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sexta-feira, 2 de abril de 2010

Diario da KRISTEN 37 HÁ 40

Por motivos que ainda não nós foi informado os capitulos do diario da KRISTEN não tava sendo divulgado...agora já que foram postados estou aqui atualizando pra vcs e peço desculpas por não ter postado antes pessaol..bjs da Kris

venho tb aqui a agradeser ao blog parceiro nosso o CREPUSCULO MANIA BR por ele ter feito até hj um trabalho maravilhoso e nós ajudado muito...
OBG Naty e Paula..VCS já sabem que são perfeita ao meus olhos. beijos amigas....KRIS



Capítulo 37




Eu acordei naquele dia pensando se Rob voltaria logo.

Mas ele não voltou. Nem naquele dia, nem na semana que se se seguiu.

Ele sempre me ligava a noite e eu tinha que me conter pra não implorar, ou exigir, dependendo do meu humor, que ele voltasse.

Mas eu nunca fora uma namorada chata e não seria agora.

Pra compensar o vazio, eu saia com Nikki. E as vezes até com Michael. Tudo pra não ficar sozinha pensando bobagens.

E eu até que estava gostando de ter uma amiga. Mas eu queria que Rob voltasse logo.

Nikki as vezes ficava insistindo que eu tinha que voltar com Michael. Nestas horas eu pensava em contar pra ela sobre mim e Rob, mas eu desistia. Eu não falava disto com ninguém. E nem queria. Era algo só meu.

Chegou o dia de irmos para Portland e eu viajei com a Nikki.

Rob disse que ia direto e eu não via a hora de encontrá-lo.

Como previa, o tempo em Portand estava fechado e chuvoso e fomos direto para o hotel.

Desta vez ficaríamos apenas poucos dias para gravar poucas cenas.

Nikki perguntou se eu queria sair, mas eu já não estava pensando racionalmente. Era como estar em abstinência de alguma droga pesada.

-Não estou afim. Vou dormir.

-Ah, por favor...

-é sério, Nikki, estou cansada e amanhã temos gravação cedo.

-Tudo bem. Então saímos amanhã

-Combinado

Ela foi embora e eu fiquei olhando a chuva cair pela janela do quarto de hotel.

Quando será que Rob chegaria?Eu olhei o relógio, ainda era fim de tarde.

Eu me deitei tentando realmente dormir e pensei que ali não tinha o gatinho pra me fazer companhia.

Mas devia estar realmente cansada e devo ter dormido porque acordei com o quarto na penumbra e alguém do meu lado.

Eu sabia que era ele, mesmo antes de meus olhos se ajustarem a luz. Os cabelos bagunçados e levemente molhados de chuva, sorrindo pra mim

Meu coração deu um salto no peito e eu não pensei antes de puxá-lo pra mim, enterrando meus dedos na sua blusa, enquanto beijos quentes enxiam minha boca. Por um momento sem fim, nós apenas nos beijamos, como se fizesse séculos e não apenas semanas que não nos víamos.

Eu não respirava, mas quem se importava? Seria doce morrer assim. Sentindo o peso do seu corpo sobre o meu, finalmente perto, ao alcance de minhas mãos.

Ele levantou a cabeça rindo

-e voltamos para onde tudo começou... – ele finalmente disse, os dedos acariciando meu rosto

-nós não começamos assim, Pattinson

-mas era exatamente assim que eu sempre quis ficar com você

-então fica – sussurrei e ele abaixou a cabeça, os lábios sobre os meus persuasivamente enlouquecedores e eu gemi, perdida e apartei os lábios para que nossas línguas se encontrassem, num beijo que falava do quanto eu sentira falta de estar com ele exatamente assim, nossas bocas grudadas, nossos corpos pressionados um no outro, sem restar qualquer espaço.

Eu passei a perna sobre seu quadril, como se precisasse impedir que ele se afastasse um centímetro que fosse.

Ele desceu a mão pela minha cintura, enquanto os lábios deslizavam por meu queixo, até minha garganta. Eu podia sentir a respiração quente em minha pele e suspirei, agarrando-me mais a ele.

-Rob? - indaguei sem ar, ao sentir as mãos dele deslizando para dentro da minha blusa

-Você realmente queria ficar comigo desde o dia que chegamos aqui?

Ele riu contra minha pele

-Eu quero ficar assim com você desde a primeira vez que eu te vi, Kristen – falou dentro do meu ouvido

E enquanto ele tirava minhas roupas eu me perguntei como é que eu podia ser tão idiota a ponto de ter dito não tantas vezes enquanto estávamos ali, naquela cidade chuvosa e fria.

Eu já sabia que ele ia ser o centro da minha existência?

Talvez, mas eu tinha medo



Medo exatamente disto. De precisar dele pra respirar. Como agora.

Mas eu já devia saber, desde aquela época, que me apaixonar por ele era inevitável.

Então, eu fechei os olhos e deslizei numa doce inconsciência, a barba por fazer dele arranhava minha pele, mas eu não me importava, eu queria que ele continuasse virando meu mundo do avesso até que não restasse um pensamento coerente em minha mente. O que não era difícil, minutos depois eu não sabia nem mais quem eu era, eu apenas sentia todos os meus poros gritar por ele. Puxei seus cabelos e beijei sua boca e deixei que ele deslizasse para dentro de mim, nossos corpos se completando e se entendendo sem necessidade de palavras. Era pra isto que tínhamos sido feitos, para nos completarmos. Inevitavelmente.

O ar saía rarefeito dos meus pulmões e eu sentia cada terminação nervosa vibrando com ele, nossas respirações se misturando até não restar nada a não ser sensações. E eu deixei de pensar.

-promete que você não vai se afastar de mim nunca mais - pedi meio embrigada de sono em algum momento daquela noite

Ainda pude ouvir a risada dele, antes de sentir seus lábios em meus cabelos

-eu não vou a lugar nenhum, Kristen.

E por enquanto, aquilo bastou.

Estávamos na nossa bolha e era só o que importava.



Continua...





Capitulo 38



Eu não estava nem um pouco afim de balada nenhuma com quem quer que fosse naquela noite.

Mas mesmo assim, eu me vi vestida e arrastada pela Nikki até o tal bar. Que nada mais era do que o bar que a gente sempre ia na época das gravações.

Péssimas lembranças... Ou ótimas, dependendo do ponto de vista

-Achei que fossemos pra outro lugar

-Aqui é mais legal... e desfaz esta cara – Nikki falou enquanto entrávamos.

E eu desfiz. Bastou ver o resto do pessoal sentado numa mesa no fundo do bar. E alguém de cabelos bagunçados no meio.

Uma pena mesmo eu não poder largar da mão da Nikki e correr pra ele como a mais idiota das apaixonadas. Uma pena realmente. Mas bastava saber que ele estaria ali, a passos de distancia. Já fazia meu mundo parecer perfeito.

Eu cumprimentei todo mundo até chegar nele.

-Oi, Rob – falei de limitando a dar um oi de longe.

