ai meu Deus… ai meu Deus… Jessica Stanley estava praticamente hiperventilando em seus pensamentos. Arrependidamente olhei longe de Bella pesar por um momento, apenas para encontrar Jessica sob o abrigo da marquise do refeitório. Se seus olhos se arregalassem mais um pouco, não iria me surpreender se eles saltassem da cara. Mas… Edward… e Bella… mas… ai meu Deus… Jessica continuou com seus pensamentos convulsionados.

“Oi, Jessica” Bella cumprimentou quando estávamos a alguns metros de distancia. “Obrigada por lembrar.”

Jessica estendeu a jaqueta de Bella sem nenhuma palavra. Bem, nenhuma palavra que fosse dita em voz alta. Eu decidi que era hora de distraí-la, principalmente porque seus pensamentos vazios e sem importância estavam me irritando.

“Bom dia, Jessica,” eu disse educadamente.

“Err… oi.” Ela finalmente tirou seus olhos de mim e olhou para Bella. Ai meu Deus… Edward… tão gostoso… e Bella… ai meu Deus… Eles estão namorando ou o que? Ai meu Deus… Os pensamentos infantis estavam realmente testando minha paciência. “Acho que vejo você na trigonometria.” Ela deu um olhar significativo para Bella. Eu quero cada mínimo detalhe… Ela está apaixonada ou algo? Melhor ela falar tudo… Eu vou torturá-la para contar se precisar….

“É, a gente se vê lá,” Bella se despediu.

Jessica se afastou, fazendo uma pausa duas vezes para nos espiar por cima do seu ombro.

“O que você vai dizer a ela?” Murmurei.

“Ei, pensei que você não podia ler minha mente!” ela sibilou..

“Não posso,” eu disse, assustado. Então entendi que ela estava pensando a mesma coisa. “Mas posso ler a dela… Ela estará esperando para pegar você de surpresa na sala.”

Ela gemeu enquanto tirava meu casaco e me entregava ele, botando o seu. Dobrei o casaco em meu braço, segurando seu cheiro perigosamente perto de mim.

“Então, o que você vai dizer a ela?” Eu perguntei de novo.

“Que tal uma mãozinha?” ela implorou. “O que ela quer saber?”

Eu sacudi minha cabeça e ri. “Isso não é justo.”

“Não, você não está compartilhando o que sabe… Isso é que não é justo.”

Eu deliberei por um momento enquanto caminhávamos. Paramos na frente de porta da sua primeira aula.

“Ela quer saber se estamos namorando escondido. E ela quer saber como você se sente com relação a mim,” Eu disse.

“Caramba. O que devo dizer?” ela perguntou, se esforçando muito para parecer inocente. Adivinhei que a sua pequena atuação foi pelo bem dos humanos que estavam abertamente encarando enquanto passavam por nós.

Eles estão juntos? Edward Cullen nunca fala com ninguém … esquisito…

Ele está com aquela menina, qual é o nome dela? Não é a novata? Uau…

“Hmmm.” Fiz uma pausa. Minha mente estava sendo assaltada com a curiosidade humana. Me distraí pegando uma mecha solta de seu sedoso cabelo. A coloquei novamente no lugar na base de seu pescoço. Foi uma sensação maravilhosa e segundo o seu batimento cardíaco, ela pareceu gostar também. Embora o aumento súbito de seu fluxo de sangue combinado com o aroma de seu cabelo impregnando meus dedos realmente causou um fluxo fresco de veneno em minha boca. Engoli e ignorei um dos meus aspectos que eu mais odiava.

Tomei a decisão certa logo ali para tornar o nosso relacionamento público. Eu egoisticamente queria que cada humano soubesse que eu estava com Bella. “Acho que pode dizer sim à primeira pergunta… Se não se importa… É mais fácil do que qualquer outra explicação.”

“Não me importo,” ela disse em uma voz fraca.

“E quanto à outra pergunta de Jessica… Bom, estarei ouvindo para saber eu mesmo a resposta.” Sorri. Então virei e me afastei antes que o seu cheiro pudesse incomodar ainda mais os meus sentidos de vampiro.

“A gente se vê no almoço,” falei por cima do meu ombro, fazendo ainda outra exposição pública que ela era minha.

Virei um canto e encontrei Jasper apoiado numa parede, braços cruzados. Ele me olhou com as sobrancelhas levantadas. Suspirei. Ele deve ter me ouvido antes. Fiquei ao lado dele e me inclinei.

“Vamos nos sentar em outra mesa durante o almoço,” murmurei, assegurando ele.

Jasper deu de ombros. “Assumi que iriam. Só estou um pouco surpreso que você tornaria tão público.”

“Sei o que estou fazendo,” franzi.

Ele deu de ombros novamente. “Tenho certeza que sabe. Você deve estar fazendo algo certo. Nunca senti tanta de felicidade em você antes.”

Sorri e Jasper riu sem graça. “Então o que você está fazendo aqui?” Mudei de assunto.

“Matando aula,” ele respondeu. “Meu professor idiota de Historia Americana está lecionando sobre a Guerra Civil. Eu decidi que seria melhor sair.” Eu ri, sabendo muito bem o quão sensível ele poderia ser sobre esse assunto.

“Tudo bem, te vejo depois então,” Eu bati em seu ombro. Ele me deu um sorriso sábio enquanto eu caminhava para minha primeira aula.

Ah… Álgebra. A matéria de matemática que muitos humanos achavam excessivamente difícil. Para mim, era a atividade mais mundana. Eu já tinha memorizado há muito tempo cada função e derivada. Para evitar um aborrecimento absoluto procurei nas mentes dos humanos para ver como Bella estava. Ela apareceu nos pensamentos de Mike Newton, no entando ele não pensava nela naquele momento portanto rapidamente o bloqueei da minha mente. Suspirei e deslizei mais ainda no meu assento. O tempo passou muito lentamente.

Fiquei completamente aliviado quando era hora da minha segunda aula, Educação Cívica. Não devido ao assunto, mas porque permitía que eu ficasse mais perto de onde Bella estava na sua própria classe. Também, significava só um período de distância de uma futura conversa entre Jessica e Bella. Eu estava antecipando muito isto. Contudo, o meu bom humor foi rapidamente estragado quando o professor abriu o livro e começou a zumbir sobre a cidadania naturalizada. Nunca antes o Ensino Médio tinha sido tanto um purgatório para mim.

O tempo passou mais devagar ainda…

Com uma imensa ansiedade, pulei do meu assento no segundo que o sino tocou e andei rapidamente para minha aula de Inglês. Enquanto me sentava, já podia ouvir os pensamentos muito empolgados de Jessica. Sorri para mim mesmo mas então notei que Sr. Mason me deu um olhar estranho. Rapidamente recompus meu rosto, virei para encarar uma parede e concentrei na mente de Jessica.

Sr. Mason pediu atenção e disse a Ben Cheney para começar a lição de hoje — que acontecia de ser Hamlet de Shakespeare. Ben Cheney ficou de pé e começou a ler a passagem que Sr. Mason tinha solicitado. Isto facilitou para mim simplesmente me desconectar da sala e me concentrar na conversa que eu queria ouvir.

“Ser, ou não ser – eis a questão,” começou Ben em uma voz bastante trêmula. Tive que conter o impulso de virar os olhos. “O que é mais nobre? Sofrer na alma, As flechas da fortuna ultrajante, Ou pegar em armas contra um mar de dores, Pondo-lhes um fim?”

Ai meu Deus apenas me conte tudo, estou morrendo aqui! Jessica pensou.

“Morrer, dormir – Nada mais – e por via do sono pôr ponto final, Aos males do coração, e aos mil acidentes naturais, De que a carne é herdeira.”

O que eles fizeram, voaram para casa? Huh, ele dirige como um louco… isso é tão legal.. eu ri em silêncio para mim mesmo.

“Num desenlace, Devotadamente desejado. Morrer, Dormir – Dormir – sonhar talvez: mas aqui está o ponto de interrogação, Porque no sono da morte que sonhos podem assaltar-nos, Uma vez fora da confusão da vida? É isso que nos obriga a reflectir.”

Ugh! O que ela quer dizer com que aquilo não foi um encontro? Deus, ela é um tédio…

“É esse respeito, Que nos faz suportar por tanto tempo uma vida de agruras. Pois quem suportaria as chicotadas e o escárnio do tempo, As injustiças do opressor, as afrontas dos orgulhosos, A tortura do amor desprezado, as demoras da lei, A insolência do oficial, e os pontapés, Que o paciente mérito recebe do incompetente, Quando o próprio poderia gozar da quietude, Dada pela ponta de um punhal? ”

Oh uau… uau… uau… uau… é oficial… eles estão namorando… eu tenho que contar para todo mundo! Eu não estava aborrecido que Jessica iria informar a escola inteira sobre meu relacionamento com Bella. Na verdade, eu senti um pouco de orgulho.

“Quem tais fardos suportaria, Preferindo gemer e suar sob o peso de uma vida fatigante, A não pelo medo de algo depois da morte, Esse país desconhecido, de cujos campos, Nenhum viajante retornou, e que nos baralha a vontade, E nos faz suportar os males que temos, Em vez de voar para o que não conhecemos?”

Ugh…ela ainda nem beijou ele ainda... Eu endureci levemente na minha cadeira. Poderia Bella verdadeiramente me desejar do jeito que eu a desejava?

“Assim a consciência nos faz a todos covardes, E assim as cores nascentes da resolução, Empalidecem perante o frouxo clarão do pensamento, E os planos de grande alcance e atualidade, Por via desta perspectiva mudam de sentido, E saem do reino da ação.”

Isso é tão legal! Ele nem prestou atenção na garçonete bonita… Uau, Edward Cullen realmente gosta dela...

“Agora, silêncio, A bela Ofélia! – Nymph, naqueles horizontes, Sejam todos meus pecados lembrados.” Bem Cheney murmurou o fim do Soliloquy muito rápido e escorregou em sua cadeira, exausto.

Ai meu Deus, olhe ela corando… ela está vermelha que nem beterraba… eu também ficaria envergonhada se eu gostasse de Edward Cullen mais do que ele de mim…

Perdão? Eu estava sem palavras. Eu salvei sua vida duas vezes, como Bella não via o quanto eu me importava com ela? A profundeza das minhas emoções ultrapassavam mais do que tudo que ela poderia imaginar. Então os pensamentos de Jessica se viraram para Mike Newton e eu bloqueei sua mente.

Eu passei minha aula de Educação Fisica inteira contemplando a conversa delas, analisando cada palavra que ouvi. Eu levantava minha raquete de Bafminton quando precisava mas fora isso, não prestei atenção nenhuma.

Eu geralmente achava a mente de Jessica parecida com a de um papagaio, repetindo qualquer coisa que ela ouvisse, então realmente duvidei que ela editou muito do que Bella a havia dito. Era racional presumir que Bella fora tão honesta quanto possível com essa sua amiga. Um fato que me incomodou muito.

