23 - Proposta
Eu me enrijeci completamente, para não deixar que ninguém percebesse o tremor da raiva que eu sentia internamente.
Bella olhou para mim primeiro. Ela já sabia minha resposta, mas mesmo assim ela ainda teve a cortesia de pedir.
— Quer que eu me junte a sua família? — Seu olhos duros e pretos como sílex.
Ela era esperta... tinha deliberadamente reformulado sua pergunta para me pegar desprevenido. Bella já fazia parte da minha família - ela era a minha vida.
— Não dessa forma. Quero que permaneça humana. — Respondi resolutamente.
Ela assentiu não demonstrando nenhuma emoção no rosto e virou-se para Alice.
— Alice?
— Sim. — Alice respondeu alegremente.
— Jasper?
Virei-me para olhar para o meu irmão mais novo. Seu rosto exibia uma expressão grave e sua decisão já estava tomada.
— Sinto, Edward, mas eu acho que essa é a melhor maneira... para evitar novos incidentes e sofrimento para todos. — Falou silenciosamente. Para ele pesava e muito sua falta de autocontrole e este era o caminho mais fácil para contornar isso.... mas não para Bella.
— Sim. — Ele respondeu a Bella.
A cólera em meu peito aumentava me sufocando, fazendo o veneno subir pra minha boca. Jasper sentiu isso também, ele estava monitorando minhas emoções e tentava me acalmar.
— Calma, Edward. Isto é o que Bella quer. — Ele me lembrou.
Eu ignorei seus esforços para me acalmar com o seu talento e me concentrei em Bella enquanto ela se deslocava rapidamente para o próximo membro da minha família.
— Rosalie?
— Sou grata a ela, mas ela ainda é muito ingênua. Por que ela quer esta vida? — Rosalie hesitou, mordendo os lábios antes de responder.
— Não. — Ela disse a Bella, com algum embaraço.
Meu espírito se ergueu um pouco com sua resposta, saber que havia alguém do meu lado era reconfortante.
Bella olhou para ela por um momento, provavelmente sentindo-se um pouco rejeitada, mas eu não estava certo disso... por que seu rosto continuava impassível.
Minha irmã torceu as mãos para explicar sua decisão.
— Deixe-me explicar. — pediu Rosalie — Não quiz dizer que tenho alguma aversão a você como uma irmã. É só que ... esta não é a vida que eu teria escolhido para mim. Eu queria que tivesse havido alguém ali para votar – Não - por mim .
Bella pareceu brevemente surpresa, mas concordou em reconhecimento e virou-se para Emmett.
— Basta pensar quanto Bella será mais interessante e engraçada quando ela for inquebrável. Ela vai ser o máximo. — Emmett pensou sorrindo, antes de dar seu voto.
— Que diabos, Sim! Podemos encontrar outra maneira de comprar uma briga com esse Demetri.—
Meu estômago revirou feroz... há poucos minutos Emmett tinha concordado com o meu plano, e agora ele tinha decidido a favor dela.
Respirei fundo e me lembrei que aquela votação poderia não ter validade, ela era necessária apenas para que Bella pudesse compreender e aceitar que minha família queria que ela fosse incluída.
Bella franziu a testa e virou-se para Esme.
— Sim, claro, Bella. Eu já penso em você como parte da minha família.
Eu não ouvi a resposta de Bella, porque eu estava preocupado com os pensamentos de meu pai. Ele estava falando comigo em sua mente.
— Eu vou votar - Sim - Edward. Você sabe que eu nunca tiraria de bom grado qualquer vida, humana ou não. No entanto, Bella QUER se tornar um vampiro. Esta também é a opção mais segura para a nossa família, já que você decidiu ficar em sua vida.
Eu fechei o cenho para ele. Eu estava certo de que Carlisle seria a voz da razão.
— Edward. — Ele falou alto — Você não vê que esta é a única maneira? — prosseguiu sem palavras
— Não. — Eu grunhi.
— É a única opção que faz sentido. Você escolheu não viver sem ela, e eu não posso viver sem meu filho, isto não me deixa outra alternativa.
— Calma, Edward. — Alice instruiu em sua mente, quando percebeu que eu estava explodindo.
Eu não podia suportar olhar para nenhum deles, os seus pensamentos e olhares me atingiam como uma punhalada. Larguei mão de Bella e sai da sala, silvando minha decepção em cada respiração. Eu não deveria ter trazido Bella aqui... não neste momento, muitas emoções conflitantes estavam em jogo.
Meu autocontrole foi minguando, minhas defesas estavam caindo por terra. Para manter a decepção sob controle eu precisava de solidão para organizar meus pensamentos.
Eu não podia esperar para confrontar o resto da minha família... todos dispostos a transformar minha Bella... eu tinha de encontrar alguma força para manter a alma de Bella intacta.
Andei pela sala, na tentativa de subjugar a raiva, o som de meus passos martelando meus ouvidos.
