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sexta-feira, 12 de março de 2010

19 ° CAP. de Lua Negra */* LUA NOVA @_@ de EDWARD




A duração do vôo pareceu incrivelmente curto considerando a quantidade infindável de perguntas sem resposta que ainda fluíam por minha mente. Quando aterrissamos no aeroporto de Atlanta, Bella se tornou imediatamente alerta apesar da exaustão física que ela combatia a cada minuto e que era visível em sua postura e aparência. Sua expressão era de ansiedade e talvez um pouquinho de presunção quando saímos do avião e seguimos para o aeroporto.

Ela me lançava um olhar rápido a cada instante e tropeçava nos próprios pés. Eu a segurei para impedir que ela caísse e ela desviou o olhar tão rapidamente. Ela parecia insegura... mas por que. Seu olhar parecia verificar minha presença a cada instante, como para garantir que eu não iria me dissolver no ar. Francamente, será que ela achava que agora que eu havia voltado eu iria desaparecer de novo.

Eu não. Eu ficaria até que ela mesma me mandasse embora. Eu estava determinado a não perder a luz que voltara a minha vida. A luz que Bella trazia. Eu não queria ficar sem as estrelas .... Eu não suportaria ficar de novo na solidão escura de um enorme vazio

Alice tinha me dito que nossa família iria nos encontrar no nosso destino. Então, eu não fiquei surpreso quando ouvi os pensamentos de boas vindas de todos eles, no momento em que chegamos, nem ao vê-los esperando no portão de desembarque. Jasper abriu caminho através da multidão para abraçar Alice. Quando encontraram um ao outro, eles só se olharam amorosamente. Eu não havia compreendido totalmente o amor intenso e a conexão compartilhada por eles, até que eu conheci Bella.

Carlisle e Esme estavam parados em um canto sossegado, longe de qualquer burburinho. De novo o remorso me corroeu, eu estava arrependido do meu comportamento egoísta, centrado apenas em mim, que quase havia custado a minha vida, assim como a de minha irmã e meu amor.

Se o resultado dos eventos que ocorreram na Itália tivesse sido diferente, então eu teria sido responsável por privar os meus pais de dois filhos e, por essa possibilidade eu estava incondicionalmente condenado. Esme, que já perdera um filho, ficaria devastada. Eu sabia como se sentia a respeito de todos nós. Nós éramos os seus filhos. Ela tinha se tornado um vampiro, porque estava beira da morte. Ela havia tentado o suicídio,depois de perder seu primeiro bebê. Eu quase a tinha colocado no meio da mesma dor ... novamente.

Eu ouvi sua voz suave como uma brisa, quase inaudível, falando com meu pai enquanto fazíamos nosso caminho através do portão.

— Graças aos céus. — Esme respirava aliviada depois de tanta tensão.

— Alice nos informou que eles estavam seguros, querida. — Carlisle respondeu.

— Eu sei, mas eu tinha que ver para crer.

Quando chegamos à frente deles, Esme quase arrancou Bella para fora dos meus braços para lhe dar um abraço forte, mas eu mantive meus braços firmemente ao seu redor, não estava disposto a deixá-la ir.

De repente, mais uma vez eu me surpreendi, percebendo que poderiam ter sido três filhos, porque Esme pensava em Bella como uma filha, ela estava tão preocupada com sua segurança, tanto quanto com a minha e a de Alice.

— Muito obrigada querida. — Esme disse no ouvido de Bella abraçando-a.

— Edward! O que você estava pensando? Eu quase morri pensando em perder você! — Ela pensou jogando seus braços protetoramente a minha volta.

— Você nunca vai fazer isso novamente. — Ela me repreendeu.

Eu merecia. Sorri com ternura para a mulher que vinha sendo minha mãe por um longo tempo.

— Esme... mamãe, desculpe. — Disse eu, sinceramente, cheio de remorso.

— Edward, você não pode acreditar como estou feliz por estar tudo bem. Ela é uma garota notável. — Meu pai falou para mim em seus pensamentos. Ele então virou-se para Bella de lhe agradecer por ter ido me resgatar

— Obrigado, Bella. Devemos isso a você.

— Dificilmente. — Ela murmurou cansada.

— Ela está morta de cansada. Vamos levá-la para casa. — Esme ordenou.

