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sexta-feira, 5 de março de 2010

14°CAP. de Lua Negra

ESTA MINHA LINDAS FLORES DO CAMPO O 14° CAP. DE LUA NEGRA...NOSSA VERÇÃO DE LUA NOVA AO OLHAR DE EDWARD.BJS GENTE.





Quanto mais eu deliberava sobre o assunto, mais eu me tornava confiante sobre meu pequeno plano. Ninguém iria se machucar com a exceção de mim mesmo, que era tudo o que importava. Por que outros deveriam sofrer por mim? Não era justo. Eu já tinha causado muita dor para muitos e por muito tempo. Para Bella, sua família, seus amigos... minha família, para mim.

Eu me senti extremamente culpado por impor uma agonia tão grande para minha família, mas eu simplesmente não podia continuar a viver sem Bella. Eu não suportava mais. Eu seguiria Bella onde quer que ela estivesse a partir de agora.

O sol escaldante foi subindo para o céu. Eu tinha tomado a decisão de fazer a minha aparição na luz solar quando o sol estivesse no seu ponto mais alto no céu...meio-dia.

Isso seria também o momento em que o festival na Piazza dei Priori, seria o mais movimentado, dando-me um grande público para criar uma perturbação substancial para os Volturi.

Eu me dirigi para a praça e me coloquei em uma viela sombria de onde podia observar tudo e todos. Agora eu só tinha que esperar. A espera era tolerante comparada ao que eu já tinha suportado.

Mesmo assim, me senti bastante impaciente. Fazia tempo demais que eu tinha deixado Forks e este pequeno lapso de tempo para meu reencontro com a Bella parecia um longo século.

Eu me perguntava por que o tempo parecia negar o desejo dos nossos corações. Ela também queria estar comigo, eu sabia disso. Talvez eu estivesse com minha cabeça cheia demais de pensamentos. O tempo não andava mais devagar nem mudava a realidade. Ele continuava passando segundo a segundo.

Eu queria abreviar os segundos que me restavam para deixar de existir. Eu queria consolo. Eu necessitava de meu lar. Eu queria minha Bella.

Passei a minha hora final imaginando nosso encontro. Quando nos reencontrássemos ela iria me perdoar? Mesmo na morte?

Eu observei das sombras como a praça estava lotada. Estava quase na hora. O beco onde eu havia encontrado pela primeira vez Demetri e Felix estava localizado imediatamente abaixo da torre do relógio – no centro da Piazza del Priori. Era onde eu iria esperar os últimos minutos antes de finalmente dar um passo para a morte.

Eu podia ver o relógio da minha posição atual. Ele me mostrou que eu ainda tinha um quarto de hora. Quinze minutos. Eu me movi discretamente pelas ruas de pedra de Volterra, contornando a praça e entrando no corredor estreito. Palavras ecoaram em minha mente.

— Eu não viveria sem você.— - Minhas próprias palavras, no aniversário de Bella.

Eu estava furioso porque a vida de Bella tinha sido tomada tão cedo, mas eu estava mais furioso por não estar lá para protegê-la. Eu odiava a idéia dela estar sozinha. Sozinha, caindo e se afogando. Morta na água fria. Sedenta do ar que se esgotava, trocado pela água que a fazia prisioneira da morte.

Pare com isso! Ordenei-me. Eu não queria a visualização de sua morte, mas minha mente não queria ser controlada. Ela estava determinada a me lembrar exatamente o que eu havia causado.

No meu minuto final eu queria me lembrar de tudo que eu estava deixando para trás - os meus entes queridos, minha família amada. Eu iria perder todos eles para sempre.

Carlisle, meu criador, meu pai. Como eu admirava sua força e coragem, seu caráter irrepreensível. Ele era um ser maravilhoso.

Esme, minha guardiã, minha linda mãe. O mais compassivo e amoroso ser que já viveu. Ah, como eu a amava.