Não seria sensato chegar mais perto. Nem um pouco sensato.

-Oi Kristen – ele ria.

Ria de mim, com certeza. Eu quase podia ouvir o “absurda” saindo de sua boca.

-Adoro este lugar – Nikki comentou efuzivamente e olhou pra Rob – hoje você não escapa, viu?

Ele riu, parecendo bastante distraído com sua bebida e seu cigarro.

-não escapa do que? - eu perguntei

-de tocar comigo. Há tempos que ele prometeu

-ah é? - eu o fitei – que coisa feia ser sem palavra Rob

Ele não respondeu, apenas riu, tomando mais um gole de sua bebida

A noite transcorreu como de costume. Bebida, cigarro, conversa fiada e música.

Claro que a Nikki arrastou Rob pro palco. Ela até que cantava razoavelmente bem.

Ele riu pra mim da onde estava e cutucou a Niki, que abaixou e eles cochicharam alguma coisa.

Nikki riu e olhou pra mim e fez um gesto com a mão me chamando.

Eu sacudi a cabeça negativamente.

-Vai lá Kristen – Kellan incentivou

-Eu não!

Eu não sei como, mas me vi sendo empurrada em direção ao palco.



Eu devia estar mais vermelha do que um pimentão, enquanto reclamava. Kellean me soltou e agarrou o braço de Niki e a puxou pra fora do palco. Eu não reparei se ela estava reclamando ou não. Eu estava ocupada em morrer de vergonha, enquanto um microfone era colocado em minha mãos.

Rob ria, claro, da minha timidez.

-Senhoras e senhores... Kristen Stewart – ele anunciou rindo eu o fuzilei fazendo um movimento com a boca

-eu te odeio

O que ele respondeu com um igualmente silencioso

-eu te amo

Pronto. Eu perdi o foco. Totalmente.

Ele começou a tocar aquela música.

A música que ele fez pra mim. Era estranho ouvi-la agora. No mesmo lugar.

Parecia outro tempo.

Ele me fitou com aquele sorriso enquanto tocava só que desta vez eu comecei a cantar

Porque agora era eu que queria dizer aquelas coisas pra ele.

Se alguém percebeu que estávamos derretendo nos olhos um do outro, como dizia a música? Eu não faço idéia.

E não me importava.

Naquele momento ele cantava comigo, os olhos presos em mim. E eu não queria e nem precisava de mais nada

E pareceu muito natural, quando a musica acabou. Eu apenas largar o microfone e sair do palco, sem olhar pra trás, direto pra rua.

Eu sabia que ele estava me seguindo e quando me alcançou, apenas me puxou e me beijou.

E depois me encarou sorrindo

-que sair daqui?

-quero – respondi ofegante

Ele segurou minha mão e me levou até o carro alugado.

-talvez devessemos avisar que estamos saindo – falei atordoada

Ele riu, enquanto dava partida

-vai explicar o que Kris?

-É mesmo; explicar o que? - concordei

Como é que eu podia explicar aquilo?

Obviamente todo mundo que estava no bar devia estar tirando suas próprias conclusões e isto me deixou um pouco preocupada.

Pelo menos só tinha gente do elenco e produção lá.

Mas eles saberiam; ou não?

Rob segurou minha mão

-quer voltar?

Ele sabia o que eu estava pensando. E me dava a chance de recuar

Mas eu sacudi a cabeça.

-Não.



Eu não queria mesmo voltar pra lá. Pra fugir que não estava totalmente irrevogavelmente apaixonada por ele. Eu preferia ficar com ele. So jeito que fosse.

Mesmo sabendo no que isto implicava e morrendo de medo das consequências.

-Kristen – ele me chamou e eu o fitei

-Eu avisei que ia te levar embora

-O que?

Ele sorriu dando de ombros

-Eu sei como se você se preocupada com este assunto – ele falou irônico – eu falei que apenas ia te levar pra hotel, que talvez voltaria

Eu franzi o cenho.

Ele se preocupara em arranjar uma desculpa?

-Porque não me disse antes?

-queria ver a sua reação.

Eu fiquei meio brava, mas não muito.

Era típico dele fazer este tipo de coisa.

E eu não queria brigar. Não quando estávamos realmente sozinhos.

Encostei a cabeça em seu ombro e ele passou o braço sobre mim

-Onde vamos?

Ele apenas riu e minutos depois eu reconheci o lugar que gravávamos as cenas da clareira

-velhos hábitos? - perguntei quanto o carro parou

-algo assim

Ele saiu e pegou algo no banco de trás

Eu ri, quando ele colocava o cobertor no chão

-você sabia o tempo inteiro que viríamos pra cá?

-para onde mais iriamos? – ele sentou e me puxou para que eu ficasse entre suas pernas

-eu podia não concordar com isto

Ele riu, os braços em volta de mim e a respiração quente no meu pescoço

-então eu teria que te sequestrar

Foi a minha vez de rir

-”como você é absurdo Rob” – eu falei imitando seu sotaque ingles e me desvencilhei dele, deitando – acha mesmo que por um segundo eu não concordaria em estar aqui com você?

Ele deu de ombros, deitando ao meu lado

-talvez por estarmos aqui me faz lembrar da época que você queria estar em qualquer lugar menos comigo.

Eu o fitei o céu escuro

-eu sempre quis estar com você. Mesmo quando dizia ao contrário. Até pra mim mesma

Ele não falou nada e ficamos em silêncio por algum tempo

-Você queria mesmo ler o roteiro quando me trouxe aqui daquela vez? - indaguei o fitando

Ele riu

-claro que sim



-ah tá! - eu rolei por cima dele – tem certeza que não tinha nenhum pensamento maldoso?

Ele riu mais ainda, as mãos percorrendo minhas costas e pousando no meu quadril

-porque na sua tinha?

-talvez...

-e todo aquele papo de “Rob, sou provinciana...”

-eu acho que era até conhecer você. Você me perverteu totalmente – brinquei e o beijei

Ele rolou por cima de mim e parou de me beijar, as mãos circundando meu rosto

-Naquele dia você me disse que tinha um namorado

Mas porque raios ele tinha que ficar lembrando disto justamente agora?

-O que isto tem a ver com nós estarmos nos beijando? - falei tentando manter a calma

-Eu estou lembrando que quando você disse isto, que namorava há dois anos, eu pensei que nunca tinha encontrado alguem com quem quisesse passar tanto tempo. Mas agora eu encontrei.

Meus dedos se fecharam em sua camisa, enquanto sentia meu coraçao dando um salto mortal no meu peito

-que provinciano, Rob – falei sorrindo e ele sorri também e voltou a me beijar.

Eu derreti, como sempre acontecia quando ele me beijava daquele jeito.

Os dedos dele abriram minha camisa

-Você teria deixado eu fazer isto, senhorita provinciana? - ele perguntou e eu ri, arrepiada, mas não de frio

-talvez... - respondi ofegante, me ocupando em fazer o mesmo com ele.