Duas coisas me incomodavam. Primeira, Bella acreditava que seus sentimentos eram mais fortes que os meus. Um vampiro não lida com essas coisas levemente e uma vez que escolhem um par, é pra vida inteira. Sempre estive consciente que uma vez que sua vida acabasse, a minha também acabaria. Eu estava muito desapontado comigo mesmo por não deixar meus sentimentos claros. Segundo, Bella parecia querer que eu a beijasse. Eu estava aterrorizado com o que aconteceria se meus venenosos dentes ficasse em algum lugar perto de seus quentes e macios lábios. Ao mesmo tempo, eu estava honrado que ela pensava em mim dessa maneira.

No fim da aula, o primeiro problema pesava mais que o segundo. Fiz desse o meu dever, de deixar as coisas claras. Agora que nós finalmente nos revelamos um para o outro, ela tinha que saber o quanto era forte o que eu sentia por ela. Eu rapidamente me troquei e marchei para a sala onde ela iria estar saindo, me inclinei e esperei.

“Você não vai se sentar com a gente hoje, não é?” eu ouvi Jessica perguntar dentro da sala.

“Acho que não,” Bella respondeu com certa dificuldade. Sua incerteza cortou no fundo no meu ser.

Jessica emergiu primeiro, Bella saindo atrás dela. Ela viu meu olhar e seus olhos se arregalaram em surpresa. Eu nunca me cansaria dessas suas expressões faciais adoráveis. Jessica por outro lado, me deu uma olhada e virou seu rosto. O sentimento era mútuo, eu pensei.

“A gente se vê, Bella.” Sua voz era insinuadora, incômoda.

“Oi,” eu cumprimentei. Eu me diverti com tudo que aconteceu, mas minha irritação prévia ainda estava proeminente em minha mente.

“Oi,” ela disse.

Não dissemos mais nada e calmamente caminhamos para o refeitório. Eu precisava encontrar as palavras certas para me expressar claramente, para assim ser bem entendido. Eu não estava acostumado a ter que pensar como humano e não estava certo do que dizer para ela. Eu seriamente duvidava que confessar que eu iria amá-la até o dia de sua morte era uma coisa apropriada para se dizer.

Liderei o caminho até a fila, olhando de tempo em tempo em seu rosto. Eu estava esperando encontrar algo lá que me ajudaria a entender. Mas, não havia nada. Ela não encontrou meu olhar, ao invés disso ficou brincando nervosamente com o zíper de seu casaco. Ela estava se escondendo de mim, de novo. E eu só ficava mais irritado por não poder lê-la de jeito nenhum.

Andei para o balcão e comecei a encher uma bandeja com comida humana, todo o tempo tentando adivinhar o que ela iria preferir.

“O que você está fazendo?” ela disse. “Não está pegando tudo isso para mim, não é?”

Eu balancei a cabeça, caminhando para pagar a comida.

“Metade é para mim, é claro.”

Ela levantou uma sobrancelha. Eu estava brevemente incomodado que ela não podia ver o obvio. Embora ela soubesse meu segredo, o resto da população humana não sabia. Naturalmente, eu tinha que manter o disfarce.

Segui o caminho para a mesma mesa onde nos havíamos sentado antes, percebendo o quanto havia mudado para nós, embora estivesse tudo exatamente igual. Eu estava atento aos olhares dos humanos próximos enquanto nos sentávamos um na frente do outro, e também da minha própria família, mas não me importei. Eu tinha coisas mais importantes para lidar.

“Pegue o que quiser,” eu disse, empurrando a bandeja em sua direção.

“Estou curiosa,” ela disse pegando uma maçã, brincando com ela em suas mãos, “o que você faria se alguém o desafiasse a comer comida?”

“Você está sempre curiosa.” Eu fiz uma careta, sacudindo minha cabeça. Se ela fosse um gato, sua curiosidade já a teria matado. Tudo bem então, vamos satisfazer sua perigosa curiosidade.

Olhei para ela, segurando seu olhar enquanto levantava o pedaço de pizza da bandeja e fazia um show dando uma grande mordida, mastigando rapidamente, e então engolindo. Eu lutei contra a vontade de fazer cara feia para a comida humana que eu acabei de digerir, sem mencionar o fato que eu iria ter que expelir isso depois. Fora isso, me incomodou que ela pensasse que eu era muito fraco para lidar com um coisa tão simples.

“Se alguém desafiasse você a comer terra, você poderia, não é?” eu pedi condescendente.

Ela enrugou o nariz. “Eu comi uma vez… num desafio,” ela admitiu. “Não foi tão ruim.”

Eu ri. “Suponho que eu não esteja surpreso.” Apenas Bella para saber como é comer terra. Ela era verdadeiramente uma criatura fascinante. Ai meu Deus… Edward acabou de rir… Vou falar com a Bella quando eu tiver uma chance… Olhei sobre o ombro de Bella para ver Jessica olhando intensamente.

“Jessica está analisando tudo o que eu faço,” eu mencionei. “Ela vai te falar tudo depois..” Eu empurrei o resto da pizza para longe, não querendo mais inalar aquele cheiro. Agora ele está dando a pizza para ela… O que isso significa? Jessica continuou a me incomodar com seus pensamentos. Embora tivessem sidos seus pensamentos irritantes que me levaram para a verdade dos sentimentos de Bella, era difícil sentir qualquer gratidão por ela.

Bella largou a maçã e deu uma mordida na pizza, desviando os olhos. Era hora de ter a conversa que eu estive imaginando em minha cabeça por mais de uma hora. Eu decidi começar com o detalhe mais inocente.

“Então a garçonete era bonita, não era?” Eu perguntei casualmente.

“Você realmente não percebeu?”

“Não. Não estava prestando atenção. Haviam muitas coisas em mente.” Homicidio… vingança…. assassinato em massa… apenas para falar alguns.

“Pobre garota,” ela simpatizou. Eu não podia mais esperar.

“Uma coisa que você disse para Jessica … bom, me incomoda.” Minha voz pareceu um pouco rouca e eu esforcei para me recompor. Afinal, ela não era a fonte do meu incomodo, eu não tinha ninguém para culpar além de mim mesmo por minha falta de clareza. Eu precisava ser gentil com ela o tempo todo.

“Não me surpreende que você tenha ouvido alguma coisa da qual não gostou. Você sabe o que dizem sobre ouvir a conversa dos outros,” ela me lembrou.

“Eu avisei que estaria ouvindo.”

“E eu avisei que você não iria querer saber tudo o que eu estava pensando.”

“Avisou mesmo,” eu concordei relutantemente. “Mas você não está exatamente correta. Realmente quero saber o que está pensando… Tudo. É que apenas preferia… que você não ficasse pensando certas coisas.”

Ela me deu um olhar zangado. “Essa é uma diferença e tanto.”

“Mas esse não é realmente o ponto no momento.” Suas evasões estavam testando minha paciência.

“Entao o que é?” ela perguntou. Eu cruzei minhas mãos e me inclinei para frente enquanto ela se inclinava para mim, uma mão em seu pescoço.

“Você acredita sinceramente que gosta mais de mim do que eu de você?” Eu murmurei, aproximando-me mais ao falar, me perdendo em seus olhos castanhos.

Ela pareceu repentinamente ter problemas para respirar. Ela desviou o olhar e deu um profundo suspiro. Quando ela exalou eu tive que brevemente cortar o ar em meus pulmões para me prevenir de inalar.

“Você está fazendo aquilo de novo,” ela murmurou.

Meus olhos se arregalaram em surpresa. “O que?”

“Me deslumbrando,” ela admitiu, voltando a me olhar.

“Oh.” Eu franzi o cenho. Essa não era a minha intenção de forma algumma, eu estava meramente tentando obter a verdade dela sem a interpretação barata de Jessica Stanley.

“Não é sua culpa,” ela suspirou. “Você não pode evitar.”

Chega de evasões! “Você irá responder à pergunta?”

Ela olhou para baixo. “Sim.”

“Sim, você vai responder, ou sim, você realmente pensa isso?” Minha irritação saiu por minha voz.

“Sim, eu realmente penso isso,” ela disse calmamente, mantendo seus olhos na mesa. Naquele precioso segundo, percebi a razão do porque ela estava sempre escondendo de mim. Ela também estava apaixonada por mim. Eu estava tão incrivelmente emocionado que ela pensasse em mim como alguém que ela pudesse amar.

“Você está errada.” Eu a informei suavemente, tentando com todas as minhas forças expor meus sentimentos em minha voz.

Ela olhou para mim e seu rosto suavizou quando ela olhou em meus olhos.

“Você não pode saber disso,” ela discordou em um sussurro. Ela balançou sua cabeça em duvida, me rasgando em pedaços novamente…

“O que a faz pensar assim?” eu perguntei, querendo saber como ela poderia duvidar de meus sentimentos. Eu procurei seus olhos, rezando para que essa fosse a única vez que ela não editaria.

Ela olhou de volta e seus olhos começaram a brilhar. Eu estava rapidamente perdendo a paciência. Eu queria saber a verdade naquele momento, e eu não queria esperar horas ou possivelmente dias. Bufei a esse pensamento. Ela tirou sua mão do pescoço e ergueu um dedo.

“Me deixe pensar,” ela insistiu. Eu parei de bufar e reconquistei a minha paciência agora que eu sabia que ela iria providenciar uma resposta. Eu a assisti pressionar suas palmas juntas, cruzando e descruzando seus dedos até que finalmente falou.

“Bom, além do óbvio, ás vezes…” ela hesitou. Por favor não comece a editar agora, eu implorei em minha mente. “Não posso ter certeza – eu não sei ler mentes – mas às vezes parece que você está querendo dizer adeus quando está dizendo outra coisa.”

“Perceptiva,” eu sussurrei. De algum modo ela conseguia ver através de mim cada vez que eu tentava lhe dar um caminho aberto parra fugir para longe. Mas eu era um vampiro, eterno, e eu iria suportar esse tipo de dor e mágoa por ela quando eu sabia – sendo uma humana delicada – que ela não iria ser capaz de fazer o mesmo. “Mas é exatamente por isso que está errada,” eu comecei a explicar. Obviamente eu iria… esperar. Havia mais algo que ela disse que era obvio para ela. Meus olhos se estreitaram enquanto eu perguntava, “O que você quer dizer com ‘o obvio’?”

“Bom, olhe para mim,” ela disse. Er… Eu já estava olhando para ela. “Sou absolutamente comum – bom, a não ser pelas coisas ruins como todas as experiências de quase-morte, e por ser tão desastrada que me torna praticamente incapaz. E olhe para você.” Ela acenou sua mão para mim, mandando seu cheiro diretamente em meu rosto, meu estomago se revirou.

Eu franzi, minha raiva chamejando, tanto por suas palavras quanto por minhas próprias reações físicas. Por que diabos ela estava mentindo para mim? Comum? Dificilmente! Então minha raiva sumiu quando o entendimento começou a me tomar. Ela simplesmente não percebia a criatura incrível que verdadeiramente era.