Emmett, meu irmão — urso. Suas atitudes divertidas me faziam rir e ele me dava forças, estava sempre ao meu lado.

Jasper, meu irmão mais novo. Tão guerreiro, tão sofrido! Senti uma infinita gratidão por ele me sempre me envolver em uma onda de calma e bem estar, desacelerando minhas frustrações e anseios, me apoiando nos momentos de necessidade.

Rosalie, criatura tão bela e às vezes tão insensível. Apesar disso me amava como uma verdadeira irmã. Talvez um dia, quem sabe.. um dia ela acordasse e percebesse que o mundo não girava somente em torno dela.

Alice, minha irmã favorita, minha doce irmãzinha. Como eu poderia começar a explicar como ela era maravilhosa. Ela me fazia sorrir e me trazia alegria, falava comigo sem palavras. Eu sentiria a falta de sua presença pela eternidade.

E, a pessoa mais importante que não era parte da minha família e agora nunca seria. A pessoa mais incrível. Minha Bella. A razão da minha existência. Meu primeiro e único amor. Nós estaríamos juntos novamente em breve.

Eu sabia que iria machucar minha família com esta missão suicida, mas eles estavam melhor sem mim. Não havia nenhum significado para a vida sem a presença de Bella. Eu a amava infinitamente e não poderia viver sem ela. Eu não queria viver sem ela.

Fiquei triste por não ter um amigo querido, um filho...

Desculpem-me por ferí-los. Peço desculpa pela dor. Sinto muito por não ser um digno o suficiente, nem forte o suficientemente. Verdadeiramente, peço perdão! Quero suportar a culpa pelos meus pecados - mesmo na morte.

Eu descansei minha cabeça na parede de pedra atrás de mim esperando os segundo passarem. A morte era iminente. Eu podia sentir cada segundo ressoando em meu peito oco.

O relógio soou pela primeira vez, marcando a aproximação do meio-dia. Ecoou pela praça e ajudou a acalmar a minha ansiedade.

Eu era capaz de ouvir os pensamentos dos diversos membros da guarda Volturi nas proximidades esperando para atacar de imediato, quando eu me expusesse.

Fechei os olhos e ignorei as vozes na minha cabeça caminhando para a borda da sombra. Eu estava pronto para brilhar... para o mundo ver. Tirei a camisa e a deixei cair a meus pés.

O relógio continuou badalando, enchendo com seu som toda a praça. Eu podia até ouvir Bella chamar meu nome à distância. Pela primeira vez em tanto tempo eu senti vontade de sorrir.

Eu tinha desejado por tanto tempo ouvir sua voz novamente. Ela tocou nos meus ouvidos e o doce som me fez derreter. Soou extremamente real. Eu sabia que estava tendo alucinações. Saudei a insanidade.

Imaginei rosto de Bella por trás das pálpebras fechadas. Ela sorria para mim com um sorriso brilhante. Eu devolvi o sorriso.

— Edward! — Ela me chamava para a luz.

Paciência minha Bella, pensei, me deixando embalar por aquele momento glorioso

— Edward, olhe para mim. — Sua voz atordoada e me fez involuntariamente dar um passo a frente no sentido do som. Meu momento final chegou e eu dei mais um passo para a luz. Minha passo final.

Algo colidiu comigo quando fiz o movimento para frente eu cambaleei para trás. Mas eu não sentia dor. Eu instintivamente levei meus braços para fora na minha frente - não em sinal de ataque, apenas para bloquear ou capturar o que me bloqueava. Lentamente abri meus olhos, quando o relógio deu a décima segunda badalada, ouvindo sua voz em meu ouvido. Fiquei estupefato.

— Surpreendente. — Murmurei desconcertado. Eu tinha uma alma afinal. Eu não conseguia ainda acreditar, a alma era um mito para os vampiros. Mas eu tinha de ter uma... por que ... eu estava no céu.