Em poucos minutos não restava nada entre nós. As mãos percorriam cada centimetro da minha pele, queimando por onde passavam e eu estremeci

-esta com frio - ele perguntou me fitando

-não... - murmurei, o abraçando e o trazendo ainda pra mais perto, para dentro de mim, até não restar nenhum espaço entre nós.

Ele me fitava enquanto nos movíamos no mesmo ritmo e eu tive vontade parar o tempo naquele momento, naquele olhar.

-eu amo você - sussurrei sentindo vontade de chorar enquanto tudo desaparecia ao meu redor.

Ele não precisou dizer o mesmo, enquanto me segurava forte, apenas me embalou feito uma criança e eu chorei.

Por que de algum lugar dentro de mim, surgia um medo terrivel de nosso tempo estava contado. Como algo tão intenso podia durar?



Rob não perguntou porque eu estava chorando.

E eu não fiz questão de dizer. Provavelmente ele me chamaria de absurda

Eu mesma me achava absurda naquele momento.

Depois de algum tempo, eu finalmente parei de chorar

-tudo bem? - perguntou e eu sorri

-muito bem...

Mas ele não riu

-eu falei sério quando disse que queria ficar com você.

-eu sei

-então porque não acredita?

-eu acredito.

E eu realmente acreditava.

Mas exista uma parte de mim, da qual eu não tinha o menor controle, que não acreditava.

-é só que...- eu queria explicar. Eu queria que ele entendesse.

Mas não conseguia falar.

Ele sorriu tristemente

-ok, Kris. Eu sei como sua cabeça funciona. Mas não se preocupe. Eu vou provar pra você.

Eu ri agora

-eu posso concordar com isto

ficamos ali por mais algum tempo, até que começou a fazer frio

-Acho melhor irmos embora – ele falou

Nós nos vestimos e voltamos para o carro.

Ele me deixou em frente ao hotel

-Onde vai? - perguntei

-Vou voltar para o bar. Buscar o Kellan

-Ok.

Eu não falei nada, apesar de querer que ele ficasse comigo

-Você volta?

-Claro.

-eu vou esperar acordada.

Mas era melhor mesmo ele ir. Assim ninguém ia ficar comentando. Apesar de já fazer horas que tínhamos desaparecido.



Eu prometi esperar, mas quando dei por mim, já era dia, e alguém batia na minha porta

Levantei tropega e a Nikki passou feito um furacão

-Ainda esta assim? E as gravações?

-que horas são? - indaguei confusa

-hora de sairmos

-Oh Deus! - Eu vou me arrumar

-Certo. Eu vou escolher uma roupa pra você! - falou animada

Eu nem falei nada. Apenas me perguntava se Rob tinha voltado e se tinha batido na minha porta e provavelmente eu não tinha escutado. Droga!

Quando olhei as roupas que a Niki tinha separado eu ri

-Nós seremos gêmeas hoje? - as roupas eram da mesma cor que as dela

Ela deu de ombros

-Nem percebi! Sabe quem ligou?

-Quem? - indaguei distraída enquanto me vestia

-O Michael

Eu revirei os olhos

-Perguntou de você... ele ainda gosta de você.

-nem vou comentar

Nikki riu



-Você ainda vão voltar. Posso ver

Eu ignorei o comentário

-Não estamos atrasadas? - indaguei impaciente abrindo a porta

-Sim, estamos. Melhor correr – ela pareceu esquecer o assunto Michael enquanto íamos até o carro que nos levaria até o local das gravações daquele dia

E pra minha surpresa Rob estava lá

Meu coração bateu mais rápido. Super normal.

-Bom dia – ele falou, usava óculos escuros e a toca preta.

-Oi Rob – Nikki cumprimentou animada – esta com cara de ressaca

Ele riu

-Você também.

-Que sem graça! Só a Kris esta com cara saudável hoje – ela segurava meu braço – fez bem em sair mais cedo. Não ficou de porre como todo mundo

Eu me perguntei se o Rob tinha mesmo voltado pro hotel. Depois deste comentário da Nikki eu duvidava muito.

-Então, deixa eu continuar a te contar – ela falou animada – o Michael...

Eu abri a boca para mandá-la parar com aquele assunto. Mas era tarde

-Ele ficou o tempo inteiro perguntando de você...

-Nikki...

Mas ela ria, totalmente alheia a tensão dentro do carro

-eu falei que ele quer voltar com você e você sabe disto! Ele comentou que na semana passada quando saíram...

Pronto. Ela tinha falado. Droga!

Eu olhei para o Rob e percebi que estava em mal lençóis



continua...





Capitulo 39

Eu queria que o chão se abrisse ao meus pés e me tragasse. Não. Eu queria que tragasse a Nikki e sua boca grande.

Apenas um olhar bastou para eu saber que Rob tinha entendido muito bem o que ela tinha dito. E ele não tinha gostado nada.

Nikki continuou seu monólogo sobre Michael, aparentemente alheia a tensão entre nós.

Eu queria abrir a porta e jogá-la pra fora do carro.

Mas como eu podia culpá-la? Ela não sabia de nada.

-Kris? - ela me chamou ao perceber que eu não prestava atenção no que dizia

-Eu não estou afim de falar do Michael, Nikki, se não se importa – falei seca e ela não insistiu.

Nós chegamos ao set e Rob não falou mais comigo.

Não que tivesse havido alguma chance. Teríamos gravações pesadas para acabar tudo ainda aquele dia, e eu não gravaria com ele.



No fim do dia eu voltei para o hotel e esperei. Perguntei como quem não quer nada para alguém da produção e fui informada que as gravações do Cullens ainda se estenderia pela madrugada.

Eu amarrei a cara. Meu vôo saia naquela noite.

E eu não poderia remarcar, já que na manha seguinte eu teria uma reunião do próximo filme que faria.

Minha conversa com Rob teria que esperar.

Eu liguei em seu celular e deixei um recado e quando cheguei em casa no começo da madrugada, ele ainda não tinha retornado

Eu dormi mal e a primeira coisa que fiz quando acordei foi olhar o celular.

E nada.

Eu me arrastei para fora da cama e me vesti

Não tinha a menor vontade de ir pra lugar nenhum. Mas eu tinha que trabalhar

A reunião durou o dia inteiro e quando finalmente me vi livre, dirigi até sua casa.

Eu abri a porta com a chave que ele me dera, mas Rob não estava ali.

Ele tinha chegado, porque a mala estava largada num canto.

Liguei no seu celular, mas nínguém atendeu

Eu liguei a tv e deitei no sofá

As horas foram passando e eu esperando

O tempo inteiro me perguntava porque diabos eu tinha escondido que ainda me encontrava com Michael.



E nada.

Eu acordei com um barulho de porta se abrindo.

E Rob apareceu.

Mas não estava sozinho.



Três coisas eu notei: primeiro, já era dia. Segundo. Ele ainda estava com a mesma roupa que eu tinha visto ontem. Terceiro. Quem estava com ele era moça morena.

-Kris?

Ele exclamou como se não esperasse me ver ali.