“Você não se vê com muita clareza, sabia?” Exceto talvez por sua descoordenação. “Vou admitir que você está absolutamente certa sobre as coisas ruins,” eu ri, “mas você não ouviu o que todo macho desta escola estava pensando no seu primeiro dia aqui.”

Ela piscou, atônita. “Eu não acredito…” ela balbuciou para si mesms.

“Confie em mim, só desta vez. Você é o oposto de comum.” Eu disse o mais sinceramente possível.

Seus olhos pareceram satisfeitos mas o rosado em suas bochechas me disse que ela estava envergonhada. Então ela pareceu sacudir quaisquer emoções que estava sentindo.

“Mas não estou dizendo adeus,” ela assinalou.

“Você não entende? Isso prova que estou certo. Sou eu quem me importo mais, porque se eu posso fazer… ” – sacudi minha cabeça, lutando com a dor daquele pensamento -” “se partir é a coisa certa a se fazer, então vou me machucarei para evitar de te machucar, para manter você segura.”

Estranho o suficiente, ela me olhou fixo. “E você não acha que eu faria o mesmo?”

“Você nunca precisaria fazer essa escolha.” Claramente não era eu quem precisava de proteção. Então eu sorri ao pensamento do tipo de proteção que ela parecia precisar.

“É claro, manter você segura está começando a parecer uma ocupação de tempo integral que requer minha presença constante.”

“Ninguém tentou me assassinar hoje,” ela disse casualmente. Por uma fração de segundo ela pareceu ponderar algo, mas seus olhos revelaram um tom de culpa, mas então aquilo também sumiu rapidamente. Ela estava contemplando futuras catástrofes?

“Ainda,” eu acrescentei.

“Ainda,” ela concordou.

Tantos perigos poderiam facilmente acontecer a ela em numerosos lugares – desde uma cidade como Seattle até sua própria casa. Eu repentinamente me senti como se eu estivesse em com tempo contado. Eu supus que isso é estar envolvido com um mortal. Chances são raras e se erros fatais são feitos, humanos não podem retificá-los por que eles não tem uma eternidade para se gastar em tais coisas. O tempo era agora. Sem mais disfarces, sem mais máscaras. Eu iria tirar meu disfarce humano para ela e revelar tudo de mim.

“Tenho outra pergunta para você.” Eu comecei casualmente, esperando que o convite que eu tinha em mente não a iria assustar considerando o modo que ela tem tratado seus admiradores até agora.”

“Manda.”

“Você realmente precisa ir a Seattle nesse sábado, ou essa era só uma desculpa para dizer não a todos os seus admiradores?”

Ela fez uma careta. “Sabe de uma coisa, ainda não perdoei você pela historia do Tyler,” ela me alertou. “É por sua culpa que ele se iludiu em pensar que vou ao baile com ele.”

“Ah, ele teria encontrado uma oportunidade de convidar você sem minha ajuda… eu realmente só queria ver sua cara,” eu ri. “Se eu a tivesse convidado, você teria me rejeitado?” eu perguntei, ainda rindo para mim mesmo.

“Provavelmente não,” ela admitiu. “mas eu teria cancelado depois – fingindo doença ou um tornozelo torcido.”

Eu estava confuso. “Por que você faria isso?”

Ela balançou a cabeça com tristeza. “Pelo visto, você nunca me viu na aula de educação física, mas acho que você que iria entender.”

“Está se referindo ao fato de que você não consegue andar em uma superfície plana e estável sem encontrar alguma coisa em que tropeçar?”

“Obviamente.”

“Isso não seria um problema,” eu disse confiante. Eu nunca a deixaria cair. “Tudo depende de quem conduz.” Assim que ela abriu a boca para protestar, eu a cortei, determinado a voltar ao assunto. “Mas você não me disse – está decidida a ir a Seattle ou não se importa se nós fizermos algo diferente?”

“Estou aberta a alternativas,” ela cedeu. “Mas tenho um favor a pedir.”

Suas questões sempre me deixavam em alerta. Ela era tão imprevisível, eu nunca sabia quando ela me pediria para deixá-la em paz. “O que é?”

“Posso dirigir?”

Eu franzi a testa. “Por que?” Ela acabou de admitir ser o individuo mais propício a acidentes e ainda assim queria ficar atrás do volante?

“Bem, principalmente porque quando eu disse a Charlie que ia a Seattle ele me perguntou especificamente se iria sozinha e, na hora, eu ia mesmo. Se ele me perguntasse novamente, eu provavelmente não iria mentir, mas não acho que ele vá perguntar de novo, e deixar minha picape em casa só trairia o assunto à tona sem nenhuma necessidade. E, além disso, porque a forma que você dirige me dá medo.”

Virei meus olhos. “De todas as coisas sobre mim que poderiam te dar medo, você se preocupa com minha forma de dirigir.” Eu balancei minha cabeça em desdenho, mas então me ocorreu que ela não planejava em contar ao seu pai sobre seu paradeiro. “Você não quer contar a seu pai que vai passar o dia comigo?”

“Com Charlie, menos é sempre mais.” Ela soou certa sobre isso. “Aonde nós vamos, falando nisso?”

“O tempo estará bom, então vou ficar longe dos olhares públicos… e você pode ficar comigo, se você quiser.” Eu usava o aviso de Carlisle o máximo possível, a permitindo escolher seus limites.

“E você irá me mostrar o que quis dizer sobre o sol?” ela perguntou, empolgada.

“Sim.” Eu sorri para sua resposta, então pausei, sabendo muito bem o que aconteceria se ela visse minhas feições alienígenas no sol. “Mas se você não quiser ficar… sozinha comigo, eu ainda prefiriria que você não fosse para Seattle sozinha. Eu tremo só de pensar nos problemas que você poderia encontrar numa cidade daquele tamanho.”

Ela pareceu aborrecida. “Phoenix é três vezes maior que Seattle,” isso só em termos de população. “Em tamanho…”

“Mas ao que parece,” eu interrompi, “sua hora não havia chegado em Phoenix. Então eu preferiria você perto de mim.” Eu usei suas próprias palavras da noite interior para solidificar meu argumento. Observei seu rosto, sem esperanças que ela iria concordar comigo. Então seu rosto ganhou uma expressão resignada.

“Mas acontece que eu não me importo em ficar sozinha com você.”

“Eu sei,” eu suspirei, meditando o fato que ela realmente deveria se preocupar, embora eu não quisesse. “Mas você deveria contar ao Charlie.”

“Por que eu faria isso?”

Minha raiva explodiu. “Para me dar um pequeno incentivo para levá-la de volta.”

Ela engoliu em seco. Ela pareceu estar pensando sobre o que eu havia falado, mas então ela pareceu certa. “Acho que vou correr o risco.”

Eu exalei, frustrado, e desviei os olhos.

“Vamos falar de outra coisa,” ela sugeriu.

“Do que você quer falar?” eu perguntei, ainda incomodado que ela tinha intenção de fazer as coisas muito fáceis para o monstro em minha cabeça.

Ela olhou em sua volta e pegou os olhares curiosos de minha família. Obviamente eles estavam ouvindo cada palavra, isso não era surpresa. Eu não tinha privacidade em minha família. Embora eu estava fazendo um belo esforço para bloquear seus pensamentos. Ela olhou novamente para mim e seus olhos brilharam com curiosidade mais uma vez.

“Por que foi àquele lugar nas Great Rocks no fim de semana passado… para caçar? Charlie disse que não era um bom lugar para trilhas, por causa dos ursos.”

Eu olhei para ela. Para uma pessoa tão intuitiva eu me surpreendi que ela não perdeu algo tão obvio.

“Ursos?” ela arfou, e eu sorri com malicia. “Sabe de uma coisa, não é temporada de ursos,” ela reclamou.

“Se você ler com cuidado, a lei só diz a respeito de caça com armas,” eu a informei.

Eu olhei seu rosto com prazer enquanto ela assimilava minhas palavras. Era definitivamente choque, embora ela tentasse esconder. Incredulidade pareceu ser a emoção dominante em seu rosto.

“Ursos?” ela repetiu com dificuldade.

“Os pardos são os preferidos de Emmett.” Eu mantive minha voz casual mas meus olhos estavam analisando sua reação. Ou melhor, falta dela.

“Hmmm,” ela disse. Ela olhou para baixo e mordeu a pizza, precisamente no ponto em que eu havia mordido.

Eu sou um idiota, eu me repreendi. Eu tinha que me achar e deixar meu veneno por toda a pizza que agora ela estava comendo. Ela mastigou vagarosamente, e então tomou um longo gole de Coca. O veneno não teve efeito nela? Não faria um estrago real a menos que ela tivesse uma ferida aberta em sua boca e entrasse diretamente em seu sistema sanguíneo. Mesmo assim, eu não podia acreditar em minha estupidez.

“Então…,” ela disse depois de um momento, finalmente encontrando meu olhar. Continuei a observando ansiosamente. “Qual é o seu preferido?”

Eu levantei uma sobrancelha e fiz uma careta em desaprovação. Ela parecer muito ansiosa para saber detalhes do meu estilo de vida monstruoso, isso me incomodava. “Leão da montanha,” eu respondi, decidindo ser honesto.

“Ah,” ela disse em um modo educadamente desinteressado, buscando por seu refrigerante de novo. Outra reação absurdamente calma. Certamente, ela sentia mais que isso.

“É claro que,” eu disse rapidamente, tentando me fazer soar mais humano, “precisamos ter o cuidado de não causar impacto ambiental com uma caçada imprudente. Tentamos nos concentrar em áreas com superpopulação de predadores – indo o quão longe precisarmos. Sempre há muitos cervos e veados por aqui, e eles servem, mas qual a diversão nisso?” Eu sorri provocando.

“Qual diversão mesmo.” ela murmurou com outra mordida na pizza.

“O inicio da primavera é a temporada de ursos preferida de Emmett,” eu continuei, tentando extrair uma reação dela, “eles estão saindo da hibernação, então são mais irritáveis.” Eu sorri, lembrando de nossa pequena aventura final de semana passado. Ursos emergiram de uma caverna, parecendo mais irritados do que eu e Emmett já os havíamos visto. Emmett estava positivamente radiante de felicidade.

“Não há nada mais divertido do que um urso pardo irritado,” ela concordou, concordando com a cabeça.

Eu ri baixinho, sacudindo minha cabeça. “Me diga o que você está realmente pensando, por favor.”

“Estou tentando imaginar – mas não consigo,” ela admitiu. “Como vocês caçam um urso sem armas?”

“Ah, nós temos armas.” Eu mostrei meus dentes em um breve e ameaçador sorriso. Ela tremeu levemente e fiquei impressionado que ela teve reações humanas e normais, embora não fossem o suficiente. “Mas apenas não do tipo que consideram quando redigem as leis de caça. Se você já viu um ataque de urso pela televisão, você deve poder visualizar Emmett caçando.”