— Eu acho que você sabe o meu voto. — Ouvi Carlisle dizer na sala ao lado.
A cólera me dominou, fluindo através de mim e queimando cada centímetro do meu corpo. Agarrei o objeto mais próximo ao meu alcance, a televisão pendurado na parede e a esmaguei no chão. O estrondo ensurdecedor ecoou abafando os sons e os pensamentos da sala de jantar. Eu sentia um desejo incontrolável e imprudente de demolir tudo, como eu tinha feito naquele armazém quando acreditara que Bella estava morta. Se eles estavam conspirando para destruir a coisa mais linda do mundo, então não devia ter importância eu destruir alguns itens insignificantes. Que droga!
Eu queria rosnar com fúria e destruir tudo no meu caminho, como se eu nada me importasse. No entanto, a verdade, é eu me importava. Eu tinha que ser racional. Para estar no controle. A voz de Bella me fez lembrar de sua presença. Eu não podia me comportar como um desvairado, afinal a desvairada era ela...
— Isso é tudo que eu precisava. Obrigado. Por me aceitarem. Eu sinto exatamente o mesmo em relação a todos vocês.
Ela estava emocionada eu podia perceber isso em sua voz. Eu bloqueei o pensamento dos outros na sala, para que não reacendessem minha raiva.
Esme foi confortar Bella.
— Querida Bella. — Ela sussurrou baixinho.
A única coisa que ainda mantinha minha sanidade era o fato de Bella estar ali ao meu alcance, evitando que eu tivesse um colapso. Sua alma surpreendente ainda estava intacta na outra sala. Isso foi o suficiente para me tirar daquele estado furioso.
Eu já experimentara perder Bella...Eu não correria o risco de perder esta segunda chance que me tinha sido dada.
— Bem, Alice, onde você quer fazer isso? — Ela perguntou a minha irmã.
Meu corpo ficou paralisado por uma fração de segundo com as palavras de Bella. Incendiado novamente pela fúria eu corri de volta para a sala de jantar.
— Não! Não! NÃO! — Rugi, irrompendo bruscamente na frente de Bella e curvando-me para olhar diretamente em seus olhos, cheio de tensão.
Que diabos ela estava fazendo? Eu tinha prometido a mim mesmo que não iria permitir que isso acontecesse. Eu estava contando ter algum tempo para encontrar uma brecha... mas Bella queria fazer isso agora?
— Você está louca? Você já perdeu totalmente o juízo? — Eu gritei.
— Edward! Calma, filho. — Carlisle exigia firmemente em sua mente, enquanto Bella tapava os ouvidos para afastar o som da minha voz ensurdecedora.
— Eu não posso fazer isso. — Alice quase chorou em sua mente. — Eu não estou preparada Ainda é muito cedo.
— Hum, Bella, eu não acho que estou pronta para isso. Vou precisar para preparar... — Alice repetiu em voz alta.
Bella se afastou de meus olhos febris, olhando diretamente nos olhos de Alice.
— Você prometeu. — Bella disse a ela.
— Eu sei, mas ... é sério, Bella! Eu não tenho nenhuma idéia de como não matar você. — Alice disse balançando a cabeça desnorteada.
— Você pode fazer. Eu confio em você.
Eu rosnei com desprezo enquanto a fúria pulsava violentamente em cada parte do meu corpo. Mantive meus olhos em Bella disposto acalmar aquele estado febril.
— Eu não vou fazer isso. Eu não posso. O risco é mortal. — Alice murmurou para si mesma.
— Carlisle? — Bella perguntou, com a esperança na sua voz.
— NÃO! — Eu gritava para mim mesmo.
Eu estendi meu braço, a palma da mão voltada para Carlisle, enquanto com a outra mão eu segurava o rosto de Bella tão gentilmente quanto podia, obrigando-a a me olhar nos olhos. Forçando-a para que visse a repulsão nos meus olhos. Para tentar fazê-la entender a angústia que eu sentia. Desesperadamente tentando levá-la à razão.
Carlisle ignorou meu gesto e respondeu a Bella.
— Eu posso fazer. Você não estaria em perigo de eu perder o controle.
— Parece bom. — Bella respondeu com uma voz distorcida devido ao meu aperto no seu rosto.
Cerrei os dentes para me impedir de rosnar. Como poderia Carlisle concordar em tirar uma vida humana? Ele era um médico hábil, compassivo, que tinha trabalhado arduamente durante séculos para preservar vidas humanas, e agora estava pronto a destruir uma vida, se oferecendo de boa vontade para fazer isso.
— Calma, não tem que ser agora. — Eu intercedi.
— Não há nenhuma razão para não ser agora. — Bella reagiu prontamente.
— Edward,cuidado com a força no rosto dela, querido. — Esme disse em sua mente.
Eu a ignorei focado em Bella. Por que ela não me escuta?
— Eu posso pensar de alguns. — Informei-a.
