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segunda-feira, 1 de março de 2010

O 10° CAP. de LUA NEGRA - LUA NOVA / Verção EDWARD


Mais uma vez eu me encontrei em um lugar incapaz de formular um plano de ação para a minha vida. A atração pela pequena cidade de Forks era mais forte do que nunca.

Eu tinha deixado o Rio há seis semanas e estava vagando sem rumo, mais de um mês se passara. Eu não sei bem em que momento eu parei, eu não podia continuar. A dor da decepção foi demasiado forte e agora eu estava em um lugar desconhecido.

Me movimentar durante o dia era muito perigoso. Eu passava os dias em um antigo armazém abandonado, fora da luz solar que sempre brilhava naquele céu. Em todos os dias havia muito sol e muita chuva. O ar úmido rodava à minha volta aquecendo a minha pele gelada ligeiramente.

Eu senti o movimento no bolso da minha calça. Era meu telefone. Eu o tinha ligado pela primeira vez em meses – minha consciência me alfinetou... era apenas para o caso de minha família precisar entrar em contato comigo. No entanto eu não consegui responder quando ele tocou inúmeras vezes.

O celular vibrou no meu bolso de novo. Foi a vigésima quinta em vinte e quatro horas. Pensei em abrir o telefone, pelo menos para ver quem estava tentando entrar em contato comigo. Talvez fosse importante. Talvez fosse Carlisle. Eu ainda não conseguia me mexer.

Eu tinha estado parado por vários dias, encarcerado dentro da minha escuridão, desamparado e agonizante. Sentido. Nada disso tinha sentido. Minha existência não tinha sentido. O mundo inteiro não tinha sentido. Vazio.

Minha testa estava pressionada contra meus joelhos e me deixei cair em posição fetal. Gostaria de saber quanto tempo mais eu seria capaz de suportar isso. Quanto tempo mais iria passar antes que eu desistisse completamente, porque eu não agüentava mais nenhum minuto.

Talvez fosse impossível saber. Talvez a minha tentativa de não voltar estivesse condenada ao fracasso de qualquer maneira, como a minha tentativa de rastreamento sempre esteve. E se eu parasse de me torturar e voltasse?

A idéia era tão poderosa e doce que provou se capaz de acalmar as minhas feridas que doíam. Eu poderia partir agora. Eu poderia voltar atrás.

O rosto de Bella... sempre em minha mente, sorriu para mim. Era um sorriso de perdão que aquecia minhas entranhas. Mas ver o rosto gravado na minha mente continuamente durante os últimos meses só me fazia entender verdadeiramente o quanto ela era realmente especial. Portanto, é claro que eu não podia voltar, argumentei comigo mesmo enraivecido.

Afinal, o que era a minha dor, em comparação com a sua felicidade? Comparada a sua segurança? Ela deve ser capaz de sorrir e ser feliz. Ela deve estar livre do medo e do perigo. Livre de um futuro sem alma.

Quando Bella deixasse este mundo, ela iria para um lugar que seria proibido para sempre para mim, não importa o quanto eu quisesse entrar lá. A idéia de uma separação final que eu não podia controlar era muito mais intensa do que a dor que eu já estava suportando. Quando Bella fosse para o lugar ao qual ela pertencia e no qual eu nunca poderia estar - o céu - eu não iria querer permanecer neste mundo sem ela. Deveria haver esquecimento. Deveria haver algum tipo de alívio para mim.

Meu corpo tremia de medo com este pensamento. Mesmo quando eu estivesse em cinzas, de alguma maneira eu ainda seria torturado por sua perda? Ou será que eu encontraria meu próprio céu?

Estremeci novamente. Eu tinha prometido a ela que eu não iria assombrar sua vida novamente.

Eu não estava voltando para trás na minha palavra. Eu não iria quebrar minha promessa. Eu não poderia fazer nada direito por ela? Qualquer coisa? Apenas uma vez?

A idéia de retornar à cidade nublada, que sempre seria meu verdadeiro lar, serpenteava através dos meus pensamentos novamente. Só para verificar. Só para ver que ela está segura e feliz. Sem interferir. Ela nunca saberia que eu estava lá.

Eu poderia permanecer nas sombras. Não. Eu me repreendi. Eu estive tão perto antes, e eu tinha conseguido ficar longe. Eu poderia fazê-lo novamente.

O meu telefone vibrou novamente.

— Droga — rosnei.

Eu poderia usar outra distração para me manter longe, eu supunha.

Não que isso me fizesse esquecer...

Abri o telefone e reconheci os números de imediato. Rosalie. Por que Rosalie iria me chamar? Ela era, provavelmente, o único membro da minha família, curtindo minha ausência.

Após ler seus pensamentos sobre Bella, eu não tinha vontade de falar com ela. Por outro lado, deve haver algo de errado se ela precisava falar comigo. Eu estava preocupado com minha família e abruptamente atendi o telefone.

O que? — Eu perguntei tenso.