Ela tremeu de novo, dessa vez mais fortemente e eu estava satisfeito que ela finalmente pareceu entender o perigo. Ela espiou pelo refeitório até Emmett, que estava olhando para longe. Eu segui seu olhar. Embora ela não pudesse ver, eu sabia que havia um sorriso enorme e presunçoso espalhado em seu rosto.

Eu ri. Ela olhou para mim, calma como sempre.

“Você é como um urso também?” ela perguntou em voz baixa.

“Mais como um leão, ou é o que me dizem,” eu disse levemente. “Talvez nossas preferências sejam indicativas.

Ela tentou sorrir. “Talvez,” ela repetiu. Seus olhos foram para longe. “Isso é uma coisa que eu poderia ver?”

“Absolutamente não!” Eu exclamei. Como ela possivelmente queria me ver caçar? Ela tinha um desejo de morte? Ela se inclinou para trás, atordoada e com os olhos arregalados de medo. Eu me inclinei para trás também, cruzando meus braços em meu peito. Eu não tinha intenção de assustá-la, mas eu não poderia tê-la pensando em coisas tão estupidamente perigosas.

“É assustador demais para mim?” ela perguntou depois de um momento, sua voz ainda um pouco trêmula.

“Se fosse apenas isso, eu levaria você esta noite,” eu disse, minha voz cortando. “Você precisa de uma dose saudável de medo. Nada poderia ser mais benéfico para você.” Qualquer coisa para fazê-la ter um pouco de senso de auto-preservação.

“Então por que?” ela pressionou.

Eu a encarei por um longo minuto.

“Depois,” eu disse finalmente. Eu fiquei de pé. “Vamos nos atrasar.”

Ela olhou em sua volta, talvez percebendo pela primeira vez que o refeitório estava quase vazio. Ela se levantou, agarrando sua mochila do encosto de sua cadeira..

“Depois, então,” ela concordou. Ela disse isso com tal finalidade que eu sabia que essa mulher extraordinária não iria esquecer. Então eu resolvi passar o resto do dia escolar mentalmente escrevendo um discurso para ela.

Por um lado, ela precisava entender os riscos de estar envolvida comigo. Por outro, a ultima coisa que eu queria era que ela pensasse que tudo o que eu desejava era matá-la. Eu não iria fazer isso, eu não poderia.

Eu iria ter que escolher minhas palavras com muito cuidado.


Fonte:

LUA NEGRA CAP..22



22 - Pedido

Eu não estava com raiva de Bella. Eu estava furioso com o que ela estava fazendo. Furioso porque no fundo do meu coração eu já sabia o que cada um deles iria dizer e temia o resultado da votação.



Meus pais e irmãos, com exceção de Rosalie, já consideravam Bella como parte da família e estavam dispostos a concordar com sua transformação para torná-la verdadeiramente uma de nós.



Um monstro.



No entanto, eu não podia me recusar a levar Bella para ver minha família, muito menos impedi-la de ir... nós já tínhamos tido disputas suficientes desde que ela acordara.. Além disso, Bella iria sozinha se eu não quisesse levá-la... sendo a linda... e obstinada criatura que era.



Mas, independentemente do que ocorresse, independentemente do resultado...eu seria inflexível em minha decisão de manter Bella humana e inalterada. Coloquei-a em meus braços e pulei a janela, tentando não sacudi-la muito.



— Tudo bem, então, suba. — Eu disse com voz severa, tentando reter minha raiva e ajudando-a a subir em minhas costas.



Quando Bella estava segura, corri a toda velocidade na direção das árvores.



Eu podia mais uma vez apreciar a excitação da velocidade, agora que Bella estava comigo ... me completando novamente.



Os raios da lua irradiavam-se para todos os lados, fazendo brilhar as folhas como prata. A beleza noite nos envolveu no ambiente pacífico da floresta. A dança do luar entre as árvores era de arrepiar. Eu queria que Bella pudesse ver isso do mesmo modo que eu.



Os únicos sons eram o silvo do ar girando em torno de nós enquanto eu corria, e os passos leves dos pés dos animais noturnos em vagando.



Eu deixei que a raiva escorresse de minha mente e me concentrei em aproveitar o momento feliz com Bella. Bella virou a cabeça e beijou minha bochecha. A suavidade de seus lábios enviava um calor pulsante que atravessou todo meu corpo.



— Obrigado. — Isso significa que você concluiu que você está acordada? — Eu perguntei.



O doce som da sua risada ecoou pela noite.



— Para ser bem sincera, não realmente. Mas, de qualquer maneira, eu não estou tentando acordar. Não esta noite.



— Vou de alguma forma ganhar sua confiança de volta. Nem que seja a última coisa que eu faça. — Prometi a mim mesmo em voz alta.



— Eu confio em você. — Ela garantiu — É em mim que não confio.



— Explique isso, por favor. — Eu disse, de repente, desacelerando para prolongar meu tempo a sós com ela naquele ambiente tão idílico, lhe dando a oportunidade de continuar a nossa discussão e ouvir a sua voz doce. Estávamos nos aproximando da minha casa e eu não estava preparado para discutir planos de imortalidade... assim eu desacelerei para uma caminhada.



— Bom... não confio em mim para ser o suficiente.... Para merecer você... Não há nada em mim que possa prendê-lo. — Bella disse suavemente.



Sua declaração me fez parar abruptamente. Ela pensava que eu era bom demais para ela? Quando será que ela conseguiria se ver claramente? Quando ela perceberia que eu era o afortunado, que não a merecia?



O único que estava profundamente apaixonado por ela. O único que estava preso a ela de forma incondicional. Aquele que nunca iria deixá-la novamente.



Eu me voltei para tirá-la de minhas costas, embalado-a nos braços por um momento, segurando-a perto do meu coração, antes de colocá-la sobre os pés.



— Sua prisão é permanente e inviolável. Jamais duvide disso. — Sussurrei com tranqüilidade.



Uma expressão de incerteza atravessou seu rosto, mas ela não respondeu.



— Você ainda não me disse... — Eu me perguntei em voz alta e fazendo uma pausa, porque não tinha certeza de querer realmente ouvir a resposta para a pergunta que eu ia fazer.



— O quê — Bella questionou.



Eu decidi ir em frente e perguntei finalmente.



— Qual o seu maior problema.



— Vou deixar que você adivinhe! — Ela suspirou e tocou a ponta de meu nariz com o indicador.



Bem, pelo menos, ela compreendeu que eu sou um perigo, mas não pude deixar de me sentir um pouco desanimado, ainda surpreso.



— Sou pior que os Volturi. Acho que mereci isso.



Bella revirou os olhos como um sinal do meu mal-entendido.



— O pior que os Volturi podem fazer é me matar.



O que era mais assustador que a morte? Bella me considerava pior do que uma sentença de morte? Eu não conseguia falar, e meus olhos imploravam por uma explicação.



— Você pode me deixar. — Ela explicou — Os Volturi, Victoria ... não são nada comparado a isso.—



Meu coração congelado sentiu uma constrição de dor quando me lembrei da imagem de uma Bella perturbada na mente de Charlie. Eu sempre iria lamentar ter partido. O que ele tinha feito a ela. O que ele tinha feito para mim também.



— Não. Não fique triste. — Bella sussurrou enquanto ela acariciava o meu rosto.



Tentei sorrir, mas não consegui.



— Se houvesse uma única maneira de fazer você entender que não posso deixá-la. O tempo, eu suponho, acabará por convencê-la.



Bella animou um pouco.



— Certo. — Ela concordou.



Fiquei em silêncio por alguns instantes, enquanto me perguntava como poderia apagar o sofrimento que tinha causado.



— Então - já que você pode ficar... posso ter minhas coisas de volta? — Bella perguntou em um tom mais tranqüilo, quando voltamos a andar.



Eu soltei uma risada na fraca, entendendo a tentativa de Bella para distrair minha angústia.



— Suas coisas nunca foram embora. Eu sabia que era errado, mas uma vez que lhe prometi paz sem lembranças. Foi estúpido e infantil, mas queria deixar algo de mim com você. O CD, as fotos, os bilhetes estão sob o assoalho de seu quarto.



— É mesmo?



Concordei em confirmação.



— Eu acho. Não tenho certeza, mas imagino ... acho que talvez eu soubesse disso o tempo todo. — Bella disse lentamente.



— Soubesse o que — Eu perguntei.



— Parte de mim, meu subconsciente talvez, nunca deixou de acreditar que você ainda se importava se eu estava viva ou morta. Deve ter sido porque eu estava ouvindo as vozes.



Fiquei perplexo. Bella tinha tido alucinações? O que mais eu não sei?



— Vozes? — Eu perguntei cheio de ceticismo.



— Bom, apenas uma voz. A sua. É uma longa história. — Bella disse cautelosamente, como se arrependesse de ter me contado isso.



Talvez ela tenha pensado que eu acharia que ela estava louca. Devo admitir que a situação parecia surreal, no entanto, depois de toda a tortura que eu passara nos últimos meses, sentindo coisas que um vampiro jamais poderia sentir, eu não poderia fazer julgamentos.



Bella tinha ouvido minha voz em seu inconsciente? Estive tão presente em seus pesadelos, que parecia ser verdade? E mais importante - o que é que essas voz diziam?



— Eu tenho tempo. — Eu disse, fingindo uma tranqüilidade que eu não estava sentindo e incentivando-a a continuar.



— É muito ridículo.



Eu esperei, sem falar. Bella hesitou, como se ela estivesse com medo do que dizer. Eu estava com medo do que eu iria ouvir.



— Você se lembra que Alice disse sobre esportes radicais?



Eu poderia lembrar as palavras exatas de Alice em Volterra ...Em resumo ela pulou de um penhasco, mas ela não estava tentando se matar. Bella agora gosta de praticar esportes radicais. — Eu estava furioso com a imprudência de Bella, especialmente desde que ela tinha me prometido que iria manter-se segura. Eu senti uma leve pontada de traição em sua promessa quebrada, mas seria hipocrisia pensar dessa forma... quantas promessas eu tinha quebrado?



Demais! Eu me castiguei.



— Você pulou de um penhasco para se divertir? — Eu disse, mantendo a minha voz fria sem mostrar a fervura que tomava conta de mim.



— Hã, isso mesmo. E antes disso, com a moto...



— Moto? — Eu ecoei abismado. Minha voz controlada, apesar da fervura agora borbulhando.



— Acho que eu não contei a Alice essa parte.



— Não. — Eu respondi secamente. Alice teria me contado ou eu teria, pelo menos, visto que em suas visões.