— Claro que pode. Agora, solte-me. — Bella exigiu.
Larguei seu rosto, cruzando os braços sobre o peito, irritado com a atitude da Bella e pelo seu desejo de morrer. Tornar-se um vampiro era uma forma de morte.
Bella não sabia o suficientemente para considerar adequadamente as conseqüências de seu pedido. Ela tinha ignorado fatores importantes... ou simplesmente não os considerava, em absoluto. Sua família. Seus amigos. Sua vida humana. Todos os motivos e coisas que constituíam a vida.
Ela estava disposta a abandonar tudo por mim. Isso fez borbulhar o imenso sentimento de amor que eu tinha por ela, enquanto eu confirmava que ela estava disposta a sacrificar sua vida por mim... mas eu ainda tinha que impedir. Eu não permitiria que ela desistisse de sua vida por minha causa. Eu não valia esse sacrifício.
Esse gesto era o suficiente para provar seu amor e compromisso comigo. Eu tinha que lembrar Bella o que ela estava sacrificando.
— Em cerca de duas horas, Charlie vai estar aqui procurando por você. Não duvido nada que ele vá envolver a polícia. — Eu disse
— Todos os três policiais. — Ela confirmou fazendo uma careta.
Sua carranca era a prova de que ela não tinha pensado sobre o pai, dentro daquela situação, o que provavelmente significava que ela não tinha pensado também sobre a mãe, ou a escola.
Acabar com sua vida tão jovem, voluntariamente, era um crime, especialmente tendo em conta a dor que isso causaria a seus pais.
— No interesse de continuarmos imperceptíveis, sugiro que deixemos esta conversa de lado pelo menos até que Bella termine ensino médio e saia da casa de Charlie. — Eu disse a minha família.
— É um pedido razoável, Bella. — Assinalou Carlisle.
Pela primeira nesta noite eu estava grato pela entrada de meu pai. Eu esperava que alguns meses pudessem diminuir a determinação e ansiedade de Bella.
Bella franziu os lábios pensado.
— Vou considerar isso. — Ela finalmente falou.
Meu corpo inteiro suspirou internamente em resposta.
Antes que mais alguma coisa acontecesse eu tinha de fazer Bella sair dali. Eu estava com medo que ela voltasse a insistir em ser transformada naquele momento.
— Tenho de levar você para casa. Para o caso de Charlie acordar cedo. — Insisti.
— Após a formatura? — Bella perguntou Carlisle.
— Você tem a minha palavra. — Ele respondeu.
Engoli em seco outro rosnado.
Bella respirou aliviada e sorriu para o meu pai, satisfeita com a promessa que ele tinha feito para ela.
— Tudo bem. Você pode me levar para casa. — Bella me disse.
Eu a levei correndo para fora antes que meu pai pudesse lhe fazer mais alguma promessa. Levei-a pelos fundos não deixando que ela visse o estrago que eu tinha feito na outra sala. Nem sequer lhe dei a oportunidade para se despedir de minha família.
Ainda vislumbrei cada pensamento na casaminha família remoendo os últimos acontecimentos. Nenhum deles parecia remotamente incomodado com o que havia sido decidido.Todos acreditavam que estavam fazendo o que era correto.
O ressentimento de Rosalie em relação à Bella havia ressurgido, embora ela tentasse escondê-lo. Ela invejou a vida de Bella e trocaria qualquer coisa que possuísse para se tornar humana. Eu queria que Bella pudesse ver a mente de Rosálie... para entender as coisas que deveriam ser de valor para um ser humano.
Esme estava preocupado com Bella e sua família. Ela não queria que Renée e Charlie perdessem a filha... ela sabia muito bem como era essa dor depois de experimentar o sofrimento de perder seu primeiro filho.
Emmett só estava furioso porque que eu tinha destruído a televisão. Ele já estava planejando sua vingança.
Alice estava aliviada e grata porque não teria de cumprir sua promessa a Bella, graças a Carlisle.
Carlisle e Jasper só esperavam me ver calmo para aceitar os termos daquilo que havia sido decido. Jasper tinha entendido a minha raiva e por isso que ele só tentou me acalmar uma única vez, deixando que eu mesmo me controlasse.
Eu tinha relaxado um pouco, agora que Bella e eu tínhamos deixado a casa, mas eu não iria aceitar seus termos... nunca.
Caminhamos até a borda da mata silenciosamente. Ela subiu de novo em minhas costas, apertando-me com seus braços e pernas, fazendo seu calor se espalhar pelo meu corpo, acalmando minhas dores. Comecei a correr com toda velocidade, esperando que isso me deixasse longe de meus piores receios.
Nenhum de nós falou.
A emoção da velocidade não foi suficiente para aliviar a minha mente que ainda estava carregada com pensamentos de medo e ansiedade.
Fiquei furioso com a minha família por concordar com a morte de Bella. Determinar essa mudança em vida.