Eu estava com meu amor, minha Bella. Eu estava cheio de amor e admiração. Eu podia realmente senti-la em meus braços. Meu peito já não estava oco. Meu coração tinha sido refeito. Eu estava inteiro novamente.

— Carlisle estava certo. — Falei com uma voz que irradiava espanto.

Eu levantei minha mão para tocar o rosto de Bella para garantir que ela não iria desaparecer tão rapidamente como ela havia chegado. Eu sentia seus braços apertando meu pescoço, com toda a força de ela era capaz, as penas enlaçadas nas minhas. Ela não iria me deixar. Choques elétricos corriam pelo meu corpo. Ela era realmente real. Foi como se os últimos sete meses não tivessem acontecido e eu estivesse finalmente de volta aonde eu pertencia.

— Edward. — Bella sussurrou meu nome de novo e meu coração estremeceu com uma batida. Isto foi além de qualquer coisa que eu jamais poderia ter imaginado.

Eu inalei seu perfume profundamente. Seu cheiro inundou meu corpo, deixando minha garganta em chamas, mas não precisei me controlar. Com a queimação não veio o desejo impetuoso de sugar seu sangue, que há muito eu deixara para trás. Seu cheiro não havia mudado - o cheiro doce de fréesia dourada, mais luxuriante do que nunca.

Eu podia ouvir seu coração batendo furiosamente no peito, o bombeamento do sangue quente em torno de seu corpo. Seu pulso estava frenético, como sempre quando estávamos intimamente próximos. Isso era perfeito. Eu a abracei delicadamente alisando seu cabelo, me sentindo maravilhado.

Minha morte ocorrera imediatamente. Os Volturi agiram tão rapidamente para impedir a minha exposição, que eu nem percebera.

— Eu não posso acreditar o quão rápido foi. — Eu disse a minha Bella. - — Eu não senti uma coisa - eles são muito bons.—

Eu gentilmente beijei seu cabelo e fechei os olhos. Então experimentei uma outra lembrança do aniversário anterior da Bella quando eu lhe disse que invejava a facilidade do suicídio de Romeu. Bem, meu próprio suicídio tinha sido simples - tudo que eu tinha feito fora dar um passo para o sol.

— A morte que sugou o mel do teu doce hálito, não teve poder nenhum sobre tua beleza. — Eu citei baixinho o personagem de Shakespeare.

— Você tem exatamente o mesmo cheiro de sempre — Continuei. — Então, talvez este seja o inferno. Eu não me importo. Eu aceito! —

Embora, eu nunca pudesse imaginar que Bella estivesse no inferno. Eu estava com Bella - e isso era tudo que importava. Mas Bella falou agitada interrompendo meus pensamentos.

— Eu não estou morta. E nem você! Por favor, Edward, nós temos que ficar na sombra. Eles não podem estar muito longe!—

Eu senti um movimento de luta em meus braços. Eu estava confuso com suas palavras e seus movimentos desesperados. Nós estávamos juntos e seguros - do que ela estava falando?

— O que foi?—

— Nós não estamos mortos, ainda! Mas temos que sair daqui antes que os Volturi nos matem.—

Meu cérebro lampejou e abri minha mente para os pensamentos nas proximidades.

— Ele tem um ser humano com ele. Isso irá significar a morte, certamente ... para ambos. Talvez Aro me permita a devorar a menina.—

A compreensão tomou conta de mim. Eu não estava morto. Bella não estava morta - ela estava aqui, bem viva, nos meus braços.

Agora era tarde demais. Eu gritei blasfêmias para mim mesmo quando percebi que a estava colocando em perigo novamente... de novo NÃO... por minha causa...

E o pior perigo possível, ao alcance de vampiros poderosos. Eu havia colocado Bella em um perigo mortal, por causa de minhas ações. Desta vez eu podia ter assinado sua sentença de morte.

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Voltarei tão rápido que você não terá tempo de sentir minha falta. Cuide de meu coração ele ficou com você!....

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