— Bem, sobre isso ... veja, descobri que ... quando eu estava fazendo alguma coisa perigosa ou estúpida ... eu podia lembrar-me de você de forma mais clara. Conseguia me lembrar de como sua voz soava quando você estava com raiva, podia ouví-lo como se você estivesse em pé bem perto de mim. Na maior parte do tempo eu tentava não pensar em você, mas desse jeito não doía tanto... era como se você estivesse me protegendo novamente. Como se não quisesse que eu me machucasse. E, bom, imagino se o motivo para ouví-lo tão claramente não era porque, lá no fundo, eu soubesse que você não tinha deixado de me amar.



Eu escutei atentamente cada palavra, sem interromper, a raiva crescendo em meu peito de forma imensa. Eu não podia acreditar que Bella estava me dizendo. Todas as suas ações perigosas tinham apenas um único propósito, provocar a alucinação de ouvir minha voz.



Eu era mais censurável do que inicialmente supus. Eu me sentia como se a circulação de ar tivesse sido permanentemente cortada de tão chocado com aquelas palavras



— Você ... estava arriscando sua vida ... para me ouvir... — Eu mal consegui falar.



— Shh. Espere um segundo. Eu acho que estou tendo uma revelação agora. — Bella interveio.



Os poucos minutos que Bella gastou pensando, eu esperei com impaciência, mas em silêncio. Durante esse o tempo a fervura começou a diminuir, sendo substituída pela ansiedade.



Os minutos passavam lentamente, enquanto em minha mente simultâneos pensamentos se atropelavam. Cada pensamento me empurrava para a insanidade enquanto o silêncio pesava.



Qual era a revelação que Bella estava tendo? Eu detestava cada vez mais não ter acesso à sua mente, embora respeitasse seu direito à privacidade. Mas a curiosidade tomava conta de mim.



Minha principal preocupação era para sua segurança. Certamente, agora que eu estava de volta, seu comportamento de risco iria parar.



Eu sabia que Bella não era insana, mas a minha partida a fez afundar em um estado depressivo que parecia estar lentamente a conduzindo para a loucura.



A culpa era minha. Eu tinha mais uma vez colocado em risco sua segurança. Eu era a causa e o efeito das coisas que aconteciam com ela. Eu estava preocupado com as atividades perigosas que tinha procurado. Eu estava preocupado com seus pensamentos. Eu estava com medo de pensar sobre o que teria acontecido a Bella se eu nunca tivesse voltado.



Será que o seu comportamento irresponsável teria continuado? Será que ela teria lentamente se tornado obsessiva, beirando a insanidade com alucinações em seu subconsciente? Será que ela realmente teria se matado?



Eu fiquei grato quando Bella interrompeu meus pensamentos, porque eu não podia suportar ficar mais um segundo com tais perguntas em minha cabeça.



— Oh!—



— Bella? — Eu perguntei ansiosamente.



— Ah. Certo. Entendi.



— Sua revelação? — Perguntei nervosamente.



— Você me ama. — Ela disse finalmente admirada.



As palavras dela fizeram meu coração inchar de felicidade. Ela acreditou em mim. Um sorriso brilhou em meu rosto sem esforço.



— Sinceramente, AMO.



Ouvi Bella recuperar o fôlego, vi a cor voltar ao seu rosto e o brilho aumentar em seus olhos. Peguei seu rosto em minhas mãos e senti sua pulsação aumentar, exatamente como a minha.



Eu a beijei carinhosamente até que minha cabeça ficasse intoxicada pela sensação de seus lábios macios se movendo contra os meus. Eu inclinei minha testa contra a dela, com a respiração mais difícil do que o habitual.



Em comparação com o meu comportamento, Bella parecia muito mais lúcida. Ela tentara sobreviver... ela fizera um esforço, tentando levar sua vida a cada dia. Eu tinha me deixado engolir pela dor e desolação.



— Você foi melhor nisso do que eu, sabia. — Eu disse a Bella.



— Melhor em quê?



— Em sobreviver. Você, pelo menos fez um esforço. Você se levantou pela manhã, tentou ser normal para Charlie, seguir o padrão da sua vida. Quando eu não estava rastreando, ficava ... totalmente inútil. Não conseguia ficar com minha família... não podia ficar perto de ninguém. Estou envergonhado de admitir que, mais ou menos, me voltei para mim mesmo e deixei que a infelicidade me tomasse. Era muito mais patético do que ouvir vozes. E, claro, você sabe que eu ouvia também.—



Embora eu me sentisse culpado por ter causado a dor do abandono em Bella, eu não sentia nenhum conforto no fato de saber que eu não estava sozinho em meus sentimentos. Eu pensei novamente naqueles meses de solidão depressiva sem ela.



Eu estava sempre querendo saber como ela estava. Se estaria bem. Teria ela mudado seus sentimentos? Como ela estaria vivendo sua vida.



Ela estava sempre em minha mente. Bella tinha estado sempre comigo, como eu estivera com ela em seu subconsciente.



Talvez tivesse sido essa pequena parte de nossas memórias subliminares que nos permitira segurar nosso desapontamento... para sobreviver.



— Eu só ouvi uma voz. — Bella me lembrou, tirando minha atenção dos meus pensamentos.



Eu ri levemente puxando-a contra o meu lado, envolvendo meu braço em torno dela, levando-a para a frente por entre as árvores para o espaço aberto, onde estava minha casa.



— Só estou satisfazendo sua vontade. O que eles disserem não importa. — disse a Bella indicando minha casa com um gesto amplo.



— Isso agora os afeta também.



Eu dei de ombros, sem responder, para não deixar que ela percebesse que eu começava a fervilhar de novo, agora que estávamos chegando.



Bella seria transformada... nunca. Eu não permitiria isso.



Me irritava o pensamento de minha família, indo contra a minha vontade por querer que Bella se tornasse um vampiro. Eu impediria qualquer um que tentasse mudar minha Bella ... mesmo Alice. Eu não precisava ler sua mente para saber que ela iria votar a favor de Bella. Ela havia prometido na Itália, e mais ela queria muito e muito que Bella se tornasse parte da família, uma irmã de verdade.



Antes da votação começar eu esperava poder influenciar a decisão de meus familiares, convencendo-os com minha teoria recente.



Demetri não seria capaz de rastrear Bella e, portanto, eles não seriam capazes de localizá-la se eu a escondesse em um local remoto, quando os Volturi decidissem nos visitar. As premonições de Alice seriam úteis para sincronizarmos nossas ações com as deles.



Quando nos aproximamos de casa, eu podia ouvir os pensamentos de cada um em seus em seus quartos. Alice estava nos esperando cheia de emoção, o que só aumentou o meu ressentimento.



Bella me puxou pela porta da frente, as luzes todas acesas esperando por ela. Alice já devia ter avisado que estávamos a caminho.



Estar ali de novo me trouxe uma sensação de regresso ao lar, e apesar do meu mau humor, eu estava feliz por estar de volta no lugar que me aconchegava, minha casa.



Chamei baixinho por cada um deles, para que viessem nos cumprimentar, apesar deles saberem que já estávamos ali.



— Carlisle? Esme? Rosalie? Emmett? Jasper? Alice?



Num flash Carlisle estava ao lado de Bella, mas ela não vacilou com sua aparição imediata.



— Bem-vindo, Edward. — Ele cumprimentou-me silenciosamente.



— Bem-vindo de volta, Bella. — Carlisle sorriu. — O que podemos fazer por você. Imagino, devido à hora, que isso não seja uma visita de caráter exclusivamente social?



Bella concordou.



— Eu gostaria de conversar com todos vocês, se não houver problema. Sobre a algo importante.



Carlisle me olhou, um questionamento correndo por sua mente, mas quando não fiz nenhum esforço para responder, ele voltou sua atenção para Bella.



— Claro. Porque não conversamos na outra sala?



Carlisle nos levou à sala de jantar, que na verdade servia apenas para travarmos nossas discussões. Senti o resto de minha família nos seguir.



Carlisle educadamente estendeu a cadeira na cabeceira da mesa para Bella, e ela tomou seu assento ficando um pouco nervosa, assim que todos os outros vampiros entravam na sala. Ninguém falou enquanto meus familiares tomavam seus lugares ao redor da mesa, cada um emitindo pensamentos interrogativos em suas mentes. Eu ocupava a cadeira ao lado de Bella, Carlisle sentou-se do lado oposto.



— A palavra é sua. — Carlisle balançou a cabeça em direção a Bella em um incentivo.



Peguei a mão de Bella debaixo da mesa, com uma expressão de cuidado aparecendo em meu rosto. Eu podia sentir como ela estava ansiosa. Olhei ao redor da mesa para minha família.



Emmett estava silenciosamente especulando sobre o nosso encontro. Sua curiosidade impaciente estava estampada em sua expressão física.



— É melhor que seja algo divertido... enfim tratando-se de Bella é impossível que seja algo entediante. — Pensou.



Rosalie sorriu calorosamente, tanto para Bella, quanto para mim. O respeito que ela agora sentia por Bella, depois da atitude corajosa que ela se tomara para me salvar na Itália, era evidente.



Esme festejava o momento de ter toda sua família reunida ... novamente, incluindo Bella.



Eu podia sentir a tensão nos pensamentos de Jasper. Estar na presença de Bella o fazia sentir-se extremamente nervoso, pois ele ainda se sentia imensamente culpado pelo o incidente que determinou a nossa partida de Forks. Ele estava tentando manter-se controlado, repetindo aquela memória em sua cabeça. Ferir o amor de seu irmão e melhor amiga de sua amada tinha sido demais para ele. Foi muito doloroso assistir aquele lembrete que ele se impunha, por isso fechei minha mente.



Partir tinha sido minha decisão, a pior que tomei, usando o descontrole de Jasper como uma desculpa para fugir. Eu não poderia sentir nenhuma animosidade em relação a ele, que não podia ser responsável pelas minhas escolhas erradas.



O corpo de Alice tremeu ligeiramente. Para minha família poderia parecer que ela não conseguia controlar sua emoção. No entanto, eu sabia que ela estava tendo uma visão. Foi tão rápido que ninguém percebeu. Mas eu conhecia Alice bem demais e podia ver dentro de sua mente.



A visão de Alice causou uma agitação na boca do meu estômago. Ela estava de pé ao lado de uma vampira belíssima. Uma imortal. As duas abraçadas.



Eu já tinha visto essa visão antes, mas agora ela era tão forte, tão definida, tão inegável...



Senti a súbita necessidade de pegar Bella e fugir.



Minha atenção foi despertada, apagando a visão da minha mente.



— Bem... Imagino que Alice já tenha contado a vocês tudo o que aconteceu em Volterra? — Bella perguntou.



— Tudo. — Alice respondeu.



— E, no caminho para lá?



Minhas entranhas tremiam um pouco da raiva a ansiedade. A jornada de minha irmã e Bella podia ser resumida na promessa de Alice transformá-la. Portanto, tecnicamente, Alice tinha previsto para Bella dois tipos de morte. Embora, a promessa de Alice tivesse assegurado a nossa sobrevivência em Volterra, fato pelo qual eu estava imensamente grato, além dela me reunir a Bella novamente.