Eu precisava de um plano de emergência. Eu precisava urgentemente convencer Bella a mudar sua decisão.
Eu sabia que ela não queria envelhecer mais, enquanto eu ficava congelado nos dezessete anos, ela havia se preocupado demais com isso antes de seu último aniversário.
Será que ela iria finalmente libertar se de mim se ela não fosse transformada e ficasse mais velha? Isso iria me devastar, mas eu não podia ser tão egoísta a ponto de não permitir que Bella vivesse as experiências humanas, só para segurá-la perto de mim.
E se isso significava preservar a alma da Bella, eu entregaria de bom grado a minha felicidade. Bella tinha me trazido mais alegria ao longo dos últimos meses que estivéramos juntos do que eu tinha experimentado em todos os 108 anos de minha existência
Eu me senti extremamente feliz por isso. O estado de perplexidade da minha mente estava nublando meu julgamento. Claro que eu queria Bella sempre, mas eu já tinha sido imensamente egoísta.
Deveria ser ainda mais pretensioso em meu benefício próprio? Uma parte do meu cérebro gritou: Sim! Embora outra parte gritasse... Não! Bella era muito mais importante do que eu.
Quando chegamos a casa de Bella, escalei a parede rapidamente, entrando pela janela. Tirei Bella das minhas costas deixando-a sentada em sua cama. Ela me analisava... eu sabia.
Eu estava extremamente pensativo e andava pelo quarto, ansioso para ter minha própria revelação. Tentando encontrar uma rota de fuga.
Eu não queria negar a Bella coisa alguma que ela quisesse, mas ao mesmo tempo eu não podia permitir que ela se tornasse um vampiro. Eu não queria ir contra a minha família. Como eu poderia evitar isso? Não havia outra alternativa. Tinha de enfrentar o inevitável. Aceitar. A decisão havia sido tomada.
No entanto, talvez eu pudesse convencer Bella a prolongar a vida humana por algum tempo. Apenas o suficiente para eu descobrir uma outra opção, para mudar sua decisão, ou pelo menos tentar uma conciliação.
Bella interrompeu meus pensamentos.
— O que quer que você esteja planejando não vai funcionar.—
— Shh. Estou pensando.
— Ugh... — Ela gemeu e caiu de volta na cama puxando a colcha sobre sua cabeça.
O frio tomou conta de mim com o desaparecimento de seu rosto. Eu não gostava que ela escondesse seu rosto para que eu não pudesse sondar sua alma através de seus olhos.
Além disso, eu tinha passado vários meses sem olhar para ela, apenas com a imagem de uma memória na mente. Eu queria aproveitar cada segundo que passava com ela.
Olhando-a. Inalando seu o cheiro. Ouvindo a sua voz doce. Todas as coisas que eu tinha perdido durante o meu próprio exílio.
Fiquei em silêncio ao lado de Bella e puxei a coberta para poder vê-la. Aproximei minha mão afastando os cabelos da sua bochecha.
— Se não se importa, prefiro que não esconda seu rosto. Eu vivi sem ele por mais tempo do que podia suportar. — Falei sentindo um profundo sentimento de adoração por ela preencher cada célula do meu organismo, mergulhando meus olhos naqueles olhos cor de chocolate que não desgrudavam de mim.
A única maneira para eu pudesse existir...
A única maneira para que eu pudesse ter uma vida...
Era eu estando com Bella.
Eu queria ser o único a abraçá-la.
O único para quem ela contasse seus pensamentos.
O único que iria amá-la mais do que qualquer coisa.
O único a fazê-la sorrir.
O único que lhe daria o que ela desejava, e nunca pediria nada em troca.
O único a confortá-la
O único a entendê-la.
Aquele que estaria para sempre ao seu lado.
Eu tinha encontrado minha razão de ser... minha outra metade.
A pessoa perfeita, que me completava.
Ela me transformou.
Ela me salvou.
Bella era o meu anjo.
Eu tinha tomado a minha decisão... eu queria manter Bella comigo pela eternidade.
Era o que ela queria. Era o que eu queria.
Isto estava prometido. Decidido. Era inevitável. Eu deveria aceitar.
Eu a amaria incondicionalmente nesta vida e na próxima.
Eu faria qualquer coisa para fazê-la feliz.
Eu não queria perder Bella novamente.
Eu não queria perder a batida do meu coração.
Eu tinha nascido em um mundo tradicional, no qual as pessoas que encontravam o amor, o abraçavam e mantinham sempre.
Eu queria pedir a Bella... queria pedir para ela se tornar minha noiva
— Agora ... me diga uma coisa.
— O que? — Bella perguntou de má vontade.
— Se você pudesse ter qualquer coisa no mundo, qualquer coisa, o que seria?
Olhei para ela inseguro, à espera de sua resposta, esperando para ouvir o desejo do seu coração, para que eu pudesse usá-lo como um instrumento de barganha para negociar um acordo.