— Oh! Edward finalmente atendeu o telefone para mim. Sinto-me honrada.—

Assim que ouvi o tom da minha irmã, eu sabia que minha família estava bem. Ela devia estar apenas entediada. Era fácil interpretar seus motivos, mesmo sem seus pensamentos como um guia. Rosalie nunca fez muito sentido para mim. Seus impulsos mesquinhos normalmente sobrepujavam todos os tipos de lógica, tipicamente dela.

Eu bati o telefone desligando-o.

— Deixe-me sozinho. — Sussurrei para o vazio.

O telefone vibrou mais uma vez. Será que ela continuaria ligando até que passasse qualquer mensagem que ela estava planejando para me aborrecer. Provavelmente. Levaria meses para ela ficar cansada de seu jogo. Eu gostei da idéia de deixá-la ligar e ligar nos próximos seis meses. Suspirei e atendi o telefone novamente.

Vai continuar com isso? O que você quer Rosalie?—

Senti Rosálie tensa através de suas palavras.

— Eu pensei que você gostaria de saber que Alice está em Forks.—

Meus olhos se abriram em choque.

O que Alice foi fazer em Forks? - Eu gritei furiosamente, escudando depois sua resposta.

— O que? — Eu perguntei com uma voz baixa, sem emoção, esperando que eu tivesse ouvido mal.

— Você sabe como é Alice - acha que sabe tudo. Como você. — Rosalie riu mal humorada. Sua voz tinha uma ponta nervosa, como se ela se sentisse de repente insegura sobre o que estava fazendo. Mas a minha raiva tornava difícil eu me preocupar com o problema de Rosalie.

Alice tinha jurado para mim que seguiria minhas recomendações sobre Bella, embora ela não tivesse concordado com minhas decisões. Ela me prometeu que iria deixar Bella sozinha enquanto eu a deixasse. Ela prometeu que não iria interferir e não olhar para o futuro dela.

É evidente que ela pensou que eu iria morrer de tanta para a dor. Talvez estivesse certa sobre isso. Mas eu não tinha desistido completamente ainda. Eu não tinha voltado. E estava agüentado a dor. Então, o que ela estava fazendo em Forks?

Eu queria torcer seu pescoço magro, mas Jasper não me deixaria chegar perto dela, se percebesse a mais leve brisa de fúria soprando em mim.

— Você ainda está aí, Edward — A voz Rosalie saindo do alto-falante do meu telefone me tirou dos meus pensamentos. Eu não respondi. Belisquei a ponta do meu nariz com os dedos, perguntando se era possível para um vampiro conseguir ter uma enxaqueca.

Embora ... se Alice já tinha ido para trás dela, talvez eu pudesse ir também? Não. Eu fiz minha promessa. Pelo amor de todas as coisas sagradas - Eu iria mantê-la! Bella merecia uma vida.

Eu balancei a cabeça, tentando limpar a imagem sedutora da janela escura de Bella. A porta de entrada para o meu único santuário. A entrada para meu lar.

Não havia dúvida de que eu teria de rastejar, para implorar seu perdão, se eu fosse voltar para ela. Congratulei-me por isso porque eu sabia que merecia. Eu ficaria feliz em passar a próxima década de joelhos, enquanto ela pensava em me perdoar.

— Edward? Você não quer mesmo saber por que Alice está lá? —

— Não particularmente. — Eu respondi. Mas honestamente eu estava desesperado para saber. Rosalie tirou da voz o tom presunçoso.

— Bem, é claro, que ela não estava quebrando as regras. Quer dizer que você só nos alertou para ficar longe de Bella, certo? O resto de Forks não importava.

Pisquei os olhos devagar. Bella tinha deixado Forks? Meus pensamentos circulavam em torno da idéia inesperada. Ela não tinha se formado ainda, então ela devia ter retornado para Renee - sua mãe.

Isso era bom. Ela deve viver na luz do sol. Ela adorava o calor e o brilho do sol. Era bom que ela tinha sido capaz de deixar as sombras atrás dela, inclusive eu.

Isto me machucou ainda mais - Bella tinha ido embora. Ela me deixou no seu passado como eu pretendia que ela fizesse. Meu peito vazio pulsava dolorosamente - meu coração estava perdido para sempre. Eu tentei engolir, mas não podia.

— Então você não tem que ficar zangado com Alice. — Rosalie deu uma risada.

— Mas por que você me chamou, Rosalie, se você não quer colocar Alice em apuros? Por que você está me incomodando? —

— Espere! — Ela pediu, sentindo com razão, que eu ia desligar novamente.

— Não foi por isso que eu liguei.

— Então, por quê? Diga-me rapidamente, e então me deixe em paz! —

— Bem ...— Ela hesitou.

— Rápido, Rosalie. Você tem dez segundos.—

— Eu acho que você deveria voltar para casa. — Rosalie disse. - — Estou cansada do luto de Esme e Carlisle sempre sisudo. Você devia se sentir envergonhado com o que você fez para eles. Emmett sente sua falta todo o tempo e está me dando nos nervos. Para não falar de Alice, ela tem sido um martírio. Você tem uma família de Edward. Cresça e pense que existem outras pessoas além de você.