— Isso, também. — Alice concordou.



Bella suspirou.



— Que bom. Então, estamos todos em pé de igualdade. — Bella fez uma pausa, preparando seu discurso..



Todos estavam silenciosos. Eu tentei com bloquear a mente de cada um, para evitar a frustração que seus pensamentos me trariam. No entanto, estranhamente, eles estavam todos em silêncio esperando atentamente que Bella continuasse.



Fiquei imóvel esperando que Bella começasse seu discurso e eu tivesse a oportunidade de apresentar meu plano de contingência. Bella sabia que eu iria tentar frustrar seus planos.



A premonição de Alice poderia mudar quando eu informasse minha família do meu próprio plano.



Bem... eu esperava.



Bella respirou profundamente e começou a falar, enquanto eu mantinha meus olhos focados em cima da mesa, sem pestanejar.



— Então, temos um problema. Alice prometeu aos Volturi que eu me tornaria uma de vocês. Eles vão mandar alguém para verificar e tenho certeza que é isso é ruim... algo a evitar. E assim, agora, a questão envolve todos vocês. Lamento por isso.



Ela parou por um minuto e eu me permiti lançar um rápido olhar para ela. Ela interagia com todos, olhando para cada ocupante da mesa... olhando firme em seus olhos uma fração de segundo antes de prosseguir. Ela finalmente descansou os olhos em mim, o que fez o ar ficar engasgado na minha garganta. Ela estava divina, por que ela queria mudar isso?



— Mas, se vocês não me quiserem, não vou forçar-me minha presença, quer Alice esteja disposta a isso ou não.—



Esme abriu a boca para dizer a Bella que ela já era uma parte da família, mas Bella a silenciou erguendo um dedo.



— Por favor, me deixe terminar. Todos vocês sabem que eu quero. E tenho certeza que sabem o que Edward pensa. Acho que a única maneira justa de decidir isso é todos darem seu voto. Se vocês decidirem que não me querem, então ... acho que volto para a Itália sozinha. Eu não posso deixá-los vir aqui.—



A testa de Bella enrugou-se enquanto ela falava isso. Meu peito encheu-se com o som crescente de um rosnado rouco de protesto. Não havia absolutamente nenhuma maneira de deixarmos Bella ir para a Itália novamente e eu sabia que isso incluía todos ali na mesa.



Será que a diabinha estava usando essa ameaça como forma de chantagem emocional para garantir que minha família votasse a seu favor. Provavelmente sua obstinação teria sucesso.



— Levando em conta, então, que eu não vou colocar nenhum de vocês em perigo de qualquer forma, quero que votem sim ou não sobre a questão de me tornar um vampira.—



Eu pude ver a prega de um leve sorriso nos canto da boca de Bella enquanto ela falava a última palavra. Vampiro. Eu ainda estava incrédulo com a sua ânsia de perder a sua alma... tornar-se um monstro.



Talvez essa obsessão de Bella em se tornar uma imortal não fosse apenas para se tornar igual a mim e a minha família. Talvez eu não tivesse analisado bem este assunto no passado... eu simplesmente tinha assumido que a Bella queria ser transformada para que pudéssemos ter o mesmo estilo de vida eterna.



Ela estaria sacrificando sua alma inteiramente em meu benefício? Ou havia mais fatores envolvidos nisso? Ela tinha considerado que poderia perder muito mais do que ganhar.



Bella apontou para Carlisle para que ele exercesse seu voto, minha chance para interromper... o momento em que eu poderia tentar influenciar os votos a meu favor.



— Só um minuto. — Intervi.



Eu olhava para Bella, que levantou as sobrancelhas de uma forma absolutamente deliciosa e irritada, quando olhou para mim. Eu apertei sua mão suave e firmemente.



— Eu tenho algo a acrescentar antes de votarmos.



Ouvi Bella soltar um suspiro. Eu não precisava ter acesso a sua mente para saber que ela estava irritada com a minha interrupção, minha tentativa de alterar o rumo daquilo.



— Sobre o perigo a que Bella se refere. Eu não acho que precisamos ficar muito ansiosos com isso. Vejam só, havia mais uma razão para eu não querer apertar a mão de Aro no final. Há algo que ele não pensaram e eu não quis lembrar isso a eles.



Eu olhava em volta da mesa enquanto falava. Minha raiva diminuiu ligeiramente, enquanto as palavras fluíam pela minha boca me trazendo mais convicção.



— O que? — Alice me sondou. — O que você não me contou, Edward? — Ela continuou em sua cabeça.



Debrucei-me para frente, garantindo que eu tinha a atenção de todos, antes de continuar a minha explicação.



— Os Volturi são excessivamente confiantes, e com razão. Quando eles decidem encontrar alguém, não é realmente um problema.



Olhei para Bella e perguntei — Você se lembra de Demetri?



Ela deu de ombros e eu presumi que fosse um sim.



— Ele encontra pessoas... este é o seu talento, é por isso que eles o mantêm. Agora, o tempo todo em que ficamos lá, eu estava sondando os cérebro de cada um em busca de qualquer indicação que pudesse nos salvar, obtendo o máximo de informações possíveis.



Isto não era bem verdade. Eu estava principalmente tentando encontrar alguma maneira de escapar, para proteger a Bella.



— Então eu vi como funciona o talento de Demetri. Ele é um rastreador... um rastreador mil vezes mais talentoso que James. Sua capacidade é vagamente relacionada com o que eu faço, ou o que Aro faz. Ele pega o sabor ...? Não sei como descrever ... ... o teor da mente de alguém e depois a segue. Isso funciona a distâncias imensas. Mas, depois da experiência de Aro, bem... — Parei, dando de ombros, esperando que eles registrassem o que eu estava sugerindo.



— Você acha que ele não será capaz de me encontrar. — Bella disse apática.



— Tenho certeza disso. Ele depende totalmente desse sentido. Quando não funcionou com você, todos eles ficaram cegos. — Eu disse, um pouco mais confiante, quase presunçoso.



— E como é que isso resolve alguma coisa?



— É muito óbvio. Alice poderá dizer quando eles planejam uma visita e eu vou esconder você. Eles ficarão impotentes. Será como procurar uma agulha num palheiro!—



Eu sorri para Emmett, maliciosamente vendo que ele ria em seus pensamentos. — Isso vai ser divertido irmão!.



— Mas, eles podem encontrar você. — Bella me lembrou.



— E eu posso cuidar de mim. — Garanti a ela.



Emmett riu alto erguendo o punho sobre a mesa.



— Excelente plano, meu irmão. — disse entusiasmado



Estiquei meu braço e bati meu punho contra o dele. Eu sabia que Emmett poderia ser convencido pela idéia de um confronto.



— Não. — Rosalie sibilou. — Não, não, de jeito nenhum!



— Absolutamente não! — Bella arrematou, o pânico claramente em seus olhos



— Interessante. — Jasper contribuiu com prazer, antes de prosseguir em sua cabeça. — Podemos trabalhar nisso.



— Idiotas. — Alice murmurou, visivelmente irritada. — Idiotas cheios de testosterona. — Ela cuspiu silenciosamente dirigido-se a mim, mas que eu a ignorei.



— Edward? — Minha mãe me chamou silenciosamente. Eu olhei para ela para ver seus olhos brilhando de preocupação. — Essa não é uma solução adequada. Os Volturi não vão desistir. Não podemos viver com medo para sempre, assim como Bella não pode se esconder para o resto de sua vida humana. Não posso concordar com essa decisão, quando existe a possibilidade de você ou qualquer um dos meus filhos se machucar.



Esme estava certa, mas que outra escolha eu tinha? Bella estava prestes a me lembrar disso. Ela endireitou-se na cadeira, pronta para falar novamente.



— Tudo bem, então. Edward ofereceu uma alternativa para ser considerada. Vamos votar.


Fonte:

SINGULARITY CAP...31




Simplesmente Certo

Nota da autora: Esse capítulo termina em março de 1948.

“Onde está Vasily?” Perguntei com um sentimento familiar de pânico crescendo em meu peito. Eu rapidamente busquei pelo salão de festas de Lincoln pelo vampiro enorme.

“Não sei”, respondeu Ivan sobre o zumbido de vozes humanas.

“Relaxe Alice”, cochichou Mai-Li, “ele provavelmente está só olhando para outros carros ou tomando um pouco de ar. Você sabe como é difícil para ele estar tão rodeado de humanos.”

“É precisamente por isso que estou preocupada”, eu respondi secamente.

Essa viagem inteira, Vasily mostrou pouco ou nenhum auto-controle que seja, e eu estava além de exasperada com ele.

“Ele precisa estar aqui com os olhos negros se quiser ver estes carros”, eu disse enquanto bati o pé em frustração.

Eu tinha boas razões para estar frustrada com ele. Depois de consertar as coisas entre Chi-Yang e Ivan, que não foi uma coisa fácil de fazer para dizer o mínimo, eu tinha levado os dois clãs a Las Vegas para se divertirem antes de comprarem carros novos em Detroit. Ivan tinha comido como um porco toda a viagem.

Não era tanto o que ele comia, era que para ele não importava onde, quando ou quem ele comia. Fomos para Las Vegas para nos divertir e acabamos tendo que deixar o hotel luxuoso depois de apenas dois dias porque lanchou algumas das dançarinas.

Ele não poderia jogar muito com olhos vermelhos brilhantes, o que o deixou com raiva e nos deixou no limite. Então, enquanto ele estava nos esperando terminar a nossa diversão, ele comeu uns poucos guardas de segurança. Seus olhos vermelhos causaram um grande estresse em nossa última noite em Las Vegas, e o clã teve que comer uma meia dúzia de pessoas para tirá-lo da confusão. Ele fez isso toda a viagem. Ele simplesmente desapareceria e, em seguida timidamente se esconderia em algum canto, até que o encontrássemos.

Assim como agora.

“Ah, inferno!”

“Alice? Você acabou de xingar?” Mai-Li estava olhando para mim com o olhar mais incrédulo.

“Isso foi simplesmente tão fofo vindo de você”, acrescentou Lena.

“Damas não devem xingar, Alice”, repreendeu Ivan com um abanar de seu dedo.

Fofo?

“Sim, eu xinguei! Eu posso xingar em doze línguas diferentes. Gostaria de ouvir algumas?” Pelo amor de Deus, eu não era uma criança e eles não eram meus pais. E certamente não era fofa quando estava tão zangada desse jeito. Pelo menos eu esperava que não.

“Por que você está tão zangada? Chi-Yang perguntou. Apontei descaradamente em direção ao russo escondido. Ele deu de ombros e murmurou um curto, “Uh-oh.”.

Com um rosnado, eu e os outros fomos para uma porta lateral no grande salão de festas onde Vasily estava tentando esconder seu corpo enorme. Ele fez uma careta quando viu a minha cara.

“Desculpe, mil desculpas. Eu não pude agüentar. Eles eram gêmeos – grandões!”