— Você. — Ela replicou.
Eu balancei a cabeça, incrédulo com a sua incapacidade de não acreditar que eu seria sempre dela, que ela era a dona de meu coração, da minha vida, da minha alma... se eu ainda tivesse uma alma!
— Algo que você já não tenha. — Eu disse rapidamente.
— Eu queria ... Que Carlisle não tivesse de fazer isso. Queria que você me transformasse.
— O que você estaria disposta a trocar por isso? — Perguntei rapidamente, negando a imagem vulgar de mim mesmo mergulhando meus dentes no pescoço de Bella e provando o seu sangue delicioso. A lembrança do sabor deixava minha garganta em chamas, mas eu simplesmente ignorei mantendo uma expressão séria em meu rosto.
Admirada pela minha serenidade inabalável Bella deixou escapar.
— Qualquer coisa.
Eu não pude deixar de sorrir com sua expressão arrependida por ter dito aquilo. Ela não estava disposta a ceder, apenas falara sem pensar.
— Cinco anos? — Desafiei.
Uma expressão horrorizada atravessou seu rosto.
— Você disse qualquer coisa. — Lembrei a ela.
— Sim, mas ... você vai usar o tempo para encontrar uma maneira de se livrar disso. Tenho que aproveitar enquanto tenha oportunidade. Além disso, é perigoso demais ser humana... para mim, pelo menos. Então, tudo menos isso.—
— Três anos? — Insisti.
— Não!
— Então não vale qualquer coisa para você? — Eu questionei.
Se Bella realmente queria isso, ela teria que estar disposta a prolongar a sua humanidade mais um pouquinho.
Bella especulou um momento antes de responder.
Eu me senti desconfortável discutindo o fim da vida de Bella.
— Seis meses? — Ela barganhou, mas não conseguiu.
Seis meses era penas um pouquinho mais além da graduação.
— Não basta. — Eu disse resolutamente
— Um ano, então. Esse é o meu limite.
— Me dê pelo menos dois.
— De jeito nenhum. Vou fazer dezenove anos. Mas não vou chegar a lugar nenhum perto dos vinte. Se você vai ficar adolescente para sempre, eu também vou.
Ela ficou em silêncio por um minuto, enquanto eu pensava. Imaginando como seria passar a eternidade junto de minha amada. Eu nunca tinha realmente me permitido pensar em um futuro com Bella, não acreditando que fosse possível.
No entanto, agora,nestas circunstâncias, eu podia deixar minha mente vagar... Viver com Bella, partilhar de uma vida juntos. Partilhar uma casa. Casar com ela... a minha metade, tornando-me finalmente completo, um par. Anos sem fim juntos cheios de possibilidades não mapeadas ainda.
Todos os outros membros da família eram casados. Eu tinha sido o lobo solitário. Agora eu tinha encontrado minha alma gêmea, meu tesouro para sempre. Por que eu não poderia ter essa ligação especial a Bella? O compromisso do casamento, tornando-a verdadeiramente minha... para sempre.
— Tudo bem. Esqueça os limites do tempo. Se você quer que seja comigo... então você vai ter que cumprir uma condição. — Falei cautelosamente
— Condição? Que condição? — Bella disse secamente.
Eu respirei profundamente e olhei em seus olhos, tentando disfarçar a minha apreensão. Falei devagar, pronunciando cada palavra com precisão.
— Case-se comigo primeiro. — Pronto eu tinha dito!
Os olhos de Bella se arregalaram em choque, me encarando. Meu corpo estava rígido com a tensão, enquanto eu esperava que ela respondesse.
— Tudo bem. Qual é a piada? — Disse ela hesitante.
Uma punhalada dolorosa de rejeição bateu no meu peito.
— Está ferindo o meu ego, Bella. Acabo de lhe pedir em casamento e você acha que é brincadeira, uma piada. — Respondi, descontente.
— Edward, por favor, fale sério.
— Estou falando completamente sério.
— Ora, vamos. Eu tenho apenas dezoito anos. — Bella disse com uma pontada de pânico na voz.
— Bem, eu tenho quase uma cento e nove. É hora de sossegar.
Bella desviou o olhar de mim, olhando pela janela que mostrava que o amanhecer já estava próximo. A atmosfera era uma combinação de rejeição misturada com ansiedade e profunda tristeza.
— Olha, o casamento não é exatamente o primeiro item na minha lista de prioridades, sabe? Foi como o beijo da morte para Renee e Charlie.
Eu reconhecia a ironia de suas palavras.
— Interessante escolha de palavras. — Afirmei desolado.
— Você sabe o que quero dizer. — Ela disse respirando fundo
Eu podia sentir as rachaduras aparecendo lentamente no meu coração recém-restaurado, estava quebrando ... outra vez. E desta vez era por causa da recusa de Bella em comprometer-se comigo.