— Interessante conselho Rosalie, talvez você deve ter sua própria experiência nisso?—

— Eu estou pensando neles, ao contrário de você. Você não se importa com o quanto você está machucando Esme ou mais alguém? Ela te ama mais do que o resto de nós, e você sabe disso.

— Venha para casa.—

Eu não respondi.

Eu sabia que estava sendo muito egoísta, mas eu queria afundar-me na minha solidão e desgosto sozinho. Eu não queria os membros de minha família para testemunhar o meu estado depressivo.

— Eu pensei que uma vez que toda essa coisa de Forks estivesse acabada, você iria acabar com isso.—

— Forks nunca foi o problema, Rosalie. — Eu disse, tentando explicar pacientemente. O que ela dissera sobre Carlisle, Esme e os outros membros da minha família tinha me golpeado, então eu tentei fazer um esforço.

— Só porque Bella... — Fiz uma pausa. Dizer seu nome em voz alta era difícil. Eu consegui não engasgar antes de continuar - ...se mudou para a Flórida, não significa que eu sou capaz ... Olha, Rosalie. Eu realmente sinto muito, mas confie em mim, eu não faria qualquer pessoa mais feliz se eu estivesse aí.—

— Umm.

Lá estava ela... a hesitação de novo. Havia alguma coisa que ela estava escondendo.

— O que é que você não está me dizendo, Rosalie? Esme está bem? É Carlisle?—

— Eles estão bem. — Ela me interrompeu. — É apenas ... bem, eu não disse que Bella havia se mudado.—

O quê? Sim, ela disse isso? Repassei nossa conversa na minha cabeça. Ela realmente nunca dissera que Bella havia se mudado. Então, se Bella não estava em Forks? O que isso significava? Onde estava a Bella se ela não tinha se mudado?

— Eles não querem contar, mas acho que isso é estúpido. Quanto mais rápido você souber, mais cedo as coisas podem voltar ao normal. Por que deixá-lo lamentar-se nos cantos escuros do mundo, quando não há necessidade para isso? Você pode voltar para casa agora. Podemos ser uma família novamente. Acabou. — Rosalie atropelava as palavras de novo, irritada.

Minha mente parecia estar anestesiada. Não estava funcionando novamente. Eu não conseguia entender o sentido de suas palavras. Era como se houvesse algo realmente óbvio que ela estava me dizendo, mas eu não tinha idéia do que era. Meu cérebro analisou a informação, tentando decifrá-la.

— Edward?—

— Eu não entendo o que você está dizendo, Rosalie.—

Houve uma longa pausa, do comprimento das várias pulsações humanas.

— Ela está morta, Edward.—

Meu mundo parou. Rosalie estava falando baixinho, mas eu ouvia cada palavra do que ela estava dizendo.

— Eu sinto muito... Você tem o direito de saber, eu acho. Bella ... atirou-se de um penhasco. Alice viu isso, mas era tarde demais para fazer qualquer coisa. Eu acho que ela teria ajudado se tivesse, quebrado sua palavra, há mais tempo. Ela voltou para fazer o que pudesse por Charlie. Você sabe como ela sempre cuidou dele.—

O telefone ficou mudo. Levei alguns segundos para perceber que eu tinha esmagado o telefone em minha mãos. Sentei-me na escuridão empoeirada.

Era como se o tempo tivesse parado. Como se o universo tivesse parado. Não podia ser verdade. Era apenas Rosalie sendo cruel comigo... esperando que isto me fizesse voltar a minha família. Mas eu tinha que verificar, ter certeza.

Chequei ao redor procurando pelo meu telefone. Ele ainda funcionava, disquei o número que eu prometera a mim mesmo nunca mais chamar novamente. Se fosse o meu amor - eu desligaria.

Se fosse Charlie - poderia de obter as informações que eu precisava através de subterfúgios. Eu iria desmascarar a piada de mau gosto Rosalie e depois voltar para o meu nada.

O telefone tocou durante vários segundos, enquanto eu retinha a minha respiração esperando alguém responder.

— Residência Swan. — Respondeu uma voz. Era a voz rouca de um homem, profunda, mas jovem. Soou familiar, mas eu não conseguia identificá-lo. Não importava... nada neste momento importava.

— Aqui é o Dr. Carlisle Cullen. — Eu disse, imitando a voz de meu pai perfeitamente.- — Posso falar com Charlie?—

— Ele não está aqui. — A voz falou com uma raiva, que me surpreendeu. Mas isso também não era importante.

— Bem, onde está ele então? - Exigi, ficando impaciente. Houve uma pequena pausa como se o estranho quisesse esconder a informação de mim.

— Ele está no funeral. — O rapaz finalmente respondeu.

Apertei o botão e meu telefone morreu novamente

Eu morri.

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Voltarei tão rápido que você não terá tempo de sentir minha falta. Cuide de meu coração ele ficou com você!....

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