Eu levantei, ainda atordoada.

Talvez ainda estivesse sonhando.

Ou melhor, tendo um pesadelo com Rob chegando de manhã de deus sabe onde com uma desconhecida a tira colo.

Quando eu ficara o dia inteiro ligando pra ele.

Preocupada de que ele estivesse bravo comigo. Por causa do Michael.

A raiva começou a subir a minha cabeça lentamente.

-Oi – a moça falou sorrindo.

Eu não retribui o sorriso, muito menos o cumprimento

Ela olhava de mim pra Rob e este resolveu falar

-O que faz aqui? - ele indagou friamente

-é o que eu me pergunto agora – falei ironica.

Nós ficamos nos olhando com raiva.

A moça deu um passo a frente

-Olá, eu sou Camilla. Você é a Kristen – ela ainda sorria. Mais cautelosamente agora.

E também não estendeu a mão. Talvez ela tivesse medo que eu mordesse.

-Bem, acho que estou sobrando aqui – ela desistiu de tentar se amigável – a gente se vê Rob

Antes que eu falasse que ela podia ficar, porque quem estava saindo era eu, ela desapareceu fechando a porta atrás de si.

-Onde estava? - indaguei até bem calma, se contar a raiva que borbulhava dentro de mim.

-bebendo com uns amigos

-Oh... então esta... Camilla, é sua amiga?

-é... ela é um rolo do Tom

-sério? E cadê o Tom?

-Não faço idéia

-O Tom é um cara bem legal por compartilhar a ... Camilla, com você

Ele riu

-Você não sabe de nada Kristen.

-A não? Tem alguma coisa pra saber?

-Não seja absurda

-Absurdo é você sumir, e aparecer de manhã com esta daí!

-Porque não vai chorar suas mágoas com seu ex então?

-Ah, então é isto? Chegamos ao ponto? Você esta com raiva porque eu ainda saio com o Michael?

-Eu estou com raiva porque você escondeu isto de mim

-Eu não preciso dar satisfação de todos os meus passos pra você!

-Eu acho estranho você ainda sair com ele.



-ele é meu amigo. Somos amigos praticamente a vida inteira!

-Ele era seu namorado!

-mas não é mais!

-se não tem nada ve, então porque escondeu?

-Não era importante. Não era nada! E eu nem sei porque você esta fazendo um escândalo depois de aparecer de manhã vindo de sabe deus onde com uma mulher!

-ele é minha amiga

-e o que ela veio fazer aqui, afinal? Ela não tem casa?

-veio buscar umas coisas

-coisas? O que as coisas dela estariam fazendo aqui?

-coisas que ela me emprestou quando me ajudou a me mudar pra cá.

Eu senti o chão sumir aos meus pés

Como assim aquela tal Camilla que até poucos minutos nem existia tinha ajudado Rob a fazer sua mudança?

-as namoradas dos seus amigos são muito legais com você mesmo – falei ironica

Eu tinha que ser irônica

Senão eu desmoronaria.

Ele passou a mão pelos cabelos. Parecia cansado. Parecia... conformado.

-Kristen, acho melhor ir embora

Eu me sentia atingida fisicamente.

Porque podia esperar por tudo. Menos que ele me mandasse embora

Por uma fração de segundos eu me vi tentada a pedir desculpas

A implorar.

Mas em vez disto eu respirei fundo e engoli todas as palavras humilhantes que vinham a minha garganta

-Eu espero que você saiba o que esta pedindo

Ele não falou nada por um momento e então ele me fitou

e antes que ele dissesse qualquer coisa eu já sabia

-acho que isto não vai dar certo, Kristen. Acho melhor darmos um tempo.

Eu apenas sacudi a cabeça afirmativamente.

Eu queria agredi-lo. Feri-lo.

Mas eu não fiz nada disto. Eu apenas peguei minha bolsa e passei por ele, batendo a porta atrás de mim

Eu não sabia dizer como cheguei até minha casa

Eu apenas, tranquei a porta e me encostei nela. tremendo.

O celular tocou dentro da bolsa.

Eu peguei e como previra, era ele.

Que imbecil ainda me ligar.

o gato miou nos meus pés.

Eu peguei o celular e o gato e joguei pela janela.





Dezembro de 2008 - natal



Mais uma natal

Eu nunca fora muito fã deste tipo de festa. Nós não eramos católicos.

Como todos em Los Angeles

Então porque diabos tinham que comemorar?



Estava com Michael na escada nos fundos da minha casa fumando.

Mais um hábito nada ortodoxo que tinha adquirido ultimamente.

Depois do inferno que se tornou minha existência.

Não que as coisas não estivessem relativamente calmas no momento.

Eu acreditava mesmo que o pior já tinha passado. Mesmo porque, ir mais fundo no poço era impossível.

Mas eu tinha prometido viver um dia de cada vez. No caminho do esquecimento.

Não era fácil. Como poderia ser fácil? Mas eu acreditava que mais 3 meses, com 2 trabalhos novos no caminho, iriam me fazer bem.

Até março eu estaria inteira de novo.

E desta vez, eu não seria tão idiota.



-Kristen! - ouvi a voz do meu pai me chamando e soltei um palavrão

Michael riu

-O que é? - gritei

-telefone

-diz que eu não estou

-é o seu celular que esta tocando

-joga na parede

-jogue você

-Que saco! - resmunguei levantando e apagando o cigarro

Entrei batendo a porta

-cadê o espirito natalino? - falei irônica, vendo meu pai tentar temperar um peru, enquanto meus irmãos se entretinham em uma espécie de luta livre na sala e minha mãe estava no computador trabalhando

-deixa pra lá

-ele esta tocando há horas - meu pai reclamou

-era só desligar – resmunguei indo em direção ao meu quarto

Deveria ser a Niki. Ela ligara o dia inteiro.

Estava passando o natal com seus pais no sul da califórnia, mas iria vir pra minha casa no dia seguinte.

Seria bom ouvir a voz de uma amiga.

Peguei o telefone e atendi.

Não era a Nikki

Eu definitivamente nao estava preparada para ouvir aquela voz de sotaque britãnico inconfundível

-Oi Kristen

***



*voltando para agosto*



Quanto tempo eu passei trancada no quarto, sem atender os chamados da minha mãe e depois do meu pai, eu não sei dizer.

Até que eu ouvi uma voz diferente

-Kris, sou eu, Michael, abre a porta

Eu enxuguei meu rosto e levantei, destrancando a porta

Ele me encarou ressabiado

-Seu pai falou que se você não abrisse, ia arrombar

-que se dane – resmunguei, voltando pra cama.

Michael fechou a porta atrás de si

Ele sentou ao meu lado e não falou nada.

Por um longo tempo.

Era disso que eu gostava nele, ele sabia quando eu não queria falar e entendia.

Até que eu me acalmei e respirei fundo

-Meu pai te chamou aqui?

-Chamou. Ele achava que eu poderia ter algo a ver com isto. - ele riu – como se isto fosse possível

Eu tive que rir também

Eu e Michael nunca brigávamos. Eu nunca ficara mal por ele.

