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terça-feira, 3 de agosto de 2010

Amor de Escritorio - 3° cap.

Capítulo 3




Bella saiu do salão a toda velocidade, cruzou o corredor engolindo um soluço e apertou o botão do elevador com urgência. Tinha que encontrar um lugar calmo onde serenar-se. Decidiu-se pelo andar de marketing e depois desmoronou contra uma das paredes enquanto as portas se fechavam.

Mas dava igual. Não podia tirar da cabeça o ridículo que tinha feito.

Ao ver a zona de recepção de marketing escura, resultou-lhe tétrica e provou com outro andar. As lágrimas lhe escorriam nos olhos. Edward Cullen tinha que ter morrido de rir ao inteirar-se de quem lhe tinha mandado o cartão. Todos estariam rindo dela! Afinal de contas, ela não era mais do que uma ajudante de marketing e seu físico não podia comparar-se com o das mulheres espetaculares de que costumava rodear-se Edward. Rompeu a chorar.

No vestíbulo debaixo, Edward olhava as luzes que indicavam o andar onde estava o elevador. Os números iam se iluminando à medida que o elevador descia. Depois voltou a subir. Quando chegou à planta superior, esperou com suspense por se voltar a mover.

Bella pestanejou quando se abriram as portas. Não tinha muita luz nesse andar, mas também não estava tão escura como as outras. Dirigiu-se para o quarto balnear. Precisava arrumar-se um pouco e lavar a cara antes de ir para casa.

Ainda não conseguia reagir. Tinha voltado a dar uma mancada. Não devia ter dado importância às insinuações de Mike. Mas tinha caído em sua armadilha e tinha confirmado suas suspeitas. Mike não tinha provas, mas ela se tinha descoberto ao abandonar a mesa desse modo.

Não conseguia se tranqüilizar - Tinha deixado a festa com a delicadeza de uma manada de elefantes numa cristaleira. Viu o sorriso zombador de Mike, os risos de Edward, as miradas de deboche das demais mulheres. Bella apoiou as mãos no lavabo e baixou a cabeça, incapaz de olhar-se no espelho de tanto como se odiava. Tinha os olhos arrasados de lágrimas.

Edward nunca tinha ido tão rápido ao banheiro em sua vida. Mas esses soluços desconsolados tinham dado a seus passos velocidade supersônica. Ainda que normalmente se teria afastado de uma mulher que estivesse chorando, nessa ocasião se viu impulsionado a entrar no banho para abraçar a Bella.

Estava, pensando que estava só, assustou-se ao sentir aquele par de braços masculinos ao seu redor, deu um grito. Depois levantou a cabeça e ficou perplexa ao ver Edward.

- Calma - murmurou ele. - Não aconteceu nada.

- Para valer? - sussurrou Bella sem sair de seu assombro. A situação deveria ter-lhe parecido irreal, mas o calor dos braços de Edward eram demasiado reais para duvidar de sua presença.

Ademais, fazia tanto que sonhava com esse momento que por nada do mundo se teria retirado.

- Claro que sim, não passa nada - repetiu ele sem saber na realidade de que estava falando.

Levantou uma mão para a nuca de Bella e a convidou a que apoiasse a cara sobre seu ombro.

Bella notou como se ia dissolvendo a tensão enquanto repousava sobre Edward como uma marionete à que lhe tivessem cortado os fios. O aroma de sua loção de barbear, exótico e masculino, invadiu seus sentidos. Respirou profundo. Era um homem realmente amável. Como tinha podido esquecer da diligência com que a tinha levado ao hospital ao machucar o dedo? Um pouco mais calma, compreendeu que não era provável que Edward tivesse estado rindo na costa dela com sua amiga. Ele não era assim.

- Saímos? - sugeriu Edward e Bella se afastou um instante.

Tinha as bochechas acendidas e devia estar horrível depois de tanto chorar. Com o nariz vermelho, os olhos inchados e a maquiagem escorrida. Sabia que Edward lhe daria igual, mas não queria que a visse feita uma bruxa. Então notou sua mão no talhe e a dirigiu com suavidade para fora do lavabo e para o que devia de ser seu próprio escritório a seguir.

Depois de deixá-la só no meio da habitação, Edward foi à mesa de trabalho e acendeu um lustre.

- Podes refrescar-te aí se quiseres – lhe indicou, apontando para uma porta situada à esquerda.

Se lhe engrandeceram os olhos ao contemplar o luxuoso escritório de Edward, mas em seguida devolveu a atenção àquele homem tão alto e magnético. Como o fazia para estar mais atraente cada vez que o olhava? Ao encontrar-se frente a seus olhos, o coração lhe subiu à garganta.

Pôs-se vermelha. E, definitivamente, abriu a porta que Edward lhe tinha indicado.

Este soltou um suspiro contido. Bateria um papo com ela um momento para terminar de acalmá-la e lhe chamaria um táxi que a levasse para casa. Atendimentos de um chefe amável? Edward fez uma careta enquanto a imaginava com aquele vestido verde cingido a suas curvas, com aquele cabelo esplendoroso caindo-lhe sobre a cara e esses olhos castanhos intensos. Queria rever seu habitual sorriso luminoso em vez daquela expressão atormentada. Caía-lhe bem, nada mais. Não tinha nada de mau.