Ela apoiou o outro lado de Bella enquanto caminhávamos em direção ao carro, onde Rosalie e Emmett estavam aguardando. Minha raiva por minha irmã, que causara todo aquele pesadelo, estampou-se em uma máscara indiferença em meu rosto. Eu não queria falar com ela, eu precisava primeiro dominar minhas emoções, meu meus instintos, para não atacá-la.

Eu sabia também que deveria evitar qualquer confronto naquele momento, portanto era melhor ficar o mais longe possível dela. Fiz menção de me afastar.

— Não. Ela se sente horrível. — Esme sussurrou quando percebeu a minha hesitação.

— Ela deve mesmo. — Respondi. Eu estava furioso principalmente porque ela havia metido Bella naquilo tudo.

— Não é culpa dela. — Bella gaguejou ao meu lado, as palavras emboladas pelo cansaço.

— Deixe-a se desculpar. — Pediu Esme. - Nós vamos com Alice e Jasper. — Esme encorajou. — Gostaria de saber o que aconteceu de Alice e vamos encontrá-lo na casa. — Ela continuou em sua cabeça.

Casa! Minha família reunida, discutindo planos para o futuro... mas eu tinha de levar Bella para sua casa, para Charlie. Suspirei!

Rosalie, loura e linda me encarou com os olhos faiscando. Ela sabia que eu ia me recusar a viajar no mesmo veículo que ela, mas Bella conseguiu convencer-me. Eu não podia recusar nada para ela.

— Por favor, Edward. — Ela quase implorou, tentando evitar o confronto.

Suspirei silenciosamente e entrei no banco de trás do carro com Bella, estendendo meu braço para apoiar sua cabeça no meu peito. Ela fechou finalmente os olhos deixando o cansaço vencer. O motor partiu roncando suavemente e Rosalie começou a se desculpar freneticamente em seus pensamentos.

— Eu sinto muito Edward. Sinto muito. Eu lamento. Eu fui uma tola. Lamento sinceramente. Por favor, você pode me perdoar?

Quando eu não dignei a lhe dar uma resposta, ela falou em voz alta.

— Edward? EU SINTO MUITO.—

— Eu sei. — Eu disse indiferente.

Uma vez que eu tinha lhe dado um sinal de reconhecimento pelo seu pedido de desculpas, ela se virou para Bella - o que me irritou - eu queria que Bella pudesse descansar. No entanto, Rosalie insistia em perturbá-la com seu pedido de perdão.

— Bella?—

Os olhos de Bella se abriram abruptamente, eu supunha com espanto porque Rosalie nunca tinha se dirigido a ela diretamente, devido a inveja que sentia por ela.

— Sim, Rosalie? — Bella respondeu cautelosamente.

— Eu sinto muito, Bella. Eu me sinto miserável por tudo que aconteceu e estou agradecida por que você foi corajosa, o suficiente para ir e salvar meu irmão depois do que eu fiz. Por favor, diga que você me perdoe.—

Rosalie falou na esperança de que se Bella fosse capaz de perdoar o seu delito e em seguida, seria capaz convencer-me a absolvê-la também.

— É claro, Rosalie. Não é sua culpa. Fui eu quem pulou do da droga do penhasco. Claro que eu te perdôo.

Era característico de Bella assumir toda a culpa para si.

— Não vale enquanto ela não estiver consciente Rose. — Emmett riu.

— Eu estou consciente. — Bella disse com voz arrastada.

— Deixe-a dormir. — Eu intervi insatisfeito.

O carro ficou em silêncio e Bella caiu em sono profundo.

Emmett decidiu interromper o silêncio abafado, quando a sua mente começou a lhe fazer perguntas.

— Então, como é que tudo aconteceu, Edward? Bem, antes de tudo como isto aconteceu? Você achou Vitória?

Eu soltei um rosnado me lembrando dela.

— Vou tomar isso como uma negativa. — Eu deveria ter ido com você, mesmo que você não me quisesse, eu poderia ter ajudado. — Continuou em sua cabeça.

— Como você acha que Charlie irá reagir quando chegamos com sua filha fugitiva? — Perguntou alto.

— Eu suponho que ele não ficará satisfeito. — Rosalie respondeu por mim, felizmente.