Como foi que eu me transformara naquela idiota?

-me desculpa por isto – falei respirando fundo

-Amigos são pra estas coisas não é?

-Você não precisava estar aqui.

Ele ficou sério

-quem fez isto com você Kris?

Eu fiz uma careta

-Eu sou uma tola não é?

-Estas coisas acontecem

-Não comigo. Ou eu achava que não aconteciam comigo. Eu to pior que um personagem de romance barato

Ele riu

-Você sabe que pode falar se quiser. Mas se não quiser...

Não. Eu não queria.

Só de pensar já doía.

Eu sacudi a cabeça

-Um dia talvez eu te conte.

-Quer que eu vá embora?

-Não. Fica

Eu já estava no inferno por causa dele mesmo.

Agora era tarde.

Nós ficamos ali por um tempo, conversando sobre bobagens.

Até que meu pai bateu na porta

-Acho melhor você dar sinal de vida, Kris – Michael alertou e eu ri

-Você tem razão

-entra

meu pai entrou com cara de poucos amigos

-Você não vai jantar?

Eu olhei a janela. Sim, já era noite e eu nem tinha percebido.

Eu não estava com a menor fome. Mas era melhor eu me socializar rapidinho. Antes que começassem as perguntas.

-Vou sim. Você fica, Michael?

-Claro

Eu levantei e fui pra sala, com Michael ao meu lado

E quase caí de costas quando o vi.

Rob, estava na sala da minha casa.



Eu sinceramente achei que estava sonhando.

Como ele ousava aparecer ali. Como se nada tivesse acontecido?

Conversando calmamente com a minha mãe e meus irmãos?

Era o cúmulo da cara de pau

Ele me fitou muito sério.

-Até que enfim saiu do quarto – minha mãe comentou

Eu a fuzilei com o olhar, que ela não comentasse que eu passara o dia chorando. Seria o fim.

-O que esta fazendo aqui? - perguntei friamente

Ok, seria melhor que eu tivesse agido casualmente.

Mas eu estava além daquele tipo de coisa hoje. Que a discrição fosse pro inferno.

-Precisamos conversar – ele disse

Certo. Era como se todo o movimento a nossa volta tivesse parado e todos assistissem entre curiosos e surpresos nosso estranho diálogo

-Acho que já dissemos tudo não?

-Agora eu to entendendo... - eu pude ouvir meu pai resmungar...

-entendendo o que? - minha mãe indagou baixinho ao seu lado

-Não, não dissemos tudo – Rob falou

-Pois eu discordo. Agora pode ir embora.

-Eu não vou até você falar comigo

-é muita cara de pau aparecer aqui – falei entredentes – eu não tenho nada pra falar com você – minha voz já estava aumentando

-não seja absurda! - a dele também

-escuta aqui rapazinho, se a Kristen pediu pra você ir embora, é melhor ir. - meu pai pediu

-Kristen, por favor – Rob agora implorou e ok, teve uma parte minha que queria desesperadamente ouvir o pedido em sua voz.

Mas ele não merecia

-Rob, por favor, vai embora – pedi, agora com a voz mais fraca.

Sentia o nó se formando na minha garganta

Michael deve ter percebido, pois deu um passo a frente

-Acho melhor você ir embora mesmo, Pattinson

Então Rob o encarou com raiva

-Você, cala a boca!

-Rob, pára com isto – eu pedi

-Pára com isto? Eu chego aqui e encontro você com este cara e você ainda vem me dizer que não tem nada a ver

-Hei, cara não fala assim com a Kr... - Michael não conseguiu terminar

Pois Rob avançou pra cima dele, com um soco

Foi tudo muito rápido.

Num minuto Michael estava no meu lado, no outro estava no chão e Rob partia pra cima dele de novo



Meus irmãos ficaram parados por um momento, estupefatos, mas então minha mãe soltou um grito e eles reagiram, tirando Rob de cima de Michael

-Agora já chega – Meu pai falou alto – Kristen, é melhor resolver logo isto

-Eu?

-é, você, sim senhora! - ele virou-se para o Michael – Michael, é melhor você ir embora, antes que apanhe mais. Acho que todos já percebemos que a Kristen tem assuntos pra resolver com o ingles boxeador aqui.

Michael saiu sem falar nada e eu me sentia culpada por ele.

Mas que confusão que eu tinha criado.

-Kristen, será que você pode explicar esta história? - minha mãe pediu confusa, mas meu pai segurou seu braço

-Depois ela vai explicar. E muito bem explicado. Agora é melhor ela resolver seus problemas primeiro

Eu respirei fundo. Eu olhava pra todos os lados menos pra Rob.

Mas meu pai tinha razão. Era melhor resolver aquela história logo

Eu encarei Rob o mais friamente possível.

-Ok. Vamos conversar la fora.

Eu virei e fui para as escadas do fundo da minha casa

nem olhei pra trás para saber se ele estava me acompanhando. Mas é claro que ele estava.

Eu sentia sua presença queimando atrás de mim.

Eu olhei a noite escura.

Por um momento nenhum dos dois falou nada.

Como é que tínhamos chegado naquilo?

Há dois dias estávamos em Oregon. E eu era feliz.

E agora tudo tinha virado do avesso.

-O que veio fazer aqui Rob? - perguntei por fim.

-eu vim te pedir desculpas

Eu fechei os olhos com força

-desculpar pelo o que?

-por ter pedido pra você ir embora

Eu me virei o fitando

-Acha que resolve tudo?

-Eu sei que não. Mas no momento que eu vi você saindo. Eu já tinha me arrependido

-Então porque pediu pra eu sair?

-Porque eu achei que era o melhor a fazer

Eu soltei uma risada nervosa

-melhor pra quem? Pra você e sua amiguinha?

-Kris, a Camilla é minha amiga.

-Porque eu sinto que não é só isto Rob? - confessei o que se passava pela minha cabeça o dia inteiro

-Por que você é absurda



Eu soltei um soluço nervoso e me virei, sentando na escada e escondendo o rosto entre as pernas

Respira. Respira. Respira

Ele sentou ao meu lado, mas não me tocou.

Mas que queria que tocasse. Desesperadamente.

Realmente eu era a pessoa mais absurda do mundo

-Kris, a Camilla não é nada.

Eu levantei a cabeça e o fitei

-Onde estava? Porque sumiu com ela? Dói pensar que você faz sempre estas coisas... eu nunca sei o que esperar de você...

-eu precisava pensar.

-Num bar – falei irônica, fitando o nada

Ele riu

-Qualquer lugar que fosse longe de você

Eu o encarei e ele estava sério

-pensar em você com este cara...com o cara que passou dois anos com você. As vezes eu penso... que você ainda deveria estar com ele. Que estaria melhor com ele.

-Você realmente pensa isto? - indaguei num fio de voz

-Eu sou um cara complicado, Kris. Eu não sou bom pra você. Todo dia eu acordo, e penso que você vai descobrir isto e vai voltar pra sua vida de antes.