Bella mordeu o lábio inferior ao ver o reflexo enredado de seu cabelo no espelho do espaçoso banheiro de Edward. Retocou a maquiagem dos olhos, mas não se chateou em pegar o brilho labial, não fora a pensar que queria flertar com ele. Antes de mais nada, não devia pensar no cartão de San Valentín, disse com firmeza.

Ao feito, feito, e ainda que soubesse que tinha sido ela quem o tinha enviado, era improvável que chegasse a dizer-lhe.

- Senta! disse Edward quando saiu do banheiro.

- Não tens que voltar à festa?

- Não, não costumo ficar até o final. Minha presença costuma inibir as pessoas – contestou esboçando um sorriso devastador.

- Aceita uma bebida?

- Que tens?

- De tudo! Vêem, dê uma olhada...

Atenta a cada um de seus movimentos, mas nervosa diante a novidade de estar a sós com ele Bella se acercou, olhou a variedade de bebidas do móvel bar e escolheu a opção mais sofisticada. Depois retrocedeu com o copo na mão até que suas pernas roçaram o braço de um sofá situado numa esquina. Sentou-se no braço para não o fazer da maneira normal.

O olhou enquanto se servia um conhaque e se fixou na ligeira sombra do pêlo que começava a assomar em suas bochechas. Nunca o tinha visto precisado de um barbeado e lhe dava um ar muito atraente e varonil.

- Bem, onde trabalhavas antes de vir aqui? - perguntou então Edward para dar-lhe um pouco de conversa.

- Era babá... Foi para o que estudei ao terminar o colégio - explicou Bella, mais tensa do que parecia estar seu chefe.

- Babá? - Edward se surpreendeu ao princípio, mas depois a imaginou rodeada

de um punhado de meninos e foi como se encaixasse a última peça de um quebra-cabeça. Os meninos a adorariam. Seguro que participaria em todos seus jogos, sem se importar se a sujavam e abraçando-os se faziam dano. A diferença da babá distante e estrita que ele tinha tido de pequeno - Como acabaste em Sistemas Cullen?

- Meu primeiro trabalho foi de interna com uma família de diplomatas e estive com eles dois anos...

- Te faziam trabalhar como uma escrava em troca de teto e comida?

- Não, eram uma família maravilhosa - Bella sorriu ao recordá-la – Tratavam - me muito bem. O problema foi que tomei muito carinho aos meninos e quando se foram da Inglaterra e deixaram de precisar de mim, fiquei destroçada. Assim que compreendi que não poderia seguir nesse trabalho e me inscrevi num curso de secretariado.

Edward esteve a ponto de dizer-lhe que considerava uma decisão equivocada, mas se deu conta de que não era capaz de imaginar o departamento de marketing sem ela.

- O mau é que a mudança de trabalho não me foi muito bem - continuou Bella.

- Todo mundo se equivoca de vez em quando - comentou ele.

- Levo duas advertências em seis meses - disse Bella e lamentou aquele excesso de sinceridade, o que não tinha feito senão chamar a atenção de Edward sobre seus defeitos.

Este teve que conter as vontades de dizer-lhe que seu chefe de departamento tinha tido uma reação exagerada com o acidente do café derramado. Tinha sido má sorte. Jacob Black acabava de assumir o cargo, queria demonstrar sua autoridade e tinha eleito um incidente trivial para fazê-lo.

De fato, ainda que Bella não o soubesse, a junta diretora não lhe tinha dado importância.

- Quando era babá não me equivocava - comentou ela.

- As pessoas sentiriam sua falta se não estivesses aqui - disse Edward. Bella olhou seus olhos dourados com incredulidade. Ele estava dizendo que sentiria sua falta? Mas não, era impossível.

Que mais lhe daria a Edward se mudava de trabalho? Ela só era uma empregada nada mais. – Tens família em Londres? - adicionou mudando de conversa.

- Já não. Meus pais se foram para a Austrália faz um ano e meio - Bella suspirou - Meu irmão, Jasper, e sua mulher, Alice, vivem em Sidney.

- Que os levou a se mudarem ao outro extremo do mundo? - perguntou Edward, recostado contra o borde da mesa.

- Jasper. Está casado com uma australiana e lhe ofereceram um posto de professor numa universidade muito prestigiada. É um matemático eminente - Bella falou. - Não como eu, que nunca aprovava o cálculo no colégio.

- Há coisas mais importantes - Edward decidiu passar por alto seu próprio domínio nessa bendita matéria -. E como é que não foste tu também a Austrália com tua família?

- Porque... não me o propuseram - confessou ela. -. Meus pais adoram Jasper. - Compraram uma casa perto da de Jasper. Mamãe se ocupa de ter-lhes a casa limpa para ele. - E Alice e meu pai se encarregam da jardinagem.