Eu não queria responder as perguntas. Eu não queria me explicar ou descrever os acontecimento recente que ocorreram na minha vida. Eu queria ter prazer deste momento. Para desfrutar de Bella dormindo pacificamente em meus braços. Segurando-a perto de mim. Sentindo o seu corpo. Inalando o cheiro dela. Assistindo seu peito subir e descer enquanto ela respirava. Ouvindo o tictac de seu batimento cardíaco. Bastava estar em sua presença para eu me sentir preenchido.

Eu trataria da fúria de Charlie quando chegasse o momento, em breve. Quando Emmett rapidamente se aproximou da pequena cidade de Forks, fiquei cada vez mais temeroso de que Bella seria logo tirada de mim. Eu ansiava que Emmett dirigisse mais devagar, só para prolongar os segundos que eu ainda tinha para embalar meu amor em meus braços. Eu nunca mais deixaria meus olhos longe dela, nunca mais... nem mesmo por um breve piscar.

Quando chegamos à esquina da casa de Bella, eu a segurava ainda mais apertada contra mim, não querendo deixá-la ir. O carro estacionou abruptamente. Eu ouvi Charlie chegar à janela curiosamente e eu vi as cortinas se abrindo com minha visão periférica.

— O que! — Charlie pensou. Ele sempre era conciso até nos pensamentos. Abriu a porta e olhou para fora, confirmando nossa presença.

— Que diabos ele está fazendo aqui? — Charlie gritou em sua cabeça enquanto corria para fora. Quando viu Bella em meus braços, ela começou a acordar.

— Você quer que eu espere, mano? - Emmett perguntou em palavras rápidas.

— Sim, penso que será para melhor, a julgar pelo humor de Charlie. — Eu respondi antes de fechar a porta do carro.

Charlie estava alvoroçado.

— Jesus, o que fez com ela? — Ele pensou quando viu Bella tão desgastada em meus braços.

— Bella — Ele gritou.

— Charlie — Bella murmurou se mexendo nos meus braços, ainda claramente atordoada.

— Shhh. Está tudo bem, você está em casa e segura. Apenas durma. — Sussurrei.

— Eu não posso acreditar que você tem a coragem de mostrar a sua cara aqui. — Charlie gritou para mim. — Porque você não ficou afastado? Ficou longe, longe da minha menina, de Forks. — ele gritava em seu pensamento.

— Pára, pai. — Bella exigiu ainda incoerente.

— O que há de errado com ela? — Charlie perguntou. Ela parece grogue! O que você fez com ela? – ele perguntou asperamente.

— Ela está apenas muito cansada. Por favor, deixe-a descansar. — Supliquei.

— Você não vai me dizer o que fazer! Dê ela para mim. Tire suas mãos dela!—

Eu conseguia entender a raiva de Charlie. Eu era a razão para o desaparecimento de sua filha ao longo dos últimos dias. Ele estava possesso e com razão. Achei que a opção mais fácil seria ceder e entregar Bella em suas mãos imediatamente para aliviar um pouco sua mente. Ajeitei Bella em meus braços, pronto para me render e deixá-la no conforto e segurança dos braços de seu pai, distante do vampiro que eu era...

Tentei passá-la para Charlie, mas ela agarrou-se a mim com os dedos travados, decididos a não me largar. Mas uma vez, entretanto, meu instinto protetor foi mais forte que eu. Talvez ela achasse que Charlie pudesse deixá-la cair.

Minha força poderosa me permitiu continuar segurando Bella sem nenhum esforço, enquanto Charlie puxava meu braço, tentando tirá-la de mim. Mas ela não me soltava, seus dedos pareciam tenazes segurando meu peito sob a camisa. Parecia que ela sentia o mesmo pavor que eu quando alguém tentava levá-la para longe de mim.

— Pára com isso, pai. Fique chateado comigo. — Bella disse com uma voz mais coerente.

— Pode apostar que ficarei. Trate de entrar. — Charlie ordenou.

— Tá bom, me ponha no chão Edward.

Eu cuidadosamente coloquei Bella sobre seus pés no chão. Ela tentou dar um passo adiante, mas seu corpo balançou e ela caiu para frente em direção ao concreto. Eu a apanhei tão rápido quanto humanamente possível, para não levantar suspeitas em Charlie. Ela não conseguia andar sozinha, devido ao cansaço incrível, então eu peguei de volta em meus braços, recebendo de volta o calor do seu corpo.