Os meus pensamentos anteriores, de Bella apenas estar ansiosa pelo vampirismo e pelas qualidades de vida eterna, estavam se tornando real. Minhas dúvidas estavam sendo confirmadas.
Eu tinha vontade de fugir para a liberdade do isolamento para meditar sobre a rejeição. Mas, eu permaneci forte - eu não iria desistir tão facilmente Bella. Eu sabia que ela me amava.
Mas a questão espiralava em minha mente... por que não ela queria se casar comigo? Ela estava com medo de fazer votos de compromisso?
— Por favor não me diga que você está com medo de compromisso. — Questionei
— Não é isso exatamente. Eu... tenho medo por Renee. Ela tem algumas opiniões muito fortes sobre se casar antes dos trinta anos.
Fiquei aliviado momentaneamente. Bella se opunha ao casamento por causa da reação de seus pais.
— Porque ela prefere que você se torne uma amaldiçoada a que se case. — Eu zombei sombriamente.
— Você pensa que está brincando.
— Bella, se você comparar o nível de comprometimento de uma união conjugal a trocar sua alma pela eternidade como vampira...
Eu parei, perguntando como Bella poderia ser contra o matrimônio, mas a favor de se tornar um monstro. Eu nunca iria compreender a forma como sua mente funcionava, o que me deixava ainda mais fascinado por ela. Não havia dúvida de que Bella tinha uma quantidade imensa de coragem, no entanto, poderia ser usada de uma maneira diferente. O casamento parecia um compromisso inconseqüente em relação a aniquilar a sua humanidade.
— Se não tem coragem de se casar comigo, então...
— Bem, e se eu quisesse? E se eu lhe dissesse para me levar para Vegas agora? Eu ia ser uma vampira em três dias? — Bella interveio.
Embora eu soubesse que ela estava blefando, a idéia de nos casarmos em uma cerimônia legal era sedutora.
— Claro. Vou pegar o carro. — Eu sorri maliciosamente.
— Droga. Vou te dar dezoito meses.
Eu percebi que tinha finalmente descoberto um modo de estender a vida humana de Bella.
Como ela se recusara minha proposta, ela não iria receber o que queria até que aceitasse. E, a julgar pela forma como ela recebera minha proposta, era provável que ela não a aceitasse tão cedo.
— Nada feito. Gosto desta condição. — Eu disse mantendo o sorriso no rosto.
— Tudo bem. Vou pedir a Carlisle para fazer quanto me formar.
Eu dei de ombros.
— Se é o que você realmente quer.
Eu sorri mostrando todos os dentes, numa tentativa de deslumbrá-la, como eu sabia que podia fazer. Fui bem sucedido.
— Você é impossível. Um monstro. — Ela gemeu.
— É por isso que você não vai casar comigo?
Ela resmungou. Eu me inclinei para ela. O tempo parecia ter parado enquanto eu olhava para as portas de entrada para sua alma. Eu ansiava por ela. Eu precisava dela. Eu queria que ela fosse minha mulher.
— Por favor, Bella? — Sussurrei.
Seu coração bateu descompassado.
Após um longo momento, ela balançou a cabeça, piscou e saiu daquele espanto.
— Seria melhor se tivesse tido tempo de comprar uma aliança?
— Não! Não nada de alianças! — Bella praticamente gritou, alto o suficiente para fazer com que seu pai acordasse no quarto ao lado.
Eu o ouvi gemer preparando-se para levantar, enquanto sua mente registrava que Bella estava segura e de volta em casa.
— É melhor eu ir e ver como ela está. — Pensou.
— Agora você conseguiu. — Murmurei para Bella.
— Oops!
Se Charlie ia entrar no quarto de Bella, isso significava que eu tinha sair. Minha presença tinha sido proibida na casa e Charlie poda muito bem tentar atirar em mim, se ele descobrisse que eu estava ali.
Eu não queria deixar Bella. Era fisicamente doloroso pensar em não estar com ela. Era uma tortura real ficar longe dela, ainda mais agora, após os últimos acontecimentos. Eu não sabia como administrar isso. Os meses que passei longe só fizeram aumentar o meu desejo e a minha necessidade de sua presença na minha vida.
— Charlie está vindo, é melhor eu sair.
Eu ouvi o coração da Bella bater e pausar... uma breve parada enquanto o pânico brilhava em seus olhos. Presumivelmente, ela estava ansiosa para se livrar de mim.
A tristeza esparramou-se através de mim, mas eu não queria que ela ficasse ansiosa ou com medo. Eu nunca iria deixá-la novamente. Dei uma olhada rápida ao redor do quarto procurando por um lugar para me esconder. O armário no canto era grande o suficiente para me esconder.
— Seria infantilidade me esconder em seu armário, então?
— Não. Fique. Por favor — Bella implorou
Eu sorri calorosamente, antes de se mover rapidamente para o armário e desaparecer dentro dele. Eu ouvi Charlie abrir porta do quarto de Bella em seguida. Ele hesitou antes de entrar. Estava preocupado sobre como o regresso da minha família para Forks afetaria Bella. Ele estava certo que os efeitos, não seriam bons.