Agora sim eu comecei a chorar, por mais idiota que fosse parecer

Eu chorava por causa dele.

-Mas eu amo você. Não importa que você seja um mendigo ou qualquer outra coisa, nunca mais fale que não é bom pra mim... - eu não consegui terminar, pois minhas palavras foram engolidas por sua boca.

Eu solucei, me agarrando a ele como um naufrago, enquanto ele me beijava

Ele encostou a testa na minha e eu voltei a respirar

-Nunca mais faça isto – pedi e ele riu

-não vai se livrar tão fácil de mim Kris

-promete?

-prometo...



*natal*

...

Porque aquelas coisas aconteciam comigo?

Porque quando eu achava que já estava me curando, algo acontecia pra me jogar de volta ao limbo de novo?

Eu fechei os olhos. Aquela dorzinha interna que me acompanhava há tempos e que eu achava que tinha sumido, voltando a me incomodar

-Kris?

Eu respirei fundo.

-o que você quer? - eu pretendia ser fria.

Como vinha sendo ultimamente. Friamente cordial.

Mas quem disse que eu consegui?

A minha voz não passava de um sussurro medroso.

-eu queria ouvir sua voz.

Eu fechei os olhos e sentei na cama, para não cair

-Rob... por que faz isto comigo?

-porque eu amo você

-Seria bom se eu ainda acreditasse

-você acredita. Por isto estamos tendo esta conversa.

Eu não falei nada. Porque eu sabia que era verdade.

-Eu queria estar aí com você

-Da ultima vez que esteve aqui você fez promessas que não cumpriu

-mas eu ainda posso cumprir Kristen.

Eu não podia cair naquela conversa

-Rob... eu preciso desligar

-Apenas escute uma coisa antes.

Eu respirei fundo

-fale

-eu tenho um presente pra você

Eu tive que rir

-ele esta aí no seu quarto

-esta brincando?

-Não. Procure em baixo da sua cama. Tchau Kris.

E ele desligou

Eu não ia procurar. Ele devia estra brincando comigo

Mas eu olhei. Entre curiosa e ansiosa

E havia uma caixa ali

Eu a peguei e abri

e aquilo mudou tudo.



continua...







Diário da Kristen - Capítulo 40

Ficamos ali, nos beijando, até meu pai aparecer não antes de fazer um pigarro nada discreto e eu soltei o Rob.

-Kristen, já é tarde... acho melhor mandar seu namorado embora

Eu entendi a deixa e rimos quando ele se afastou

-seu namorado é?

Eu dei de ombros

-você conquistou este direito no tapa, então...

-me desculpa por aquilo

-eu até desculpo, mas o Michael...

-Kris, sobre isto...

Mas antes que ele continuasse algo peludo passou por minhas pernas.

O gatinho miou e eu ri o pegando no colo

-Oh... você ainda esta vivo – eu o abracei forte

-Nem vou perguntar porque ele não estaria

-bem...eu... joguei ele pela janela... mas os gatos caem de pé não é?

-gatos morrem Kris

-não o meu. E... houve outro acidente com meu celular

Desta vez ele gargalhou.

-o que eu vou fazer com você?

Eu ia dizer muitas coisas que eu gostaria que ele fizesse comigo, mas meu pai bateu na porta de novo.

-Ai que saco! - reclamei e levantei. Rob fez o mesmo.

Meus irmãos tinham desaparecido e eu podia ouvir o barulho das teclas do computador da minha mãe.

Meu pai ainda estava ali

-Senhor, me desculpe pela briga – Rob se desculpou

-Tem que pedir desculpas pro Michael. Ele deve estar com o olho roxo

-eu pedirei

-Boa noite, pai – eu falei encerrando aquela conversa e puxando Rob pela mão

-posso saber aonde vão?

-Oras, pai, pro meu quarto e antes que faça cara feia, o Rob vai dormir aqui sim. Ou se preferir eu posso dormir fora também

Meu pai deu de ombros

-faça como quiser

Eu entrei rindo com Rob atrás de mim.

-você é uma menininha desobediente Kristen

-você não me conhece. E nem meu pai. As coisas são bastante fáceis por aqui... não se preocupe.

E realmente eram. Meus pais era super modernos e na deles. O Michael mesmo já passara várias noites ali.

Mas eu não ia comentar isto com Rob. Eu nem queria pensar em Michael naquele momento.

O gato pulou do meu colo e foi se esconder em algum canto e eu encarei Rob, encostado na porta fechada com aquele sorriso deslumbrante no rosto.

Meu coração se acelerou.

-vem aqui Kris

Dei um passo a frente e ele me puxou pela camiseta e eu me enrosquei nele, sentindo seus lábios roçando a pele atrás de minha orelha e suas mãos deslizando pela minha pele.

-Rob?

-Hum?

-eu estou feliz que esteja aqui...

Ele riu suavemente contra minha pele

-Kris?

-Hum

-Posso te levar pra cama?

Eu ri

-sempre...

Então ele me beijou. Daquele jeito que roubava meu raciocínio e me fazia esquecer tudo.

Estávamos de novo dentro da nossa bolha e nada mais importava.

Nem que eu tinha passado o dia chorando naquela mesma cama que ele me colocava agora.

E então ele parou

Eu o fitei confusa

-Parou por quê?

Ele riu

-Por que estamos na casa do seu pai e sinto que ele não vai muito com a minha cara

-você esta de brincadeira não é?

-não, Kristen, não estou.

-Mas eu falei pra você que meu pai não se importa.

-eu duvido muito

-você acha que ele pensava o que quando o Michael dormia aqui? Que a gente ficava jogando baralho?

Ele tirou as mãos de mim, a menção do meu ex

Merda. Porque eu tinha que ter a boca tão grande?

-Me desculpa. Eu não devia ter falado isto. Mas é a verdade. Sinceramente isto não vai dar certo se você ficar com esta cara toda vez que o Michael for citado, eu encher a cara dele de soco. Ele faz parte do meu passado, isto não dá pra apagar. Do mesmo jeito que você deve ter zilhões de namoradas no seu passado

Para minha surpresa,ele me abraçou, rindo

-Tudo bem, Kris, não vamos começar outra discussão.

Mas eu o fitei

-Não quer falar das suas ex? É isto? - eu provoquei

-claro que não

-Sabe que vai ter que me contar não é?

Ele riu

-Vai dormir, Kristen

-Não, agora eu quero saber de suas namoradas! Vamos.. fala... - eu ria fazendo cócegas na sua barriga.

-eu conto amanhã.

-é sério?

-eu não minto Kristen

-eu vou cobrar, você sabe

-é claro que eu sei.

Eu me aconcheguei a ele

-Rob?

-Hum

-Você vai estar aqui quando eu acordar não é? - indaguei sonolenta

Ele beijou meus cabelos

-até quando você quiser

Se eu soubesse que exatamente naquele dia, tudo mudaria drasticamente, eu teria perdido meu tempo provocando Rob quanto a suas namoradas antigas?