— Apenas me deixe levá-la lá em cima. — Eu pedi suplicante. — Depois eu vou embora.

— Não. — Bella gritou.

Será que ela não quer que eu a leve? Agora que ela sabia que estava em casa, ela quer que eu saia? Ou será que ela não quer que eu saia? Eu fiquei ainda mais atordoado, não sabendo interpretar o comportamento de Bella desde que nos encontramos. Eu já havia estabelecido que Bella não me queria... eu estaria errado? O que ela realmente queria? Eu lhe daria qualquer coisa.

Então minha cabeça estalou. Eu a tinha deixado. Sem explicações. Sem discussões. Minha partida silenciosa devia ter deixado muitas perguntas sem resposta em sua cabeça. Era isso que ela queria. Saber os porquês. Ela queria respostas, justificadamente.

Gostaria de dar suas respostas. Gostaria de responder honestamente. Gostaria de lhe dizer quão escuro minha vida tinha sido sem ela. Eu não iria deixar Forks novamente até Bella me dizer claramente que ela não me queria por perto. Até que ela me mandasse embora.

— Eu não vou estar longe. — Tranqüilizei-a sussurrando em seu ouvido baixinho para que Charlie não pudesse ouvir. Entrei na casa antes que Charlie pudesse me impedir e tentasse tomar Bella de mim novamente. Ele correu atrás de mim, lutando para manter-se controlado.

— Não. O que você acha que você está fazendo? — Ele vociferou por trás de mim.

Bella voltara a fechar os olhos e eu a levei pelas escadas para o quarto dela. Ela ainda estava agarrada a minha camisa quando eu a depositei suavemente em sua cama. A contragosto eu soltei seus dedos, cuidadosamente.

Parecia que meu coração restaurado estava sendo rasgado em meu peito novamente enquanto eu me separava dela. Coloquei o cobertor sobre ela quando Charlie apareceu na porta. Ele olhou para sua filha com amor. Ele estava totalmente aliviado porque ela estava em casa e segura.

Eu podia ver em seus pensamentos todo o pânico e medo que ele tinha sentido quando ela havia saído sem lhe dar uma idéia de seu paradeiro ou de seu bem-estar. Ele tinha sido torturado desesperadamente pela preocupação com a filha amada. Depois de saborear o momento sentindo que Bella estava bem, ele se virou para mim.

— Saia da minha casa. — Ele disse entre os dentes para não perturbá-la. Ele me seguiu para baixo, e o volume de sua voz aumentou.

— Eu não quero você nesta casa. Eu não quero você em qualquer lugar perto de Bella.—

Virei-me para encará-lo e ele recuou, surpreso com meu movimento tão rápido.

— Sinto muito, Charlie, mas você não acha que é Bella quem deve decidir isso?—

— Não, e não. — Ele também sabia rosnar.

— Eu sou o pai dela. Eu sei o que é melhor para ela. Você... — Ele apontou o dedo diretamente para mim, tremendo um pouco, a raiva pulsando através dele. - — Já causou destruição suficiente em sua vida. Eu não vou tolerar mais nada. Você nunca mais vai pôr os pés nesta casa de novo, você pode me ouviu?

Eu estava prestes a responder, mas minha garganta fechou-se como se estivesse sendo comprimida por uma brutal força, me impedindo de pronunciar uma única palavra. As imagens que eu via nos pensamentos de Charlie eram perturbadoras, terríveis.

Bella. Ela estava sendo transportada por um homem jovem que não reconheci. E estava sofrendo de uma forma que só poderia ser descrita como dor excruciante. Ou perda... ela estava morrendo. Alguém tinha morrido. Alguém a tinha magoado. Alguém tinha dilacerado sua alma.

A memória de Charlie me chocou ainda mais, se isso era possível, quando eu reconheci as roupas que ela estava usando, as mesmas do dia em que eu havia deixado Forks. O dia que eu a tinha deixado.

Ela parecia murmurar incoerente — Ele se foi... Ele se foi.