— Quero saber o que diabos está acontecendo e por que eles estão de volta. — Charlie pensava.
Eu ouvia atentamente permanecendo em silêncio e imóvel.
— Bom dia, pai. — Bella cumprimentou seu pai quando ele abriu a porta.
— Oh... olá, Bella. Não sabia que você estava acordada. — Charlie respondeu, um pouco humilhado por ser apanhado por ela. Ele sabia que Bella era muito independente e não gostava de ser cuidada por outras pessoas.
— Pensei que ela estaria dormindo. — Ele pensou.
— Eu estava esperando que você acordasse para que eu pudesse tomar um banho.
— Espere podemos falar um minuto. — Charlie perguntou.
Através das frestas das portas do armário eu vi o brilho da luz inundando o quarto quando foi ligada.
— Você sabe que está em apuros. — Charlie disse.
— Sim, eu sei. — Bella concordou.
— Eu quase fiquei louco estes últimos três dias. Cheguei em casa do enterro de Harry e você tinha sumido. Jacob só pode me dizer que você saíra correndo com Alice Cullen, e que ele achava que havia algum problema. Você não me deixou um número, e não ligou. Eu não sabia onde você estava, ou quando... ou se... você estava voltando. Tem alguma idéia de como... como...? — Charlie parou, incapaz de terminar a sua sentença por causa da ansiedade crescente. Ele respirou fundo para acalmar-se antes de continuar.
— Você pode me dar uma razão para que eu não mandá-la para Jacksonville neste segundo? — Ele grunhiu
— Porque eu não vou. — Bella declarou sem rodeios, os olhos estreitos.
— Agora espere um minuto, mocinha...
— Olha, pai. — Bella interrompeu. - — Eu assumo total responsabilidade por meus atos e você tem o direito de me deixar de castigo pelo tempo que quiser. Vou fazer todas as tarefas e lavar a roupa e os pratos até que você ache que eu aprendi a lição. E acho que você tem direito, se quiser de me expulsar daqui também... mas isso não vai me fazer voltar para a Flórida .
— Desde quando ela se tornou tão franca e exigente? Deve ser influência dele. — Charlie pensou, sentindo que não tinha mais o mesmo respeito por mim.
— Poderia me explicar onde esteve?
— Houve uma ... de emergência. — Bella respondeu com nervosismo em sua voz. Charlie não podia saber a verdade e nós não tínhamos discutido uma explicação adequada para o desaparecimento repentino de Bella, de Forks.
— Não sei o que dizer a você, pai. Foi sobretudo um mal-entendido. Um disse-me-disse. Eu perdi o controle.
— Não é bem como uma explicação. — Charlie pensou desconfiado, enquanto esperava que Bella continuasse.
— Veja, Alice disse a Rosalie que eu pulei do penhasco...
O QUE É?!! - Internamente Charlie explodiu. — Penhasco... mergulho! mergulho ... penhasco.
Ele não foi o único que ficou furioso com o comportamento imprudente de Bella, partilhei sua raiva com prazer. O choque de Charlie era evidente na sua expressão e Bella gaguejou para explicar.
— Acho que não lhe contei sobre isso. Não foi nada. Só estava brincando, nadando com Jake. Enfim, Rosalie contou a Edward e ele ficou transtornado. Ela acidentalmente fez parecer que eu estava tentando me matar ou algo assim. Edward não atendia ao seu telefone, então Alice me arrastou para ... Los Angeles, para explicar pessoalmente.
— Você estava tentando se matar? — Charlie perguntou, alarmado, a fisionomia congelada.
— Não, claro que não. Apenas me divertindo com Jake. Mergulhando do penhasco. Os garotos de La Push fazem isso o tempo todo. Como eu disse, não foi nada.
Ele não parecia convencido. A raiva de Charlie aumentou excessivamente, deixando seus pensamentos confusos.
— O que Edward Cullen tem a ver com tudo isso, afinal? Todo esse tempo, ele só deixou você esperando, sem dar uma palavra...
— Outro mal-entendido. — Bella interveio.
— Então, ele está de volta?—
— Não sei bem quais são os planos. Eu acho que todos eles voltaram.—
A raiva pulsava através dele. Eu podia sentir seu ódio por mim. Mas ele não podia me desprezar tanto quanto eu mesmo me desprezava.
— Ele vai estragar todo o progresso dela. Depois do que ele fez com ela, como ele pôde mostrar sua cara por aqui de novo? Bem, eu não vou deixá-lo destruí-la duas vezes. — Charlie pensava ferozmente, com a mesma imagem de sua filha de coração partido que eu tinha visto poucas horas antes, aparecendo em sua lembrança.
Eu estremeci silenciosamente ao me lembrar do que eu tinha feito para Bella. Meu arrependimento seria eterno, como eu.