Eu nunca saberia.

Mas eu acordei, com o sol batendo no meu rosto e ele sorrindo pra mim.

O que poderia dar errado? Nada.

Eu apenas deixei que ele me abraçasse e depois de muita preguiça, finalmente levantamos e nos reunimos a minha família barulhenta na cozinha

Meu pai ainda resmungava algo sobre falta de respeito e eu fingia que não ouvia.

Meus irmãos olharam torto pra Rob, mas eles sabiam que eu iria ficar muito bravo se falassem alguma coisa. Então se limitaram a nos ignorar

Como se precisasse.

Estávamos totalmente alheios ao movimento a nossa volta.

Nossos joelhos se tocando em baixo da mesa

Seu olhar por cima da xícara de café, me fazia rir feito uma idiota.

-eu acho que eu vou vomitar – um dos meus irmãos resmungou antes de sair da mesa.

Mas eu nem liguei.

O mundo podia cair a minha volta, que eu não estava nem aí.

Então o telefone tocou e meu pai jogou pra mim, depois de atender

-é pra você. De algum estúdio

Eu peguei, irritada

Era da produção do meu próximo filme, dizendo que eu teria uma reunião

Eu desliguei e encarei Rob

-Eu tenho que sair

-Eu levo você

-Ok, vou me arrumar rapidinho

Enquanto íamos em direção ao estúdio, eu abracei os joelhos e fiquei olhando pra ele dirigindo. Imaginando até onde o carro nos levaria sem quebrar.

-Eu tenho novidades. Vou pra New Orleans em outubro.

-Eu vou com você

Eu nem refutei. Não estava nem aí.

Eu queria mesmo que ele fosse comigo.

Não tinha como ser de outro jeito.

Ele me deixou em frente ao estúdio e eu o beijei

-Eu apareço a sua casa a noite, ok? Não pensa que eu esqueci da sua promessa

Ele riu

-Não esqueci não... mas eu tenho outras coisas pra te dizer

-Ah é? Que coisas

-Vai trabalhar, Kristen

Eu saí do carro, curiosa com o que ele tinha pra me dizer.



Se eu soubesse que esta hora nunca chegaria...

Na verdade foi uma reunião sem muitos problemas.

Eu sai da sala quase correndo e olhei o relógio

Ainda dava tempo de passar em casa, antes de ir pro Rob

E cheguei em casa e o telefone estava tocando. Ri, pensando que podia ser ele

Mas não era

-Oi Kris! Que saudade! - falou Nikki

-Oi Nikki – falei sem muito entusiasmo

-Que voz é esta? Vamos sair hoje a noite?

-Eu não posso

-Por que não?

-Tenho outro compromisso... de trabalho – inventei

As vezes eu me sentia culpada de mentir pra Nikki.

E pensando bem, agora que minha família já sabia de mim e Rob, talvez eu devesse contar pra ela também. Mas não hoje

-Olha, Nikki, hoje eu estou ocupada, mas a gente pode sair pra conversar um dia destes...

-eu posso ir aí agora

-Melhor não. Fica pra outro dia

-Tudo bem então. Divirta-se!

Ela desligou e eu já ia pro meu quarto, quando o telefone tocou de novo

-Alô?

-Eu preciso falar com a Kristen Stewart

-Ela mesma

-Aqui é da Summit. Você tem uma reunião agora a tarde

-Hoje?

-Sim. É uma reunião de ultima hora. Mas é importante.

Eu olhei o relógio. Droga.

-Ok. Estou indo para aí

Eu desliguei e soltei um palavrão.

Tomara mesmo que fosse muito importante.

Eu não podia ter idéia do que é que eles queriam comigo.

Tínhamos algumas coisas de marketing, como fotos para revistas que sairiam no final do ano marcadas, mas era só por enquanto.

Esperava mesmo que não fosse nenhum problema.

Eu não queria problemas. Queria ficar na minha bolha com Rob. E só.

Eu entrei no elevador e tinha algumas pessoas ali. Elas me cumprimentaram, apesar de não me conhecerem.

Antes da porta se fechar, alguém correu e entrou e eu arregalei os olhos ao ver Rob

Ele me fitou igualmente surpreso

Eu queria perguntar o que ele estava fazendo ali e depois talvez pular em cima dele. Não necessariamente nesta ordem. Mas o elevador estava cheio

Ele sorriu pra mim, com um olhar interrogativo e eu dei de ombros.

Nós descermos no andar da diretoria da Summit.

Eu só estivera ali antes pra assinar meu contrato pro filme

Uma secretária elegante nos recebeu e nos levou pelo corredor

-O que esta rolando? - Rob cochichou

-Eu não faço idéia...

Nós entramos na grande sala e tinha alguns homens ali, que eu reconheci como executivos da Summit e Catherine.

Eles nos cumprimentaram seriamente e eu me perguntei porque sentia como se eu e Rob fossemos alunos indisciplinados de alguma escola, levados a sala da diretoria.

-Muito bem – um deles começou – vocês já devem imaginar por que estão aqui

Eu olhei pra Rob e a gente deu de ombro. Com certeza, ele achava aquilo tudo tão bizarro quanto eu.

-Na verdade acho que não

Eu fitei Catherine em busca de algum indício, mas ela estava muito séria.

E eu comecei a achar que nós realmente estávamos com problemas

O que seria que tinha acontecido com o filme?

Outro deles nos encarou

-Vocês estão aqui porque precisam terminar agora com o que anda acontecendo entre vocês.

Eu podia esperar tudo.

Menos aquilo

Eu fitei Rob, que parecia tão confuso quanto eu

Aquilo parecia fazer parte de algum sonho bizarro

-Eu... acho que não entendi – falei

-é muito simples, Kristen; Isto já esta indo longe demais, e não devia nem ter começado.

-Do que vocês estão falando? - indaguei exasperada. Mas é claro que eu já imaginava.

Eu só não podia crer que aquilo estava acontecendo.

-Eu acho que eles estão falando de nós, amor – Rob falou do meu lado

Eu o fitei, irritada e orgulhosa ao mesmo tempo.

Sim, eu era o seu amor. E ele era o meu

Claro que eu sabia o que aqueles velhos nojentos estavam insinuando

Mas eles não sabiam com quem estavam mexendo

-Rob, Kris... apenas escutem o que eles tem a dizer – Catherine pediu, antevendo a confusão

-Você esta no meio disto? - indaguei

Sim. Claro que ela estava. Era o filme dela. Que vinha do dinheiro deles

Um bando de urubus!

-É pra isto que armaram este circo? - perguntei mal contendo a fúria

-Kristen, estamos falando coisas sérias aqui... - Catherine começou

-Eu também estou falando sério!

-Abaixe o tom, mocinha – o presidente da Summit falou – vocês assinaram um contrato

-No contrato que eu assinei não tinha nada que me proibisse de ficar com quem quer que fosse! Isto é coisa mais absurda que eu ouvi na minha vida!