Era eu que a tinha deixado... Minha culpa... Eu a tinha magoado. Eu a tinha quebrado. Fiquei estarrecido com o que tinha feito. Eu a tinha machucado além da minha imaginação.

As imagens continuam passando como um filme diante dos meus olhos. Bela parecia catatônica. Não falava, não ouvia, não se mexia, tinham os olhos fundos, os cabelos despenteados. Não queria sair de seu quarto, não queria comer, não queria existir.... e depois um ataque repentino de histeria quando sua mãe tinha vindo buscá-la. Ela gritava enlouquecida que não sairia de Forks. Depois o choro convulsivo, agoniado.

Olhei boquiaberto para Charlie por um longo momento, enquanto meu coração se despedaçava de novo. Como eu poderia ter feito isso a ela? Não admira que ele não quisesse me ver nunca mais. Não admira que Charlie estivesse tão furioso e não me quisesse perto dela. Eu tinha de ir... agora.

Virei-me e rapidamente sai da casa, com um novo punhal enterrado no meu peito, enquanto eu deixava meu coração quebrado novamente para trás. Voltei para o carro completamente estupefato com o que acabara de testemunhar nos pensamentos de Charlie.

— O que aconteceu irmão? Charlie parecia muito louco.

Eu estava completamente chocado e atônito para responder.

— Edward, você está bem? — Emmett pensou.

— Só dirija. — Consegui dizer antes de sufocar.

O carro acelerou saindo dali, de onde eu tinha deixado minha bela adormecida.

— Deixe-me no final do caminho, Emmett. Eu quero andar. — Pedi, esperando que a minha mudança repentina de humor não causasse qualquer pergunta indesejada, por parte de meus irmãos. A sorte parecia estar ao meu lado, por agora, uma vez que Emmett dirigia sem pensar ou falar uma palavra. Eu pulei para fora do carro e caminhei para a floresta apenas na companhia de meus pensamentos.

A lembrança que eu tinha visto na mente de Charlie me deixava angustiado e revoltado comigo. Eu não podia acreditar, nem entender como eu poderia ter afetado emocionalmente Bella daquela forma. Agora eu podia compreender a diferença no estado emocional de Bella e por que ela parecia distante comigo. A cautela. A apreensão.

Ela acreditou em mim instantaneamente quando eu lhe disse aquela mentira, aquela blasfêmia... que eu já não a amava. Era aquilo que tinha machucado sua alma. Eu tinha me aproveitado da coisa mais preciosa do mundo... para enganá-la.

Mais uma vez eu percebi que minhas conclusões anteriores estavam corretas. Eu era o responsável por tudo aquilo. Agora eu devia pensar em como corrigir meus atos. Minha partida só causou mais problemas ao invés de solucioná-los. Ao fazer isso, eu tinha ferido Bella além da conta, além de colocá-la no mais extremo perigo.

A caminhada para a casa no ritmo humano parecia pequena enquanto eu processava todas as informações que espiralavam em minha mente. Havia uma pessoa em casa que poderia me dar algumas respostas. A criatura que passou algum tempo com Bella recentemente, desde que nos ausentamos de Forks. A vampira que estava escondendo algo de mim em Volterra. Alice.

Minha irmã esperava por mim na porta da frente.

— Eu não sei tudo, Edward. Mas eu posso dizer o que eu sei. — Alice falou rapidamente.

Entramos na casa onde o resto da minha família estava reunida.

— Você sabia por que Bella estava diferente. Você sabia o que estava errado com ela. Você sabia que foi por minha causa. — Eu acusei Alice.

— Sabia, eu vi isso em sua aparência, nos seus olhos, quando cheguei em Forks. Ela parecia um caco. Ela não me disse nada.. não se queixou... mas ela não podia tolerar pensar em você a deixando, ela não conseguia falar sobre você. Eu consegui informações em uma conversa com o Charlie.—

— E, ainda assim você não me contou. Senti que você estava me escondendo alguma coisa. Você controlava seus pensamentos o tempo todo.—

— Eu não acho que ali fosse o lugar adequado para lhe contar tudo, principalmente considerando a situação em que estávamos — Alice respondeu. — Você estava excepcionalmente inseguro, Edward. Eu podia ver isso. Precisávamos nos concentrar para conseguir sair vivos dali para proteger Bella. — Alice continuou em sua cabeça.