- Mão de obra grátis... - Não está mau. - A tua cunhada não se importa?

- Para nada. Alice é médica e trabalha muitas horas. Agora está esperando seu primeiro bebê. Vem-lhes de maravilha para todos.

- Tens algum outro parente na Inglaterra? - se interessou Edward então.

- Tenho uma tia avó muito maior em Gales, à que visito de muito em muito. E tu? se atreveu a perguntar Bella, animada pela fluidez com a que discorria a conversa.

- Eu?

- Suponho que se te ficou algum familiar, estará em Itália - comentou ela. - Quando morreu tua mãe?

- Não está morta. Meus pais se divorciaram - disse Edward com tensão. Bella assentiu desconcertada. - A maioria dos colegas de trabalho pensava que Carlisle tinha sido viúvo. - Não a vejo desde os quinze anos.

- Que horror! - exclamou ela, comovida pelo adolescente ao que imaginou abandonado por uma mulher desalmada.

- Fui eu quem decidiu jogá-la fora de minha vida - comentou ele. Depois tratou de desviar a conversa e lhe ofereceu outro copo, mas Bella recusou o convite.

- Se portava mal contigo? - perguntou intrigada.

- Em absoluto. - Queria-me muito. - Mas não era tão boa esposa de meu pai - respondeu com um tom de advertência com o que lhe dava a entender que devia limpar a conversa.

- Ah... entendo. Puseste-te do lado de teu pai quando se divorciaram - disse sem dar-se conta de que estava falando alto. Como se fosse tão simples!, pensou irritado Edward. Sobrou um silêncio violento. Então, dando-se conta de que se tinha intrometido demais, Bella se pôs vermelha e se desculpou. - Perdão... - É que... como dizias que te queria muito e foste tão cruel com ela... – Já voltei a dar uma mancada. - Será melhor que feche a boca e vá embora - murmurou mortificada ao tomar consciência do que acabava de dizer.

- Não, antes deixa que me defenda - replicou com autoridade Edward -. Deixa que te explique por que odeio o dia dos namorados.

- O... odeias? - Bella o olhou confusa.

- Eu adorava a minha mãe - começou ele -. E meu pai também. Um dia de San Valentín comprou dois bilhetes de avião e a levou a seu hotel favorito de Paris. E sabes o que fez ela? Decidiu que era a noite perfeita para contar-lhe que estava vendo outro homem e que o deixava por seu amante! - bramou desagradado.

- Se sentiria tão culpado que não pôde evitar confessar o que estava fazendo - comentou Bella.

-. Estou segura de que não escolheu essa noite de propósito.

- Mas meu pai ficou destroçado - sentenciou Edward.

- Ele sempre... sempre lhe foi fiel?- se atreveu a perguntar-lhe Bella, apesar da indiscrição.

Edward nunca tinha falado desse tema e Bella o estava abordando de uma perspectiva que nunca tinha considerado. Olhou-a com incomodidade e se perguntou por que diabos sentia a necessidade de justificar uma decisão da que não tinha duvidado desde que tinha quinze anos. Tinha sido a palavra “cruel” o que o tinha comovido como não tinha acreditado ser possível.

- Não estás seguro... não é verdade? - sussurrou ela. - E, no entanto, julgaste a tua mãe e a teu pai não. Ainda que tenho entendido que aos garotos lhes custa mais perdoar os... escorregamentos de sua mãe.

- Agora resulta que Campainha é psicóloga - a atacou Edward -. Esta sim é que é boa.

Foi como se lhe tivessem dado uma bofetada que a deixou pálida. Ele nunca lhe tinha falado com tanta agressividade, nunca a tinha olhado com tanta animosidade. E o pior de tudo era que tinha razão.

Afinal de contas, que sabia ela dessa classe de situações? Algumas de suas amigas tinham sofrido com divórcio de seus pais, mas não podia falar por experiência. Não tinha o menor fundamento para chamá-lo cruel.

- Tens razão - disse com a voz quebrada, como se estivesse a ponto de voltar a chorar, ao mesmo tempo em que se levantava do sofá. - Não sei solucionar meus problemas, muito menos os dos demais. - Ademais... tu não disseste que... para ti seja um problema.

- Perdão! - se desculpou então Edward.

- Não importa. Não pode dizer-se que seja a pessoa mais diplomática do mundo... sobretudo,depois de um par de copos – murmurou enquanto, em sua pressa por ie embora esquivava no último instante uma escultura situada sobre um pedestal. - Talvez até estava um pouco ciumenta.

- Ciumenta? - repetiu confundido Edward enquanto a seguia para a porta.

- Sim - Bella se obrigou a dar a volta. - Dizes que tua mãe te queria muito. - Se a minha me quisesse assim, talvez respondesse as cartas que lhe escrevo mais com freqüência.

Edward grunhiu algo em italiano e lhe agarrou uma mão para impedir-lhe que chegasse à porta.

- Vêem aqui... - sussurrou com voz rouca.

Obrigada a todos os comentarios.... espero postar logo o proximo capitulo ^^


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