-Você é muito jovem pra entender como as coisas funcionam. Mas a indústria é assim. Nada é de verdade, Kristen

-Nos somos de verdade

-Eu sinto muito. Mas isto terá que acabar.

-Vocês não sabem de nada da nossa vida!

-Sabemos mais do que imaginam. Pensaram que este casinho de vocês ia ficar em segredo? Em Hollywood? Nós sabemos e já tem outras pessoas especulando também. E se isto chega a imprensa. Será uma bomba. Não é isto que queremos para o filme

-Eu não estou ouvindo isto...

-Pois é bom escutar. Temos dinheiro investido nisto

-Ah, claro... muito dinheiro! Faça-me o favor!

-Chega de ironias! Estamos falando sério. Esta história de vocês esta a um passo de virar o maior escândalo do ano. E nós queremos que o filme seja o filme do ano e não que tudo vire uma confusão nos tablóides!

-Acha mesmo que eu tenho cara de quem gosta de fofoca de tablóide?Eu sempre levei a minha vida o mais discretamente possível

-Sim, até trair seu namorado durante as gravações com seu colega de elenco e não fazer nenhum segredo disto

Eu levantei enfurecida e teria batido naquele idiota, se Rob não me segurasse

-Não vale a pena Kris – ele estava sério e dava pra perceber que também estava se contendo – ele fitou os executivos – vocês não tem nada a ver com as nossas vidas. Somos apenas contratados para o filme. O que fazemos depois disto não tem nada a ver com vocês

-Mas não haverá mais filme se continuarem com isto. Vocês sabem muito bem do que estou falando. Catherine te avisou, Robert. Deveria ter ficado longe dela

Eu encarei Rob

-Avisou do que?

-Kristen, por favor. Seja razoável. Você sempre foi profissional. Estamos aqui hoje por Twilight. E tem muita coisa envolvida. Não só vocês ou o que sentem. - Catherine falou

Eu respirei fundo. Claro que ela tinha razão.

Não era por isto que eu tinha tentando deixar tudo apenas entre nós. Em segredo?

Tudo o que eu mais temia estava acontecendo.

Nossa bolha estava sendo destruída.

Eu tinha vontade de gritar de frustração

-Kris, escute – Catherine falou mais calma – isto não é pra sempre. Não estamos dizendo que precisam se separarem pra sempre. Apenas até passar toda esta confusão.

-Eu estou decepcionada com você Catherine – falei e sai da sala sem olhar pra trás

Eu entrei na primeira porta que achei.

Era um lavabo enorme

Tremia tanto que tive que me segurar pra não cair. Respirei fundo várias vezes para me controlar.

Aquilo não podia estar acontecendo. Não podia.

Não sei quanto tempo demorou para eu ouvir passos atrás de mim e abri os olhos

o reflexo de Rob apareceu através do espelho

-O que esta acontecendo lá? - indaguei num fio de voz.

-eu disse algumas coisas que eles precisavam ouvir

Eu sorri tristemente

-eu queria estar lá pra ouvir

Ele apenas ficou em silencio.

Era um silêncio grave. Cheio de significados

Era um silencio dolorido. Ele não estava sorrindo.

-Não podemos fazer isto – falei desesperada.

Porque eu sabia que não havia outra maneira

-Não precisamos se você quiser – ele falou

Porque ele não me tocava? Eu precisava desesperadamente que ele me tocasse.

Pra perceber que tudo não tinha sido apenas um sonho bom.

Mas ele estava a mil milhas de distância agora.

-Eles estão falando sério não estão?

-Estão sim.

-Eu sei que não existe um contrato pra isto, eles não podem nos obrigar, mas...

-Eu sei.

Sim, não precisava eu dizer que aquilo realmente podia ferrar com o filme. Filmes já fora detonados por muito menos.

-Nós batalhamos tanto por este filme

-Eu batalhei por você também.

-e o filme?

-quem liga?

Eu ri.

Oh Deus. E a carreira dele? Estava mais em jogo do que a minha. Eu não precisava de nada daquilo. Podia voltar quando eu quisesse para meus filme indies.

Mas eu sabia que era importante para Rob.

E eu sabia que ele faria o que eu pedisse.

-O que vamos fazer? - indaguei perdida

Ele deu de ombros

-podemos fugir e entrar pro circo

Eu ri, com um soluço.

E eu virei e me joguei em seus braços. Ele me apertou com força.

Ficamos assim em silêncio

Eu podia jogar tudo pro alto ainda não podia?

E tudo daria errado? Ou não?

Mas não tínhamos como saber. E eu queria aquilo? Queria nossa bolha perfurada por jornais nojentos?

Não, eu não queria.

Mas havia um preço alto pra isto.

Alguém bateu na porta, era a tal secretária

-Perguntaram se esta tudo bem – ela falou constrangida

Eu me afastei e respirei fundo

-sim esta

-estão pedindo para vocês voltarem

Nós nos fitamos e eu soltei um palavrão

-Vamos enfrentar isto de vez.

Eu segurei sua mão e entramos na sala

nos sentamos e eu fitei aquela corja

-Muito bem. O que têm a dizer?

-Nos não gostamos disto tanto quanto vocês. Mas é preciso, e não se sintam mal. Não são os primeiros atores a fingirem que não são um casal, ou fingirem que são.

Eu revirei os olhos, mas me contive

-Nesta indústria imagem é tudo. Precisamos que o Rob passe a imagem de um cara solteiro e disponível. Este seu cabelo. Melhor não mexer nele também é sua marca registrada.

-Também vão dizer que cueca eu tenho que usar? – Rob falou irônico, mas eles ignoraram

-A partir de agora teremos várias ações promocionais: revistas, eventos, premieres e tudo passara por nosso crivo. Uma Personal Stlyle já esta trabalhando nas suas roupas, Kristen

eu bufei

-Não acho que isto seja necessário

-mas é.

Eu tentei me controlar

-e quanto a nós? - eu fiz a pergunta mais difícil.

-vocês estarão juntos apenas nos eventos do filme. E nunca estarão sozinhos. É melhor assim. A turnê pelos estados já foi feita e cada um irá para uma cidade.

-ótimo – falei irônica – eles não podiam estar sendo mais claros.

-também precisam amenizar algumas declarações errôneas, como esta tal do pedido de casamento. Tem que acabar com isto. - eu soltei um palavrão baixo - escutem. Nós realmente não mandamos na vida de vocês. Mas contamos com o bom senso. Estamos todos trabalhando para um bem comum. Que é fazer uma boa bilheteria e ter verba para as continuações. Se tudo der certo, não precisará ser assim pra sempre.

-e então? O que dizem? Estamos de acordo?

Eu e Rob nos fitamos.

Como nós poderíamos ficar longe depois de tudo? Fingindo que éramos amigos?

Mas nós dois sabíamos que não havia saída.

-será como você quiser Kris

Eu respirei fundo

-Tudo bem então

Aquelas palavras foram as mais difíceis da minha vida.

O que o futuro me aguardaria?



Continua...





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