— Quero que você fique longe dele, Bella. Não confio nele. Ele não serve para você. Não vou permitir que atrapalhe sua vida daquele jeito de novo. — Charlie disse rangendo os dentes.
— Tudo bem. — Ela respondeu com firmeza.
Eu estava tão surpreso quanto Charlie pela resposta Bella. Ela estava enganando seu pai para evitar um confronto? Ou ela realmente concordava com ele acatando sua decisão de não me ver?
Meu peito sentiu outra constrição de dor, mas eu ignorei a agonia e continuei a ouvir.
— Ah, Pensei que ia criar dificuldades. — Charlie disse, surpreso.
— E vou. Eu quis dizer, tudo bem vou sair. — Bella afirmou resoluta.
Charlie espumou com ferocidade, enquanto a dor no peito o tomava.
— Pai, eu não quero sair. Eu te amo. Sei que você está preocupado, mas você precisa confiar em mim. E você vai ter de pegar leve com Edward, se você quer que eu fique. Quer que eu viva aqui ou não? — Bella disse, mostrando novamente sua recente perícia para barganhar.
— Isso não é justo Bella. Você sabe que eu quero que você fique.
— Então seja legal com Edward, porque ele vai estar onde estiver. — Bella assegurou-lhe.
Suas palavras fizeram meu coração inchar de felicidade e devoção.
— Não em minha casa. — Charlie fuzilou. — Nem no inferno.
Bella assentiu.
— Olha, não vou lhe dar mais nenhum ultimato esta noite... ou melhor, já é de manhã. Só pense nisso por alguns dias, está bem? Mas tenha em mente que Edward e eu somos uma um pacote só.
— Bella — Charlie começou.
Pense sobre isso. – Ela insistiu — E enquanto você estiver pensando poderia me dar alguma privacidade? Eu realmente preciso de um chuveiro.
A fisionomia de Charlie era de um tom estranho de roxo, mas ele saiu, murmurando palavras desconexas em sua mente, me maldizendo insultando em sua cabeça.
Eu me senti horrível por ter sido a causa desta disputa entre Bella e o pai. Assim que ouvi Charlie descer a escadaria, eu sai do meu esconderijo e me sentei na cadeira de balanço, do outro lado da sala. Bella atirou seu coberto para o lado da cama e se levantou.
— Desculpe por isso. — Ela sussurrou, assim que me viu.
— Acho que mereço coisa pior. Não comece uma briga com Charlie por minha causa, por favor.
— Não se preocupe com isso. Vou começar exatamente o quanto for necessário, e não mais do que isso. Ou você está tentando me dizer que não tenho para onde ir? — Bella perguntou com cautela.
— Você poderia morar em uma casa cheia de vampiros? — Eu perguntei atordoado por sua bravura e fé evidente em minha família.
— Deve ser o lugar mais seguro para alguém como eu. Além disso... se Charlie me expulsar, então não há necessidade do prazo de graduação, não é? — Ela sorriu.
Cerrei os dentes enrijecendo meu queixo, para evitar que um rosnado escapasse dos meus lábios. Eu teria que trabalhar mais meu pedido de casamento. Talvez se ela entendesse o que significava estar comprometido com alguém dessa forma, assim talvez ela entendesse como seria maravilhoso.
— Tão ansiosa para a danação eterna. — Murmurei.
— Você sabe que você realmente não acredita nisso.
— Oh, não acredito? — Eu disse com uma ponta de raiva na minha voz.
— Não. Você não acredita. — Bella revidou.
Quando ela iria compreender que os vampiros eram monstros? Monstros não têm alma. Eu estava prestes a explicar de novo a Bella que eu era uma criatura sem alma, mas ela rapidamente me interrompeu.
— Se você acreditasse de verdade que perdeu sua alma, então quando eu o encontrei em Volterra, você teria percebido imediatamente o que estava acontecendo, em vez de pensar que nós dois estávamos mortos juntos. Mas não pensou assim... Você disse: — Incrível, Carlisle tinha razão. — Há esperança para você, afinal.
Fiquei perplexo com as palavras de Bella. Fiquei sem palavras. Eu tinha esquecido o que senti quando acreditei que estava no céu. Fora uma sensação espetacular. Mas talvez fosse meu subconsciente querendo nublar meu julgamento original. Minha mente me aplicando um truque.
Agora eu nunca saberia. Mas eu ainda não estava convencido de que vampiros tivessem suas almas intactas.
— Então vamos ambos ter esperanças, esta bem? Não que isso importe. Se você ficar, eu não preciso do paraíso. — Bella afirmou.
Levantei-me e fui até ela no ritmo humano. Coloquei minhas mãos em cada lado do rosto e olhei carinhosamente dentro de seus olhos.
— Para sempre! — Prometi.
FIM
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Voltarei tão rápido que você não terá tempo de sentir minha falta. Cuide de meu coração ele ficou com você!....