“Gêmeos, sério?” Chi-Yang estava agora escaneando a multidão. Ele era o vampiro mais vampiresco que eu já tinha conhecido, e em qualquer menção de comida, ele ia quase que instantaneamente em caça.

“Você também não!” Mai-Li queria um carro novo, e ela não iria permitir que o apetite de seu companheiro a impedisse.

“Você sabe o quanto eu odeio fazer compras. Por que você não escolher um para nós, amada, enquanto faço companhia a Vasily? Desse jeito você pode conseguir o que deseja, e eu posso conseguir o que quero”, implorou Chi-Yang. Para um vampiro vicioso, ele choramingava muito.

Chi-Yang era um dos centenas de filhos legítimos de Genghis Khan, o grande líder mongol, e ele realmente não gostava muito da vida civilizada. Ele teria preferido o roubo, estupro e pilhagem, em vez de ir para um test-drive em qualquer dia.

“Assim como os homens“, cuspiu Mai-Li enquanto Chi-Yang desaparecia pela porta seguindo Vasily. “Temos sérias compras a fazer, e tudo em que eles podem pensar é em comida.” Ela suspirou pesadamente e virou-se para ir e olhar os mais novos carros Lincoln.

Os carros não tinham sido produzidos de 1941 a 1946 por causa da guerra, e agora eles eram os artigos mais quentes no mercado em recuperação. Ivan já tinha comprado um Cadillac conversível vermelho brilhante, mas o resto de nós ainda estava à procura, embora Vasily e Lena estivessem também se inclinando para um novo Caddy. Mai-Li queria um Lincoln Continental preto e é por isso que estávamos aqui.

Eu estava muito indecisa.

Continuei indecisa e irritada enquanto entrava no salão de carros. Eu estava muito irritada até que eu vi um Continental Conversível incrivelmente luxuoso em um borgonha profundo. O carro era adorável, mas a visão que me envolveu quando vi o carro era linda.

Eu estava andando em uma chuva torrencial sob um guarda-chuva. Jasper estava segurando o guarda-chuva sobre nós dois. Ele estava olhando para mim, e eu estava segurando sua mão enquanto caminhávamos para o carro.

O carro na visão era o carro na minha frente agora. Eu seria dona do carro por causa da visão.

Eu repassei a visão mais e mais na minha cabeça com os olhos fechados.

“Senhora, você está bem?”

“Não”, eu ri alegremente. “Eu estou maravilhosa”, e abri meus olhos para ver um vendedor me olhando. Seu crachá dizia Danny.

Eu agarrei Danny pelos braços, um pouco forte demais, porque ele imediatamente fez uma careta, e disse: “Eu preciso deste carro. Não qualquer outro, este aqui. Entendeu? Vou te pagar duas vezes o seu valor em dinheiro, mas você deve vendê-lo para mim agora”.

Danny ficou muito pálido e começou a hiperventilar.

“Ele poderia estar mais disposto a ajudar se ele ainda estivesse no chão e não nas garras de uma vampira”, alertou Lena que estava ao meu lado, me olhando como se eu fosse uma lunática. Ela tinha falado comigo tão rápido e baixo que ninguém além de eu e ela teria ouvido.

“Ah. Sim. Certo. Desculpe por isso, Danny,” eu disse enquanto o colocava suavemente no chão e o segurei enquanto ele desmaiava e os seus joelhos cediam.

“Talvez devêssemos encontrar alguém para conversar enquanto ele muda as calças”, sugeriu Lena com uma risada mal disfarçada.

Eu deixei Danny ir e ele justamente desembestou para o fundo do salão de automóveis, enquanto Lena puxou-me mais para um homem mais velho.

“Isso foi estranho, Alice. Que diabos deu em você? Você não tem razão nenhuma de reclamar do meu parceiro quando você sai por aí fazendo com que os vendedores molhem as calças.”

“Desculpe”, eu murmurei. Ela estava certa, e me senti terrível sobre as calças de Danny e sua dignidade. Várias pessoas já estavam realmente nos observando com temor e curiosidade descarada.

Levou cerca de uma hora, mas eu e Mai-Li ambos dirigimos novos carros para fora do estacionamento. Ajuda a acelerar as coisas quando você paga em dinheiro – e quando você assustar os vendedores. Eles não poderiam se livrar de nós rápido o suficientemente.

Lena e Vasily acabaram comprando um Cadillac.

Nós dirigimos os três carros para a garagem de Vinny para “vampirizá-los”, e eu ocupadamente me preparava para encontrar Jasper enquanto o carro era “ajustado”.

Fiz os papéis de Jasper. Eu duvidava que ele tinha, ou sequer tinha precisado de uma identidade, porque os nômades não se importavam com tais coisas, mas eu queria que ele tivesse um conjunto completo quando ele me conhecesse. Seria meu presente de boas-vindas. Ele seria Jasper Whitlock, enquanto eu permanecia Alice Cullen. Eu não queria ser muito atirada, então eu era capaz de manter simples.

A maior parte.

Eu precisava tanto criar uma nova identidade como Alice Whitlock que eu fiz apenas um pequeno conjunto de identidades com o nome de Alice Whitlock. Era apenas um – não muito atirado. Para me fazer sentir melhor, eu escrevi Sra. Jasper Whitlock de todas as maneiras possíveis em folhas de papel velhas. Eu enchi o chão com a minha escrita eloqüente, rindo enquanto escrevia e re-escrevia o meu nome. Senti-me como uma jovem colegial imatura, mas eu estava feliz.

Eu carregava a identidade de Jasper com ambas as minhas para todos os lugares que eu ia. Eu quase podia senti-las, como um elo quente, vibrando com o desconhecido que eu amava.

“Miss Stoker!”, a secretária sempre me cumprimentava com aquele tom “não-tão-feliz-em-vê-la-mas-sorrindo-de-qualquer-maneira”. Ela estava sempre chocada quando eu entrava na Lowe & Associados.

“Boa tarde”, eu disse agradavelmente. Eu nem sabia o nome dela, mas realmente não precisava. “Eu só vim pela minha correspondência e para ver se alguma coisa precisava da minha atenção imediata”.

“Sua correspondência está no quarto dos fundos, e eu não creio que tenhamos alguma coisa pendente para você assinar”, disse ela enquanto levantava para pegar minha correspondência. “Você tem estado fora por bastante tempo, por isso há uma pilha disso.”

Ela entrou carregando uma caixa cheia de notificações. Ela segurava um envelope na mão. “Você pode querer abrir este primeiro, acho que pode precisar de sua atenção”, disse ela com um pequeno sorriso.

O envelope parecia muito fora de lugar. Era rosa, perfeitamente quadrado e enfeitado com rosas. Era mesmo muito estranho.

“Hum, eu acho que é um convite de casamento”, pressionou a secretária com um amplo sorriso. Ela deve ter notado meu olhar perplexo.

“Eu nunca recebi um antes”, expliquei. Ela pareceu um pouco chocada, mas logo se recompôs. Ela tinha se resignado a minha estranheza.

Eu abri a carta e olhei para o cartão berrantemente decorado anunciando o casamento de Emily Narcissus McKensey com o Dr. Ralph Warren Bradley em 1º de março de 1948. Era apenas a quatro semanas de distância.

Eu ofeguei enquanto várias coisas me ocorreram ao mesmo tempo. Emily tinha encontrado o amor novamente. Eu tinha sido convidada para o meu primeiro casamento. Eu tinha menos de quatro semanas para me preparar, e eu não tinha idéia do que vestir ou dar de presente. Emily tinha provavelmente o pior nome do meio que eu já tinha ouvido falar.

“Eu tentei te ligar, mas não conseguimos lhe achar, e você nunca nos ligou”, explicou a secretária rapidamente. Ela deve ter pensado que eu estava com raiva. “Ele chegou logo depois do Natal.”

“Eu não tenho muito tempo para me aprontar, e eu não tenho muita certeza do que fazer com isso”, murmurei mais para mim do que ela.

Ela apenas me olhou fixamente, engoliu, e delicadamente pegou o cartão de mim. Mulher corajosa.

“Bem, primeiro você precisa confirmar sua presença para este endereço, mas uma vez que é apenas a quatro semanas de distância, você pode querer ligar. Então, é só comprar um presente e descer para a Filadélfia e diverti-se.”

“Mas que tipo de presente?”

“Depende de o quão bem você a conhece. Normalmente, material de cozinha ou dinheiro, ou”, um sorriso malicioso passou por seu rosto, “algo de renda e um pouco sensual para fazer a lua de mel especial. Isso é apenas se ela for uma boa amiga, no entanto”.

Isso iria funcionar.

“Obrigada”, eu disse com um sorriso. Ela realmente tinha sido bastante útil.

Fui imediatamente fazer compras para o presente certo. Havia uma boutique francesa bem vanguarda em Manhattan, que tinha simplesmente o que eu precisava, e eu fui capaz de comprar Emily sete conjuntos de lingerie inacreditavelmente risqué. Foi tão divertido que eu comprei dois conjuntos para mim apenas para dar sorte.

Toda vez que eu pensava na minha mão tocando a de Jasper, eu tremia toda. Eu tinha certeza de que o sentimento em meu rosto era o que deveria ter sido eu corando. Eu era uma mulher bem-sucedida, graduada da faculdade, e provavelmente de meia-idade pelos padrões humanos, mas a idéia de tocar o corpo de Jasper me fez doer em lugares muito inadequados. Senti-me tonta e auto-consciente, e eu ainda nem tinha conhecido o homem ainda!

Eu sabia do novo endereço de Emily na Filadélfia, mas eu não tinha idéia de seu número de telefone, então eu fiz a coisa mais fácil e liguei para a mãe de Emily. Ela ficou encantada em ter notícias minhas.

“Ela estava com tanto medo que você não pudesse vir. Eu apenas sei que ela ficará feliz que você está chegando”, ela emocionou-se ao telefone.

“Eu não perderia isso por nada”, disse eu. “Você poderia me dizer quais são as cores do casamento? Eu quero um vestido especial para a ocasião.”

“Ah, não vá com extragavagância, Alice, este vai ser um casamento muito pequeno e simples. Ele ainda é apenas um estagiário, e eles não têm tempo ou dinheiro para planejar algo grande, por isso vai ser muito simples.”

“Pequeno e simples?” Eu gritei.

“Ah, sim, é segundo casamento dela, você sabe.”

“Mas é o meu primeiro!” Como ela poderia ter um casamento pequeno?

“Com licença?”

“Desculpe, é que ela será a minha primeira amiga a se casar, e eu quero ter certeza que ela simplesmente não fez qualquer festinha.”

“Bem, essa é uma escolha de ambos. Eles só querem um casamento simples na igreja, sem frescuras. Eu sei que você gosta de fazer as coisas de uma maneira grande, mas sério, Alice, é isso que eles querem.”

Veremos sobre isso!