Eu não poderia contestar isso. Se Alice tivesse, de fato, me contado tudo em Volterra, aquilo teria afetado e nublado minha mente. Alice estava certa, eu tinha que manter Bella segura - que era o meu objetivo principal, naquele momento.

Agora tudo estava mudado porque eu tinha ido contra meus instintos. A razão da minha existência era amar e garantir a felicidade de Bella. Entretanto eu estava sempre colocando a vida dela em perigo com minhas ação e agora eu temia que ela estivesse em um perigo pior.

Os lobisomens. Uma sádica vampira em busca de vingança. E os Volturi que queriam condenar Bella à danação eterna. Bella era um campo de força atraindo perigo em todas as formas.

— O que está acontecendo? Laurent? Victoria? Os lobisomens? O que Bella contou a você, Alice? — Eu questionei.

— Laurent voltou para a cá como um favor para Vitória, para ajudá-la a localizar Bella. Parece que ele a encontrou sozinha, na clareira, quando estava caçando, mas os lobos chegaram bem na hora e o afastaram dela. Eles o mataram. Victoria tem continuamente tentando apanhar Bella, mas os lobisomens continuam protegendo-a.

— Eles a protegem? — Eu ecoei.

Como pode ser isso? Ela não deveria estar perto deles, eles são perigosos. Lembrei de um tempo anterior, quando minha família habitava Forks, muitos anos atrás, antes de Alice e Jasper nos encontraram. Havia lobisomens então.

Eu me lembrava deles zangados, com raiva... criaturas instáveis. Foi apenas por causa da natureza compassiva de meu pai que pudemos estabelecer uma trégua na forma de um tratado.

— Serão os mesmos lobisomens, Carlisle? — Rosalie perguntou.

— Eu não tenho certeza. — Ele respondeu.

— Bem, eu certamente não os quero em torno de Bella. E se um deles se transformasse em sua frente? Poderia matá-la, ou feri-la severamente.

— Talvez eles não sejam ruins. Afinal eles a tem protegido depois de tudo. — Esme sugeriu, mostrando sua natureza bondosa.

Eu ri zombateiramente. Nunca houve nada como um lobisomem bom.

— Pode ser que você precise manter Bella longe os lobos. — Alice murmurou em seus pensamentos.

— Por quê? — Eu perguntei. Certamente Bella sabia do perigo - não, neguei este pensamento. Bella nunca pensava nem se importava com os riscos.

— Ela parece muito ligada a eles. — Alice insistiu.

— Você está escondendo alguma coisa de mim. — Eu apontei meu dedo para minha irmã novamente, irritado.

Ela não respondeu.

— Alice — Eu disse começando a ficar enfurecido.

— Basta, diga-lhe, Alice. — Jasper falou acenando para ela, como um incentivo.

— Seu melhor amigo é um lobisomem. Jacob Black.

— Ho, ho, sério? — Emmett riu. — Bella é mesmo única. Namora um vampiro e tem um lobo com seu melhor amigo.

Rosalie cutucou-lhe as costelas para fazê-lo calar-se.

— Há mais uma coisa que você deve saber, Edward. — Alice disse com preocupação e aborrecimento em seu tom. — Eu não posso ver os lobisomens. É por isso que eu pensei que Bella estava morta. Jacob puxou-a para fora do mar. Ele a salvou. Mas eu não vi isso porque sempre que os lobisomens estão em torno de alguém tudo fica preto.

Fiquei sem fala por um momento. Eu não tinha certeza do que dizer ou como reagir. Exceto que eu sabia que precisava para ficar com Bella. Eu sentia frio sem ela, ficava perdido de todas as maneiras. Eu sentia falta dela e estava ansioso para estar onde eu pertencia - ao seu lado.

— Vamos ficar? — Rosalie perguntou em sua cabeça.

— Eu não sei. — respondi. — Depende do que Bella decidir depois que eu lhe explicar porque nós a deixamos. Eu vou dizer a verdade. Alice pode contar tudo que aconteceu em Volterra. Estou voltando para Bella, agora.

— Edward — Carlisle começou.

— Deixe-o ir. — Esme interveio.

Eu atirei-lhe um sorriso agradecido e rapidamente sai da casa na direção do meu amor.



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