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domingo, 21 de fevereiro de 2010

Pessoal como prometido o 4° cap.

LUA NEGRA - VERSSÃO - Edward Cullen


4 - Destroçado

O fim não foi o que eu esperava. Aconteceu muito rapidamente.

Eu deveria estar em Forks ainda, observando-a atentamente, respirando seu aroma refinado enquanto tentava convencê-la de que eu já não a queria... o que era a mais sinistra mentira que eu já havia dito. Eu sabia que era um bom mentiroso, mas eu nunca pensei que Bella iria acreditar em mim instantaneamente.

Foi melhor assim? Foi para Bella. Não era para mim. Minha vida era a meia-noite, sem mudanças, sem fim. Deveria, por necessidade, sempre ser a meia-noite para mim. Mas o sol se infiltrara bem na metade da meia-noite, clareando minha meia vida, ofuscando a lua e as estrelas, meus pontos de razão.

Meus agora olhos pareciam cegos e meu peito estava oco no local onde estaria meu coração congelado. A dor monótona e angustiante tomou conta de cada célula do meu corpo e eu sabia que estava morrendo por dentro.

Eu não tinha idéia de onde eu estava ou para onde eu estava indo. Eu só sabia que estava dentro do meu carro, pisando no acelerador, pressionando meu pé até o chão.

Eu não conseguia pensar corretamente. Não conseguia me concentrar. Tudo que eu podia ver era o rosto de Bella desfigurado pela dor, várias e várias vezes em minha cabeça. Eu não conseguia esquecer essa imagem; ela me perseguiria, me mortificaria. Eu sabia que se eu respirasse fundo, eu seria capaz de limpar a cabeça um pouco. Mas eu não queria perder o aroma que estava guardado em meus pulmões... eu queria que ele ficasse dentro do meu corpo para sempre.

Eu nunca precisei prestar muita atenção nas estradas enquanto dirigia. Uma parte do meu cérebro vampiro assumia instintivamente, tornando o guiar um ato reflexo. Mas, como a dor estava lentamente me consumindo, minha mente toda começou a desligar-se completamente e fui obrigado a encostar.

Enquanto o meu cérebro não estivesse funcionando corretamente, eu não podia me permitir guiar... um acidente com o carro seria inevitável. Embora eu fosse capaz de sair andando e ileso do acidente, não havia porque causar mais transtornos, tendo que dar explicações sobre o que aconteceu e, ainda mais, destruir meu próprio veículo para limpar as evidências, bem como colocar em perigo outras pessoas que passassem na estrada. Eu não poderia me importar menos com o meu carro, mas eu facilitaria as coisas se eu simplesmente parasse.

O que havia de errado comigo? Por que o meu cérebro não estava funcionando? Eu inclinei minha cabeça contra o encosto do banco do motorista. Minhas mãos estavam segurando firmemente o volante, eu não conseguia movê-las. Relaxei a força para não destruir o volante. Olhei para fora do pára-brisa não vendo nada, somente o rosto de Bella.

Tentei fechar meus olhos, mas a imagem de Bella ficou ainda maior em minha cabeça... seria isso possível? A imagem falava comigo, repetindo as mesmas palavras sussurradas por Bella na floresta.

— Não faça isso...Você... não... me... quer?

À medida que cada palavra se repetia em minha mente, um novo corte, uma nova ferida se abria dentro de mim. A dor era insuportável. Era uma tortura. A voz de Bella em minha cabeça cessou quando cada centímetro do meu corpo havia sido ferido. Foi então que questões começaram a inundar a minha mente.

Como eu poderia sentir tanta dor física?

Quanta dor emocional eu poderia suportar?

Quanto tempo eu fiquei com meus olhos fechados?

Quanto tempo eu estava sentado no meu carro?

Onde eu estava?....

Eu não sabia as respostas, eu sabia apenas que estava destroçado!

Como eu era capaz de ficar indefinidamente sem me mover ou respirar, eu não tinha idéia de quanto tempo eu estava ali... aonde quer que fosse ali. Poderiam ter sido horas, dias ou mesmo semanas, até onde eu sabia. Minha mente não tinha controlado o tempo. Fiquei imaginando que dia era hoje.

Abri os olhos. A luz encheu o carro, me rodeando. Era madrugada, o sol estava começando a aparecer parcialmente através das nuvens. A luz de um novo dia trouxe a razão que eu quase esqueci... Ela estava segura.

Apesar do meu sofrimento, eu não podia ficar onde eu estava. Queria lamentar o luto pelo meu amor perdido. Eu precisava me recompor, organizar os meus sentimentos e deixar a minha função cerebral retornar... apenas por um curto período de tempo até que eu estivesse sozinho e em algum lugar distante.

Eu estava no caminho de casa, mas eu não tinha decidido sobre onde iria depois. Descobri que quando eu deixei Forks, eu me dirigi até o Canadá e estava na cidade de Weyburn, onde simplesmente fiquei parado, dentro do meu carro, por vários dias.

Finalmente eu me obriguei a canalizar todos meus pensamentos sobre Bella e toda a dor para o fundo da minha mente... somente por enquanto, até que eu estivesse pronto para libertá-los. Eu era capaz de me concentrar melhor, mas minha mente ainda ansiava pensar em Bella.

Eu dirigia em alta velocidade, em linha reta para Ithaca, parando apenas para reabastecer meu carro. Ithaca era o local onde minha família estava. Eles certamente estariam esperando por mim, pois eu tinha certeza que Alice os havia avisado sobre a minha chegada.

Dirigindo sozinho, e comecei a perceber coisas que normalmente nunca prestaria atenção, mas que eu não podia deixar de notar. Casais... alguns, de mãos dadas, outros em delicados e amorosos abraços. Como eu os invejava... eles tinham toda a vida para desfrutar uns dos outros, com os seus futuros definidos em sua frente. Eu nunca seria capaz de estar dessa maneira com o meu amor. Eu não tinha futuro. Eu só tinha intermináveis anos de vazio pela frente.

A propriedade familiar entrou no meu campo de visão através das árvores. A casa era semelhante a que tínhamos em Forks, exceto por ser de cor esverdeada e ter uma varanda que ladeava toda a construção. No alpendre, toda a minha família estava esperando por mim... suas faces sem qualquer expressão.

Eu não estava particularmente ansioso para ver minha família, especialmente porque eu não queria ouvir os pensamentos de compaixão e simpatia, mas, principalmente, eu temia ver a devoção entre os casais na minha família. Eu estava com medo do carinho que partilhavam uns com os outros, pois isso me afundaria ainda mais no precipício que eu estava, de maneira totalmente consciente, em pé na beirada.

O ambiente era tenso quando eu saí do meu carro e caminhei em direção a eles. De repente, e sem perceber o seu movimento Alice estava comigo, abraçando-me com força.

— Oh Edward. — Ela sussurrou em sua cabeça.

Ela saiu do abraço, agarrando a minha mão ao mesmo tempo em que me levava para a casa.

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Voltarei tão rápido que você não terá tempo de sentir minha falta. Cuide de meu coração ele ficou com você!....

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