“Não se preocupe, não vou interferir”, muito. “Será que ela pelo menos tem uma cor?”

“Azul bebê. Ela terá tudo em azul bebê e branco. Vou vestir azul-marinho e a mãe dele vai usar um estampado floral azul. Será que isso ajuda?”

“Ah, sim, obrigada. Vou começar a fazer um vestido de imediato. Tem certeza de que não há nada que eu possa ajudar? Eu realmente gostaria de ajudar.”

“Bem… há não muito dinheiro para as flores, e eu lembro que você fez maravilhas com as festas na faculdade. Gostaria de estar no comando dos arranjos florais? Tenho certeza que ela adoraria. Só não faça muito que esconda a noiva e o noivo, Alice. Eles são toda a razão para o casamento, você sabe.”

Ela me conhecia tão bem.

Desci para “Philly” duas semanas antes do casamento com um carro cheio de roupas, dinheiro e quaisquer outros itens que eu pudesse precisar. Eu não estaria despreparada se encontrasse Jasper, embora um casamento fosse o cenário totalmente errado.

Ralphie, como Emily o chamava, tinha dois metros de altura e era um dos poucos homens que Emily já teve que olhar para cima, e tinha um rosto agradável e um espírito brilhante e feliz que trouxe a tona o melhor de Emily.

Eu não poderia ter estado mais feliz por ela.

Eu me diverti bastante decidindo sobre as flores. E uma casa.

A casa não era tecnicamente uma parte do casamento, então eu podia exagerar nela. Acabei dando Emily a lingerie em sua festa de noiva no dia em que cheguei em Philly, então eu tinha que decidir sobre um outro presente de casamento apropriado. Fiquei indecisa entre um par de carros combinando ou um veleiro bonito, mas nenhum dos dois estava certo, e então eu vi o lugar minúsculo que eles iriam morar.

O apartamento que Emily e Ralphie planejavam viver era no porão de um edifício alto e era tão pequeno que não havia quase nenhum espaço para se movimentar nele. Era de menos de quatrocentos metros quadrados, e o banheiro era compartilhado com outros inquilinos e ía por um longo corredor. O teto e as portadas eram tão baixos que ambos tinham de se abaixar para se locomover. Ele simplesmente não iria funcionar.

Levei quase oito dias para encontrar a casa perfeita, mas eu soube logo de cara. No segundo que entrei com o corretor de imóveis, uma visão enevoada e lamacenta me atingiu de Emily e Ralph e uma criança muito alta que estava correndo nua pela casa seguido por seus pais risonhos. Porque ela estava vazia, e eu estava pagando em dinheiro, fui capaz de comprar a casa um dia antes do casamento. Era o presente perfeito, o meu último para ela, mas ela merecia. Uma casa grande era uma necessidade, não um luxo. Além disso, seis quartos não eram grandes demais para pessoas tão enormes.

Foram duas semanas ocupadas, mas felizes.

O dia do casamento estava insuportavelmente ensolarado, por isso invadi a igreja antes do amanhecer e estava lá para receber as flores quando chegaram pela manhã. Eu tinha encomendado flores suficientes para encher a igreja até o teto, e me tomou muito tempo para ajeitá-las para que houvesse espaço suficiente para o ministro e Emily e Ralph. O padrinho e a dama de honra ficariam bem esmagados, mas eles não contavam. A igreja parecia um jardim de conto de fadas quando eu terminei.

Eu ouvi a família entrar e virei-me para cumprimentá-los. Emily simplesmente congelou quando viu a igreja, então ela gritou feliz e correu para me abraçar. Seus pais e os pais de Ralph apenas ficaram na parte de trás da igreja com suas bocas abertas.

“Alice, é… lindo… mas, onde vão ficar a noiva e o noivo?” pressionou a mãe de Emily.

“Não se preocupe, há muito espaço para eles aqui, e o ministro vem aqui”, eu disse apontando para uma pequena abertura na folhagem, “e os atendentes vão ficar lá.”

“Tem a certeza que há espaço suficiente?” perguntou o pai de Emily.

“Absolutamente! Emily, venha tentar”. Ela se aproximou e ficou de pé delineada pelas flores brancas, azuis, amarelas e roxas. O efeito foi encantador, e seus pais relaxaram imediatamente.

“Você é uma realizadora de milagres”, riu Emily.

Os pais de Ralph ainda estavam me olhando. Ah. Eles não tinham me conhecido ainda. Eles estavam vendo um vampiro em uma igreja abraçando uma noiva. É claro que eles não sabiam disso, mas o deixaram nervosos da mesma forma.

Emily, é claro, sabia sem entender que seus logo sogros precisavam de uma distração rápida, e ela os conduziu porta afora para ajudar com refrescos.

Eu teria que ficar longe daquela mesa. Emily e comida eram uma combinação terrível para mim.

Virei-me e fiz alguns ajustes rápidos e me perguntei o que fazer até o casamento em si. Então, ouvi o chamado frenético de Emily da parte de trás da igreja, “Alice! Você vai me ajudar ou não? Eu não posso fazer o véu e os meus cabelos ao mesmo tempo!

Eu sorri e fiz meu caminho para ajudá-la.

Ela estava usando um simples vestido de noiva que era bem bem justo na parte superior e tinha uma sgrande aia circular em baixo. Ambas as mangas e a saia estavam com 3 / 4 de comprimento e o vestido tinha um decote redondo encantador que era bordado com flores e pérolas. O padrão floral foi repetido na bainha. O véu era um simples transparente frisado ao longo de um chapéu raso.

O “estilo” simples do vestido ajustou-se bem contra os meus arranjos florais. Se tivesse sido mais decorativo, ela teria colidido com as minhas flores.

Eu senti um arrepio de prazer, notei o quão bem nós combinamos. Meu vestido era de um padrão azul pervinca bordado sobre uma seda azul bebê, com a saia rodada. Eu também usava um chapéu raso. Perfeito.

O casamento em si foi muito curto. Porque infernos havia tanto trabalho para algo que durou menos de uma hora?

Foi muito interessante e maravilhosamente doce, no entanto. Eu fiquei atenta em cada palavra dos votos enquanto eles os diziam, e fiquei maravilhada com o olhar de total alegria e amor que Emily e Ralph compartilhavam juntos. Muito cedo, o ministro os pronunciou marido e mulher, e Emily foi fortemente beijada e carregada pelo corredor ao lado do marido radiante. Curto, mas perfeito.

A recepção foi ainda mais fascinante. Eu não podia acreditar em todas as tradições estranhas, muito menos compreender a razão de todas elas. Eu assisti a noiva e o noivo darem as primeiras mordidas em um bolo minúsculo enquanto eu me escondia em uma sacada. Então, eu os vi beber champanhe de braços entrelaçados, e ri junto com todos os convidados enquanto alguns davam brindes muito bem-humorados. Recusei-me a ir para o corredor até que a comida acabasse.

Uma vez que a dança começou, eu refiz o meu caminho e abracei Emily e sua família e acenei para Ralph. Então era a hora para mais tradições estranhas.

Por algum motivo desconhecido e bastante rude, Emily teve que jogar o buquê que eu tinha tão cuidadosamente arranjado. Eu estava no meio de outras garotas “solteiras”, irada com a tradição estúpida. Emily me viu, sorriu maliciosamente, e arremessou o buquê diretamente em minha cabeça. Meus reflexos eram rápidos o suficiente para pegá-lo, mas não rápidos o suficiente para me livrar dele. Eu decidi que ele era uma boa lembrança do meu primeiro casamento. Além disso, ele era meu tecnicamente.

Em seguida veio a liga. Eu estava loucamente curiosa para saber de onde essa tradição estranha veio. O rosto de Emily ficou vermelho enquanto Ralph enfiou a mão acima da perna dela, e pegou um objeto incrivelmente cheio de laços. O irmão caçula de Emily pegou a liga, e depois ficou um tom ainda mais brilhante de vermelho do que Emily enquanto ele tentava entregá-lo a alguém. A multidão de homens irrompeu em gargalhadas enquanto ele corria ao redor tentando se livrar da coisa. Finalmente, ele e seu irmão começaram a brigar atirando-a até que eu peguei e escondi deles.

“Essa foi do nosso casamento. Três gerações usaram essa liga”, sussurrou o pai de Emily atrás de mim.

Virei-me para ele e lhe dei um olhar interrogativo. Ele apontou para a liga escondida na minha bolsa.

“Minha esposa usou o vestido francês de sua mãe e véu para seu casamento, e depois Emily usou para o primeiro casamento. Ela não podia usá-lo novamente, então nós fizemos parte do véu na liga você tem. A renda é feita a mão da França, e é muito antiga. Guarde-a. Ela iria querer que você guardasse. Pode ser o seu “algo velho” quando você encontrar Sr. Certo”. Ele sorriu para mim e se aproximou para pegar seus filhos esperneantes. Em seguida, os três saíram pela porta. Pelos sorrisos dos meninos, eu poderia dizer que o carro de Ralph estaria irreconhecível no momento em que terminassem.

Tão rapidamente como tudo começou, o casamento tinha acabado. Eu ajudei Emily a se trocar para a lua de mel, e ela me abraçou uma última vez. Em seguida, os noivos estavam correndo pelo meio de uma chuva de arroz para uma confusão de sabão, latas e papel higiênico que havia sido um carro velho. Em algum lugar do porta-malas, no meio de todos os presentes, estava a escritura e a chave para uma nova casa. Eu tentaria muito hoje à noite “vê-los” abrir os seus presentes. Eu só esperava que fosse a única coisa que eu visse.

Passei a noite limpando depois de mandar todo mundo para casa. Eu poderia fazer o trabalho muito mais fácil e rápido, sem eles ao redor. Os pais de Emily mereciam um descanso, e eu não tinha mais nada para fazer. Pelo menos ainda não.

O caminhão alugado chegou pontualmente às nove, e ele levou quase meia hora para carregar todos os itens. Eu poderia ter feito isso em alguns minutos.

Saí da igreja e arrumei minhas coisas no porta-malas do meu carro. Eu tinha pressionado algumas flores do buquê entre duas folhas de jornal e armazenei a delicada liga com as identidades de Jasper, apenas para dar sorte. Ao fechar o porta-malas, ouvi uma estranha série de sons provenientes da esquina.

O guincho dos freios de um ônibus, seguido por vozes masculinas. Os freios esconderam as vozes, mas soou como se alguém gritasse o nome “Marty”.

A sensação de frio percorreu meu corpo, seguido de um formigamento muito quente. Marty!

Corri até a esquina para ver se eu os tinha ouvido direito. Eu estava segurando a minha respiração enquanto rodeava prédio e vi o ônibus se afastando de um sinal de parada e por trás dele quatro homens levantando um cartaz sobre uma lanchonete. A faixa dizia: “Grande Re-abertura de Marty”. A lanchonete tinha audaciosas paredes amarelas e cortinas xadrez em cor vermelha.


Fonte:
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